Não sei Quantas Almas eu tenho
Muitas almas foram morar no sítio para se afastar das pessoas e “ter paz”.
Quanto mais terras haver, mais trabalhos há, sem parcerias de pessoas para ajudar a manter e se não pagar não poderá ter. Na floresta é preciso prudência e humildade para sobreviver.
Almas trabalhadoras das saúdes e das educações, que antes já experienciaram certas vivências, por vezes pode ser que estejam profissionais mais completos.
Os gatos e animais em geral podem reconhecer e respeitar as almas agitadas, mas também, amam as tranquilas.
Num olhar fugaz, sorriso tímido, despedida sussurrada. Almas destinadas a vagar separadas. O acaso entrelaça fios invisíveis. No vazio dos suspiros, o silêncio eterno. Brevidade capturada num instante. Essência efêmera: Adeus.
Pedras são almas solidificadas e fixadas em momentos no tempo. Em todas existe energia isolada, acumulada pela exposição aos elementos, e pela História.
O paraíso terreste existe. Situa-se sob o céu aonde se movem as almas adornadas de matéria humana. Fica num poema suspenso, do outro lado da poesia, no meio da promessa que não se cumpre. Neste lugar as ausências começam devagar, as tardes, rodeadas de primaveras, soletram pedaços de pomares, as noites são versos fortes no vinco do luar. As tempestades suspiram a nudez da solidão. No contorno do dicionário despem-se as substâncias das palavras, cortadas no esmeril da madrugada. Aqui os sonhos apertam-se de pele e carne: vive-se comprometido com o momento e morre-se sem hora marcada. A cada minuto, nasce um dia contagioso de amor, as horas são o perplexo da vida que, tropeça sossegadamente pelos poros do mundo. Do lado de fora ficam os meus antecedentes infernos.