Nem Sabes Chegaste quando eu te Sonhava Poema

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No deserto
sem ter condição
de te enxergar
no meio
da tempestade
de areia,
Pois ali você não
se encontra,
De ti o meu peito
toma conta,
Entre nós você
deveria estar.

No passo
da caravana
que segue
em silêncio
carregando
os meus
versos nômades
na bagagem
rumando
ao oásis
do coração,
Como já de ti
tivesse em mim
os beijos teus.

No fundo sei
que te pertenço,
Só sei que
não nos
encontramos
porque ainda
não é tempo,
e a travessia
será longa,
Eu sei que
te ilumino,
Dos teus lábios
sou o sorriso
como a evidente
Estrela do Oriente,
canção de amor
e de recomeço.

Sob o comando do céu azul,

No azul do mar repousado,

A riqueza em letras de Libra,

Pode ser completamente perdida.



Nas mãos feminina está o destino,

Do nosso povo sofrido,

A aurora pode se esgotar...,

Por causa deste outubro talvez perdido.



Não sabemos como será,

Talvez já era o amanhã;

A balança será findada

Pelo toque da martelada.



Temos uma força rendida,

As vozes estão silenciadas,

Trilhas desviadas...,

As almas roucas, e outras sem vida.



Neste outubro talvez perdido,

Cor de chumbo,

Gigante distraído,

O país está comprometido.



Descansa a lira das veredas,

Repousa a harpa das Geraes,

Ergue, enfrenta e reage,

Por um Brasil de paz.

Imenso coração,

Sem temer pecar,

Dê-me a tua mão

E a tua alma.



Intensa sedução,

Armadilha e êxtase,

Se dê completamente

E bem maliciosamente.



Imensa paixão,

Sem temer amar,

Dê-me a tua vida

E serei a preferida.


Intensa loucura,

Amável ternura,

Se dê plenamente

E bem vagarosamente.


Não te segures,

Não me prendas,

Traga-me com calma,

O meu amor é assim

- aprenda

Com o brilho

Que a alma carrega

Presa em si - compreenda!

Tempestade

E corrupia o seu ser
Por entre a brisa,
E feito as flores
Cristalinas, o sol
A brilhar, em sua face.
Diamantes a serem lapidados,
Palavras de poeta
A serem cortadas,
Até chegar a sua
Perfeição. O tempo
No olho dos filósofos,
E uma maré de
Solidão no espaço.

Valter Bitencourt Júnior
Eldorado: Coletânea de Poemas, Crônicas e Contos, 2014.

Doce Lua-de Mel,
paraíso dos desejos
que por enquanto
são só sonetos.

Lua querida Lua,
não vejo a hora
de sentir as mãos
do meu amor
ao redor da cintura.

Doce Lua-de-Mel,
espero pela nossa
em companhia
das estrelas do céu.

Lua querida Lua,
não sei se ele
irá me escolher,
ou será você
que irá me trazer.

Doce Lua-de-Mel,
aguardo pela nossa
colada nos doces
dos tantos beijos.

Lua querida Lua
peço a sua ajuda
com essa dúvida:
não sei se ele é meu,
ou eu que sou dele.

Doce Lua-de-Mel,
vejo galáxias
nos olhos dele,
no meu corpo está
o mapa do garimpo
e a descoberta
do amor mais lindo.

Bordão

Em algum momento
haverá alguém que te conquistará.
Talvez meio de repente,
que te fará sentir tudo diferente,
até parecer um delinquente.
Mas jamais deixará de ser sua estrela cadente.
Quando houver uma razão,
Sentirá esse vazão,
Que nem terá explicação.

Felicidade

Tão cedo que ainda é quase noite lá fora.
Estou perto da janela com o café
e tudo aquilo que sempre a essa hora
nos passa pela mente.

Quando vejo o garoto e seu amigo
subindo a rua
para entregar o jornal.

Eles usam bonés e agasalhos,
e um deles traz uma mochila nas costas.
Estão tão felizes
que nem sequer conversam, os garotos.

Acho que, se pudessem, estariam até
de braços dados.
É de manhã bem cedo
e os dois caminham lado a lado.

