Não sabe o que quer
Eu ainda não sei bem onde quero chegar. Mas sei que essa estrada me reserva ensinamentos para o meu crescimento.
quero mas temo perder a amizade...
Quero mas temo magoarme...
Quero mas nao sei se devo...
Quero mas nao sei por onde comecar...
Quero mas nao sei se ela quer...
Quero cada vez mais...e fico ainda mais confuso...
Nao sei se e paixao ou se estou amando...mas sei que estou precisando...
Temo confundir-lhe com essa minha confusao de sentimentos...
Mas sou feliz por saber que esta por perto...
Não sei quem eu quero enganar com essa coisa de “esconde isso, faz de conta que nada está acontecendo, que vai passar”. Não passa, não acha, só encaixa. Parece que eu me perco quando você chega. Me perco em mim mesma, nos meus pensamentos, nos meus sentimentos, na minha falha fuga. Fico sem graça e só consigo sorrir, o sorriso que fala por mim. É aquele olhar perdido que dura mais do que devia. É o virar de cabeça rápido quando nosso olhar vai se cruzar. E todas aquelas outras coisas clichês que fazem a gente perder a razão e ficar bobo. Essa história de perder a razão é intrigante. Juro que quando acontece comigo é terrível. O mundo está acontecendo todo na sua frente e a sua cabeça, de repente, tem uma crise de independência e resolve decidir as coisas sozinhas te levando pra outro mundo que só existe dentro da sua cabeça. Na verdade, nem é tão ruim assim, eu adoro o que encontro lá. Mas a cara que a gente fica pra quem está vivendo o mundo real deve ser tipo cara de princesa da Disney esperando o príncipe encantado. Gosto da sua cara quando você perde a razão assim. Você fica pensativo, realmente em outro mundo, um mundo que só existe dentro de você. Dá pra ver que você se perde - ou se encontra - nos seus pensamentos. Dá pra ver profundeza em você. Gosto de gente profunda. Gosto de gente que esconde mistério. Gosto de gente que esconde mundos particulares. Gosto de gente que cria suas próprias regras. Gosto de gente que sorri. Gosto de gente que não aceita imposição. Gosto de gente com olhar fundo. Gosto de gente que admira a lua. Gosto de gente que tem um além. Acho que é por isso que gosto tanto de você.
Eu não sei. Não sei. Ou não quero saber. Não sei nem isso. Eu...Não sei. Um eterno não saber se toma do meu dia. O fim? Não sei. O que é que eu sei? Não sei. Quando isso acaba? Não sei. O que me fez ter medo? Eu queria saber. Até ontem estava tudo tão claro. Eu sabia. Eu sabia que sabia. Hoje, já não sei nem que horas são. Pode ser 2h da madrugada ou 22h da noite. O que eu sei. É que eu não sei de nada...Ou talvez nem isso.
Com destino certo, esperando o ônibus na parada
Me flagro sem rumo.
Não sei o que quero
Não sei se fiz o certo
Não sei se almejo
Seguir no ritmo desenfreado
Da sociedade insana.
Tão perdida quanto a mulher
Que caminha atrapalhada no asfalto gelado,
Beirando a morte.
- E quem não beira?
Caminha como pode. Bêbada.
Vestindo seu pijama e chinelos
Em pleno inverno.
Eu mal respiro, devido a gripe
A mulher ri, sem aparentes motivos.
A persigo com o olhar
Até onde a neblina permite.
Ela sobe o morro
Eu subo no ônibus.
...
Peço um café
Temendo o frio e a chuva.
Um senhor sentado na mesa ao lado
Escreve em um bloco velho.
Me olha e sorri.
Escrevo atrás de um currículo
Que deveria ter entregado.
Mas lembro apenas de estar perdida,
Como de costume.
Caminhos existem vários.
Ainda que não almejo ter tudo,
Sonho muito alto.
O senhor da mesa ao lado soa sabedoria
Arrisco uma conversa tímida,
Peço um conselho sobre a vida.
Volto desapontada e sorrindo.
Lhe perguntei se havia alcançado
O tão aclamado sucesso.
Ele fixou o olhar no chapéu na cadeira
E me respondeu, como pôde:
- Sucesso é relativo, jovem garota.
Sinto minhas mãos, escrevo no meu bloco
Estou vivo! E é claro, paguei pelo meu café.
Considero-me bem sucedido, por hoje.
Amanhã, se acordar, farei isso outra vez
Embora sei que estou beirando a morte
- lembro da mulher no asfalto
Não que isso importe. O meu sucesso eu alcancei.
