Nao Vim para Satisfazer suas Expectativas
Siga os seus passos.
Respeite suas pausas.
Se espelhe em você mesmo.
Porque só você sabe o que viveu,
o que doeu,
o que te fez parar —
e o que vai te fazer continuar.
Davi no temor a Deus e José durante todo seu caminho no Egito, deixando um bom cheiro ambos com suas atitudes.
Eu já vi o mundo do alto de uma colina de lá vi o mundo que sumia com suas matas a se perder no horizonte
Eu vi do alto de uma colina a existência em suas várias formas e cores senti o vento sussurrar ao meu rosto sua frisa a refrescar minha alma
Do alto da colina compreendi que tudo no mundo é pra dar significado a vida eu estava lá no alto da colina e pude acenar para o sol a se deitar por detrás de distantes montanhas
Do alto da colina e vi e senti que a vida se movimenta e meus olhos não pode acompanhar seu movimento e que o tempoe relativo a minha perpectiva lá do alto da colina...
Marcio H.melo
Gato Malhado
Veja como passa,
o gato malhado dentre as malhas da sala,
com suas manhas ariscas
e suas patas geladas.
Café preto brilhante
que esquenta um instante,
com o chão preto da sala.
Quando a noite se cansa e a rua se cala;
o sereno vazio, traz um vento tão frio...
que esfria o café,
que respinga na malha,
que esfria o chão preto,
onde gato malhado
sai com as patas geladas.
Há momentos em que precisamos aprender a deixar que o outro viva as consequências de suas próprias escolhas, de seus desrespeitos. Não podemos permitir que o mesmo erro se repita, de novo e de novo, como se nossas dores fossem invisíveis. Não devemos silenciar para evitar o confronto; não devemos engolir em seco o que nos machuca, porque a vida não é sobre ganhar ou perder, sobre se encolher para caber, sobre abrir mão de si para ser aceito.
Não está tudo bem em sermos feridos. Não devemos aceitar o que não merecemos. O que sentimos é importante, é legítimo. Passar por cima de si mesmo é destruição lenta, silenciosa, implacável. Há feridas que clamam para serem vistas, há silêncios que imploram para gritar.
Proteger os outros enquanto nos deixamos desprotegidos não é amor. Amar não é suportar, não é carregar sozinho o peso do mundo alheio. Só podemos amar quando nos sentimos inteiros, quando nos damos o direito de existir em nossa plenitude. No fim, somos nós quem varremos os cacos da nossa própria destruição.
Força também é dizer “não”. É traçar limites, respeitar a própria alma, acolher-se. Amor tem consequência, é construção; sem isso, é apenas zona de conforto. Não somos depósitos do resto alheio. Não somos terrenos livres para que outros semeiem dor.
Quando alguém ultrapassa o sagrado que existe em você, seja você o portal da desintegração do que não te eleva. Proteja seu espaço, sua essência, sua luz. Pois respeitar-se é o primeiro gesto de amor verdadeiro — consigo e com o mundo.
Eu pensei que você era diferente. Acreditei nas suas palavras, nos gestos que pareciam sinceros, nos detalhes que me fizeram enxergar em você algo raro em meio a tanta falsidade que existe no mundo. Mas, no fim, você mostrou ser apenas mais um disfarçado, mais um personagem que se sustenta em promessas vazias e em uma máscara que cai quando já não lhe serve mais.
O meu erro foi esperar grandeza de alguém pequeno, acreditar em verdade onde só existia conveniência, enxergar luz em quem sempre foi sombra. Eu pensei que você era diferente, mas a diferença estava apenas na ilusão que criei. Você nunca foi especial, nunca foi único, nunca foi aquilo que eu imaginei.
Hoje entendo: a decepção não é sobre quem você é, mas sobre quem eu quis acreditar que você fosse. E agora, olhando de frente, percebo que não perdi nada. Pelo contrário, me libertei de mais um fardo, de mais um vazio disfarçado de amor.
Porque, no fundo, você não era diferente. Era só mais um.
Glaucia Araújo
Deus é um Deus de descendência, pois cumpre Suas promessas de geração em geração, abençoando tanto a descendência física quanto espiritual daqueles que crêem e vivem em aliança com Ele.
A brevidade da vida
A vida é breve. Costumo dizer que ela é feita de lições, cada uma com suas nuances, suas camadas, uma complexidade que nem sempre conseguimos decifrar de imediato.
Mas se você se propõe a aprender, cedo ou tarde, o seu escudo se torna inabalável.