Lentamente, eles vêm vindo.
O céu começa a clarear,
embora a lua ainda paire sobre a água.

Tanta beleza que por um instante
a morte e a ambição, mesmo o amor,
não se intrometem nisso.

Felicidade. Ela vem
inesperadamente. E vai além, na verdade,
de qualquer discurso sonolento.

As pessoas têm de parar de ter vergonha da sua ancestralidade. Não caia no senso comum. Lembre-se sempre, ensine as crianças e diga também, você não é descendente de escravos.

Você é descendente de seres humanos livres, que foram escravizados.

Liberte-se!

O regato e o vento
embalam a noite
até a madrugada
executando a suíte.

O coração intrépido
prepara o hino até
deste momento
sob a luz da Lua.

O pensamento não
mais nos pertence,
estamos sob o luxo
de quem se ama
com antecipação
e orquestral loucura.

Os impulsos e as luzes
dos nossos instintos
indomáveis vem
nos preparando
para nos amar com
o total amor de bicho.

O nome do poeta
que já falava nisso,
não me recordo,
Ele explicava muito
bem o quê quase
o mundo todo ignora,
e o peito sente agora.

Estou morrendo aos poucos
Mas tudo bem...
Tô conseguindo não chamar a atenção
De ninguém⁠

ROMPENDO

Você sorri!
Sua aparência exala delicadeza;
Sua família transmite alegria;
Contudo, a dor te assassina.

Me pego pensando o motivo,
E rapidamente paro,
Pois te olhar por fora,
Diz mais sobre meu lado.

O fantasma se esconde no escuro,
O cavaleiro em sua armadura,
E você se esconde,
Nessa mente turva.

As pessoas atiraram no seu corpo,
E com isso hematomas em você ficaram;
Você precisa romper a dor,
E entender que é linda (o) demais para esse casco.

⁠Amamentar pode doer
Pode até mesmo machucar
Mas amamentar é querer
Essa forma de amar

Amamentar é um lindo ato
De demonstrar afeto e carinho
E uma linda troca, de fato
Ver brilhando aqueles olhinhos

O leite que sai do peito
Satisfaz a fome do bebê
E não há melhor jeito
De ver seu filho crescer

A mãe que amamenta
Se sente tão nobre
Por ver que seu leite sustenta
E mais um dom descobre

Por vezes a mãe chora
De sono, de medo, de pavor
Mas tudo isso vai embora
Quando há troca de amor

⁠A cada ciclo
que ultrapassamos
aprendemos que as pedras
no caminho não superam
os nossos sonhos.

Aprecio duas
ciganas dançando
No firmamento
feito de ônix,
As estrelas
girando no céu,
Da Lua e de Vênus
escorrendo
- um puro mel -
Um soneto deslumbrante,
Feito de Lua,
Feito de Vênus,
Feito de estrelas,
Feito de ônix,
- Um soneto eclipsante! -

Com as duas
ciganas danço,
E nos preservo
de tudo,
Não nos abandono,
nos oculto;

Canto baixinho,
sussurro:
- Um soneto feito
de céu,
De luar,
De estrelas,
De Vênus a platinar
Intensos e sensuaisversos
Para você
inteiramente mergulhar.

As flamencas violas,
Não param tocar,
Vênus e o luar
Não param
de dançar,
Antes eram
duas ciganas,
Lua e Vênus,
Agora, a poesia
a eclipsar:
O amor está no ar
O meu coração não
para de bater,
Estou apaixonada
por você;
Desenhei este soneto
só para aquecer.

Amor de irmãos é amor diferente
Não é amor que se contente
Como os outros amores por aí
É terra do mesmo vaso
É amizade sem acaso
É tanto se chora como se ri
É um amor que também é guerra
É acerta hoje e amanhã erra
E tudo vai no esquecimento
São as memórias da mesma casa
E as palavras em tábua rasa
Que só se sentem no momento

E nos irmãos os segredos
As alegrias e os medos
Que se guardam no olhar
E há também as gargalhadas
E as verdades atrapalhadas
Que não se podem contar
É mais forte que todo o resto
É de todos o mais honesto
E talvez o mais bonito
É para sempre a união
E o amor por um irmão
Incondicional e infinito

Briguento e melhor amigo,
protegido e protetor.
Juntamos as alegrias,
dividimos cada dor
desde os tempos de criança,
guardamos cada lembrança
no fundo do coração.
Na vida tem muito ex,
mas eu garanto o vocês,
que não existe ex-irmão.