Não sei ser metade
Não sei viver indecisa
Quero amores intensos
E verdadeiros
Que me faça andar
Firme no chão
E voar
Quando necessário
Que seja inteiro seu
Ao mesmo tempo inteiro nosso
Que eu vou ser
Completa sozinha
Para transbordar
No nosso amor
Preciso me expressar
vai além
sem pensar
sou ninguém
busco algo
não sei de quem
quero igualdade
vai além
precisa amar
outro alguém
sem pensar
sou ninguém
...e eu não sei ainda onde quero chegar, não sei. Cada dia eu dou um passo, às vezes volto pra trás. Sei lá... A vida me confunde e eu me pego sempre querendo um algo à mais, traçando novos planos, desistindo de outros... Não sei onde quero chegar, mas eu chego!
Eu não sei.
Porque te quero por perto agora
Mas quando tenho, não quero mais
Te quero pra mim por agora
Mas quando tenho, isso some demais
Te gosto muito agora
Mas de fato, eu não consigo mais.
Acho que é machucado do passado
Amar e ser amado
Coisa de ex-apaixonado.
Eu não quero dizer o que eu não sei, eu não quero ver o que o destino não reservou para mim.
Á vezes existe coisas na vida que nos entristece, coisas que não esperamos. Quem sabe em algum dia todas essas coisas boas voltem a nos alegrar, ou será que devemos estar abertos para novas oportunidades.
No entanto, cabe em si acreditar.
Não sei o que quero dessa vida,
Sequer sei se há algo de bom para se levar daqui.
Não quero o perdão dos padres corruptos, muito menos as promessas de um governo fascista.
O homem que se ajoelha perante a imagem de Cristo é o mesmo que mata o inocente em prol de sua liberdade.
Não há dinheiro, perdão, liberdade, sequer felicidade para levar daqui.
Após essa vida, enquanto carne apodrece, então enfim nossa alma verá o inferno.
Uma eterna memória do que foi a vida.
não sei oque fazer embora sabendo oque devo ser
não sei oque eu quero
porem não me desespero
não sei porque quase nada
nem por isso a vida está acabada
nem sei porque me angustio
a vida é mesmo como um rio
só tem uma direção e nunca para
nos ensina o tempo todo
que mas escolhas saem caras
e que somente agora no presente
e que existe realmente
o coração da gente
há se ei pudesse fazer diferente ...
Quanto mais acumulo impulsivamente, mais provo que não sei o que quero, pois quem sabe de verdade estabelece a melhor das relações com o que lhe chega.
"Não sei o que eu quero, só sei que eu quero saber o que eu não sei através do quero, para aí sim, descobrir o que eu quero nas alturas das ideias."
A CARTA
.
.
Me perdi de mim!
Desde então, já não mais me encontro.
Não sei o que quero... não sei o que quis...
Não sei, mesmo na imaginação,
o que um dia fiz.
.
O futuro era promissor:
Eu tinha uma carta de instruções,
com uma frase escrita em letras góticas
pela azul magia dos próprios anjos.
Ela, Ela, Ela – Carta-Chancela
do mais Alto dos Cartórios,
dizia tudo o que eu faria
quando enfim-nascido
– quando,
por fim chegado,
àquilo que me cabia –.
.
Estava no bolso, bem me lembro disto:
a carta no seu envelope – minha tão cara carta!
Dela me lembro com a tal nitidez
das brumas do Paraíso.
.
Mas a carta
escapou voando,
faceira, cruel e cínica.
Zombando da distração fatal,
foi-se ao sempre, longe pela janela
da suave estrada conducente
ao calor do ventre.
.
Já no útero,
levei as mãos aos bolsos;
vi que, tolo, já não tinha bolso.
.
O que a carta – tão vital – traria?
Seria a alegre ordem, para fazer rir?
Um pedido para deixar chorar?
Ou seria um país difícil
para em vão liderar?
Seria talvez uma arte?
Ou quem sabe uma ciência
dessas que se acham em parte?
Seria uma daquelas missões
no coração da África?
Uma criança triste
para alegrar?
.
Já não posso saber,
pois me perdi de mim;
e não mais me encontro
para ler a carta: Ela, Ela, Ela.
.
Sozinho, caminho sempre,
confuso e triste, pelo azar da estrada.
Busco o que não posso, mas não encontro nada.
Se me perguntam o que quero, digo que não sei,
pois perdi a carta, tão imprescindível.
.
Se me apontam uma direção,
por ela sigo com frio entusiasmo,
na esperança de encontrar a mim,
para ler a carta.
.
Ah, felizes de vós
que me ouvem agora!
Felizes daqueles que sequer sabem
que existem cartas escritas pelos anjos.
Felizes de vós, que as perderam,
mas não se lembram disso;
e disso não se verão
cobrados.
.
Felizes, de tu e de ti,
os que não sabem que se perderam!
Felizes todos os que não sabem que nasceram
sem a carta que traziam
ao suave calor
do ventre.
.
.
[BARROS, José D'Assunção. Publicado na revista Juçara, vol.6, nº1, 2022]
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