A confiança, quando se quebra, não volta a ser a mesma.
Podem até tentar reconstruí-la, mas será como levantar uma obra sobre escombros: cada pedaço remontado carrega a lembrança da fratura. E, no fim, não vale o risco.
E aqui vai uma verdade que só gente grande entende:
perdão não é retorno. Perdão é recomeço.
E recomeço não significa dar segunda chance, significa seguir em frente.
Se nunca te disseram isso, então deixa que eu digo.
Não confunda quantidade com qualidade.
Há quem viva muitos anos sem aprender nada.
E há quem precise ouvir uma única vez para despertar.
Se você ainda não aprendeu, eu deixo o alerta:
a vida passa rápido demais.
Não desperdice tempo.
Acorda pra vida.
Amadurece. Aprende.
Juras de amor...
O substrato de suas raízes é o próprio sentimento. Pena a confusão se o amor sustenta a jura ou ela o amor. Dúvida cruel que o egoísmo sempre entrega ao coração.
A elite com suas políticas religiosas, de segurança policias, civis trabalhistas, ou de qualquer outra ordem, só servem e existem não para proteger, mas; para nos vigiar e reger!
Aquele que é extremamente habilidoso e consegue ocultar quase cem por cento de suas habilidades é tão perigoso e eficaz quanto habilidoso.
O excepcional que oculta suas habilidades e potencialidades com maestria é, verdadeiramente, um gênio.
Se estiver a passar por momentos difíceis, faça das suas palavras carinhos e das suas atitudes silêncios, pois tudo caminha, tudo muda e tudo sempre dá certo, Aguenta só mais um pouco.
Algumas pessoas vivem
falando e filosofando sobre
a bondade, mas suas atitudes contradizem suas palavras.
O moço andava afadigado pela estrada, tentando encontrar um caminho pelo qual alcançaria suas realizações. Até que chegou a uma encruzilhada e lá o moço parou, sem saber para que lado ir. No meio da estrada, dividido, ficou a lamentar as fadigas e desilusões da vida. Com o sol quente no céu, o moço chorava triste, a se lamentar, gritava bem alto: "A vida é injusta para quem deseja encontrar uma direção!"
Até que dele se aproximou uma senhora idosa, vivida ao seu lado, se pôs: "Meu filho, porque está no meio da estrada, num calor tão quente, e chora aos gritos?" O moço, entristecido, com os olhos em lágrima, disse: "Minha boa senhora, a vida me trouxe até aqui, numa encruzilhada, agora não sei para que lado fica meu destino, que caminho devo tomar e seguir para que meus desejos se realizem na vida. Só queria um pouquinho da felicidade para viver."
A senhora disse com calma: "Olha, tantos caminhos para seguir, meu filho, por que não escolhe um?" O moço disse: "A tempos tenho procurado a direção. Logo estarei velho, cansado, o tempo não espera por mim. Será que não posso ser feliz?" A senhora disse: "Venha, me siga." O moço se levantou e foi. Logo chegaram a uma casinha de tapera no meio do mato. Ela pegou água e lhe deu, dizendo: "Tome, deve estar com sede."
O moço perguntou: "Como pode viver aqui no meio do nada? Não deseja ser feliz?" A senhora sentou ao lado dele e disse: "Eu sou feliz aqui." O moço perguntou surpreso: "Como?" Ela disse: "Olha à sua volta, o que você vê?" Ele olhou e sem demora respondeu: "Nada." Ela disse, olhando para as matas: "Eu vejo minha felicidade. A felicidade não está nas coisas que desejamos, elas envelhecem, se desgastam e acabam. Temos sempre que buscar mais, como a água que você bebeu, logo terá sede outra vez. A felicidade não está aqui fora, ou numa estrada, em coisas. Mas em nós, quando nos encontramos a nós mesmos, então existimos, e a felicidade é isso. Não buscamos nós, a carregamos em nós."
O moço, pensativo, entendeu. Então a velha perguntou: "Já sabe para onde vai?" O moço disse: "Vou voltar para minha casa, eu encontrei a felicidade. Todo este tempo eu estava fugindo e me perdi. Agora que me encontrei e tenho a felicidade, já posso voltar para o meu lugar." O moço, agradecido, saiu a andar. A uma certa distância, olhou para trás, mas não havia mais a casinha nem a senhora idosa que o aconselhou. O moço sorriu e, seguindo seu caminho de volta, reencontrou sua família e viveu sua felicidade.
Em busca da felicidade
Por marcio H.melo