⁠O dia em que não me viste
transformou-se em noite
a noite em escuridão
escuridão em sonho
sonho em delírio
delírio numa flor.

A flor murchou
e nas palavras se machucou
o meu beijo não foi enviado
a caminho de um sem face
não era teu.

Esse beijo meu foi para outra face,
essa tem cor, dor, amor,
a nossa história
o meu e o dele,
combinação em arte
um que dá voz e o outro
cria a outra parte.

Criaram-me em complexos jogos
amar não é jogo, é arte
e quando se tem com quem amar
a criar, um universo pode gerar
os dois partilham o mesmo corpo,
conhecem as linhas um do outro.

Faz da tua casa uma festa!
Ouve música, canta, dança, compõe, toca um instrumento.
Faz da tua casa um templo!
Reza, ora, medita, silencia, acalma, pede, agradece.
Faz da tua casa uma escola!
Lê, escreve, pesquisa, desenha, pinta, borda, costura, estuda, aprende, ensina.
Fotografa e faz algum curso.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Faz da tua casa uma loja!
Limpa, arruma, organiza, decora, etiqueta, vende, doa.
Faz da tua casa um restaurante!
Cozinha, come, prova, cria receitas, cultiva temperos, planta uma horta.
Faz da tua casa um centro cultural!
Declama poesia, improvisa um monólogo, joga videogame, cartas, xadrez, dados, vê filmes, séries, novelas, desenhos, documentários. Ouve com atenção todas as notícias, as informações sérias que te acrescente como pessoa.
Filtra as notícias falsas.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Neneca Parreira

Nota: O poema costuma ser erroneamente atribuído a Cora Coralina.

⁠Um dia de milagres
Ao acordar, o abrir dos meus olhos é primeiro milagre a se encontrar.
Sim, milagre. Milagres existem e estão em todos os lugares e cantos desse mundo! Basta conseguir enxergar
Uma vez alguém me disse que olhar, é a função do olho, há todo momento estamos olhando para algo, mas agora enxergar... enxergar é olhar com a alma é admirar com o coração, é contemplar os milagres da vida nos pequenos detalhes.
Agora um dia de milagres vou narrar:
Pela manhã já posso contemplar, o sol nascendo e vaporizando o orvalho das plantas, logo em seguida os estalos do braseiro a queimar! A vasta floresta que começa com sua orquestra pelo amanhecer, o bem-te-vi com seu canto vai bendizendo mais um alvorecer. O dia começa assim, cheio de contento para recomeçar.
o relevo dessa área, da planície até a colina, quanta venustidade posso contemplar. Ao entardecer a grandiosidade de um pôr do sol, e ao fim desse, vejo a magnitude da noite que vem chegando trazendo a lua e as estrelas, astros protagonistas do show da noite!

⁠Cuidado Onde Pisa

Tudo o que te paralisa
Na verdade te controla,
Cuidado onde pisa
Passe reto, sem demora.

Você procura uma boa fé
Mas não consegue encontrar
Ilusão e terror é o que vê
E fica difícil de acreditar.

Não deixe que te imponham
Uma doutrina que não é sua
Não deixe que te condenem
Por uma culpa que não é sua.

Tudo o que te paralisa
Na verdade te controla,
Cuidado onde pisa
Passe reto, sem demora.

Você descobre a luz na razão
Que te ilumina a caminhada,
Sem terror ou ilusão
E a carga fica menos pesada.

Não deixe que te manipulem
Com dogmas e rituais
Não deixe que te excluam
Pelas suas características essências.

Tudo o que te paralisa
Na verdade te controla,
Cuidado onde pisa
Passe reto, sem demora.

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