Não se Pede Ninguém em Amizade
Faça o que tiver que fazer mas sem pisar em ninguém, a vida permite olharmos para trás, mais não permite voltarmos no tempo.
Eu não quis falar, não quis lembrar, não queria, não tava a fim! Queria ficar na minha, mais sozinha do que nunca. Talvez quisesse dar um grito dentro do guarda-roupas isso de alguma forma me fazia bem, quem sabe pôr a cabeça no travesseiro, colocar meus velhos fones e ouvir minha playlist de fossa no maior volume possível, mas não tinha certeza se era bem isso que eu queria. Na verdade ainda não sei o que eu queria, o que eu sentia, o que eu temia; só sei que tinha algo, incomodava, chateava, me irritava! Mas como vou brigar contra uma coisa que não sabia definir o que era? Daí, minha cabeça girava 180 graus, os pensamentos voavam, o coração, esse aí coitado já não sabia mais o que sentia! Não era amor, não era TPM, não era alegria, não era carência. Os “sintomas” eram indefinidos, tanto quanto eu. Era aquela coisa sei lá o que! Preferi “denominar” de cansaço. É eu estava psicológica e emocionalmente cansada! A beira de um ataque de nervos, aturando tudo, equilibrando um mundo na minha cabeça, sem ninguém pra me segurar.
Ilusão Perceptiva
Quem mente? Quem diz a verdade!
Quem diz a verdade? Quem mente!
Quem é o feio? O bonito!
Quem é bonito? O feio!
Quem é forte? O fraco!
Quem é fraco? O forte!
Quem é o rico? O pobre!
Quem é o pobre? O rico!
Quem é o mais inteligente? O esperto!
Quem é o mais esperto? O inteligente!
Quem erra? Quem acerta!
Quem acerta? Quem erra!
Quem vive? Quem morre!
Quem morre? Quem vive!
Quem é perfeito? Ninguém!
Quem é ninguém? O perfeito!
#PatríciaRenata
Era um pobre homem, a única coisa que tinha eram seus bens...
Trabalhou desde cedo, nunca se questionou, sempre tocou a vida do jeito que deveria ser: nasceu, cresceu, trabalhou, trabalhou, trabalhou, e trabalhou!
Seus méritos eram medidos pelo dinheiro, e se era assim que a vida deveria ser, seria! Não importava o meio, o fim era o dinheiro...
Assim este pobre homem viveu... Apressado e pegando todo o santo dia o mesmo trajeto, que era mais rápido para não ter desconto, qdo era trabalhador e, quando virou chefe, pra não dar “moleza” aos seus subordinados.
Os anos foram consumidos, os amigos perdidos, mas o tempo...o tempo foi completamente...Trabalhado!
E quanto mais trabalhou menos se reconheceu... E longe de si e de seus pensamentos, adquiria cada vez mais e mais e mais e....
Era, como alguns diziam, “bem-sucedido” na empresa, mas um joão ninguém pros que estavam fora dos limites de seu trabalho...E com o cansaço consumido pelo tempo, perdeu a miopia da ambição, passou a questionar o seu papel no mundo... chamam isso de crise existencial, ele estava em crise! Tinha recursos suficientes para bancar tratamentos psicológicos, mas não tinha vivalma para lhe oferecer a camaradagem dos ombros...
Não há luxo que sustente uma cabeça vazia.
Ninguém será distinto de ninguém porque ninguém não é alguém porque ninguém é ninguém. Assim, alguém não é ninguém, mas alguém.
Talvez o sol,
um dó maior,
um si bemol,
um grito em versos livres
que não metrificam ninguém de nós,
Pois poesia também tem voz.
Quando eu me sinto sozinha eu escrevo o que penso e com a mais pura verdade. Solto a vida existente em mim que ninguém vê, lê, escuta ou percebe.
Fui para um lado,
Não achei ninguém.
Fui para o outro,
Ninguém novamente.
Então resolvi ir para um lugar que eu sabia que não teria ninguém, mas que era somente meu.
Para que fugir da solidão se ela sempre me encontra?
