Nao Queira Reviver o Passado
A saudade é um equivoco, pois se ficarmos pensando no passado deixaremos de viver o presente e de sonhar o futuro.
Tenho sentido um certo medo de arriscar. Medo de deixar o passado voltar a tona na minha vida. Preciso de força para enfrentar essa fase. Seja em questões de relacionamento, como profissional. Tenho muita fé em Deus, mas desta vez, estou precisando ter mais fé em mim. Acreditar que eu posso tudo o que quero. Ainda mais quando Deus está me dando oportunidades para realizar os meus desejos. Minha vida, minha rotina, mudou muito de uns tempos para cá. Mas ainda estou em um momento de buscar mais mudanças, apenas essas não são o suficiente. Já sou uma mulher, mas diferente de antes, agora tenho pensamentos de mulher, vontades de mulher, objetivos de mulher. Existe uma musica que fala: Jeito de mulher e olhar de menina, me sinto assim.
Este meu amadurecimento foi muito rápido, e eu mal tive tempo de perceber o quanto era preciso correr para concluir essa minha fase. Ainda bem que posso desabafar escrevendo. Este é um momento muito sagrado para mim. Um momento onde reflito sobre a minha vida, sobre as minhas mudanças. E depois de algumas palavras, minha mente se abre. Consigo ter um pensamento e uma visão mais ampla dessa minha fase.
Preciso acreditar mais em mim e é isto que vou fazer. Insegurança nunca foi meu forte e não será agora. Vou conseguir resolver todas a pendencias da minha vida. Vou enfrentar e vencer este momento que estou passando. É isso ai, agora é só botar em pratica.
Olhando o passado, percebo o quanto me enganei com a vida.
Quando criança, nunca acreditei em papai Noel, coelhinho da páscoa, bicho papão... Mas acreditei no amor. Sempre acreditei que, por mais que eu nunca o visse, ele existia. E hoje, mais de onze anos depois, percebo que troquei símbolos ilusórios de datas comemorativas por uma ilusão bem maior.
Onde está aquele amor em que eu acreditava?
Por onde anda aquele sentimento puro, verdadeiro, sincero, irreal... Aonde?
É. Talvez por ser irreal, ele realmente não exista.
Hoje percebo que aparência importa sim. Que status influem sim. Que palavras importam sim. E que algumas palavras, textos e canções, por mais lindos que pareçam, são apenas tentativas de descrever um sentimento que na realidade nunca existiu. Não na sua essência.
Esse despertar é doloroso. É triste. Me confunde.
De tanto a vida tentar, sinto que ela conseguiu destruir minhas ilusões de ser feliz. Ela conseguiu abrir minha mente para o que estava bem diante dos meus olhos durante todo esse tempo.
Mas eu estava cego. Estava fechado no meu mudinho com o pensamento de que eu poderia escrever minha própria história e terminá-la com o clichê: “E foram felizes para sempre.”
Que pena! Isso acabou. Hoje percebo que finais felizes só existem em alguns filmes e livros. E que na vida, a solidão é a única certeza que eu posso ter.
Se você pensa que esse é mais um texto de uma pessoa desesperançada, está muito enganado. Essas palavras são um raio x do meu interior.
Acredito que você nunca saberá como eu em sinto ao escrever isso, mas se essas palavras te tocar, saiba que a minha tristeza é dez vezes maior do que você possa imaginar.
Não sei se estou equivocado em minhas opiniões, mas a verdade é que eu estou destruído por dentro.
Mas se eu estiver errado, espero que alguém chegue e junte esses cacos que restaram das minhas ilusões e consiga reconstruí-las. Enquanto ainda há tempo.
Hoje relembrando o passado tenho a certeza de que nada foi em vão, de que cada lagrima sem grande motivo foi compensada por um sorriso seu pra mim.
Nem mesmo a mais linda paisagem, a mais linda historia, podem demonstrar o que senti, sinto e eternamente sentirei
As pessoas acham que pelo tempo ter passado e estarmos no seculo XlX, tudo tem que mudar!
Antes tudo era mais valorizado, as mulheres, os homens, os idosos, as pessoas em geral... se dava mais importância nas coisas simples, tantas descobertas se deram pelo esforço e pela curiosidade! hoje tudo esta tão fácil por causa do relaxamento da sociedade em esperar sempre que o outro haja com atitude, devemos levantar e assumir um lugar, sermos corajosos e ter nossos nomes reconhecidos!
le está marcado por sombras do passado que cravou uma farpa em seu coração de forma que bate e sangra, pulsa e sangra, e insiste em sangrar até quando não percebe. E ele sorri porque acha que deve pensar positivo, esconde a dor e carrega olhos baixos, se confortando, tentando se entender. Cruzando suas mãos e abraçando seu próprio corpo.
E diz: "Eu queria tanto que ela aparecesse. Sabe? Essa pessoa que vai fazer tudo por mim, tudo que deixaram de fazer, tudo que se negaram a tentar. Eu quero que ela chegue, com qualquer roupa, qualquer jeito, qualquer sorriso, mas que chegue. Vou levá-la em festas country no interior onde a única coisa interessante são as cervejas baratas, música ao vivo e aquelas danças esquisitas. Vou levá-la num parque de diversões pequeno, pra atirarmos em latinhas e sorrirmos ao sentir o friozinho na barriga descendo de uma montanha russa. E vou fazer isso, porque são esses pequenos detalhes que cercam o amor. É disso que sempre vamos lembrar. Mas ela não chega, não vem me fazer acreditar de novo em tudo isso. Que existe alguém destinado pra mim. Que irá me abraçar no meio duma chuva, festa, cama solitária que carregará dois corpos que, de fato, se amam. Um épico momento, onde nada mais importa além de mim e ela... E no meio duma praia deserta, quando o vento está tão frio que nossa pele aumenta e os pêlos se enrijecem, eu vou abraça-la e agradecer aos céus por estar vivo, e por tê-la encontrado."
E apesar dos murros que a vida lhe dá, ele não desiste, volta a desejar o encontro tão esperado. Mas não sabe, que é naquele dia em que ele estiver completamente desarrumado, desajustado e moribundo, é que o amor o encontrará... Sem data marcada. E enquanto isso, torço pra que ele consiga passar os dias, se divertindo com pessoas erradas, enquanto a certa tarda...
Mas por favor, que não falhe!
É apenas tudo que ele sempre quis.
É pura tolice, certo dia você disse que eu sou, o dono do seu coração, pra que viver um passado tão errado, vamos acender, a chama da nossa paixão.
Estava tudo bem, eu já havia sofrido com a sua ausência mais já tinha passado, tudo indo corretamente, parecia até um sonho, sem você por perto, sem ninguém pra me fazer ficar com um pé atrás diante o amor, tudo perfeitamente bem mesmo. Dai chega você novamente e me faz ficar assim, de um jeito meio sem jeito, cheia de duvidas, o sentimento que um dia senti por você, parece que voltou de uma maneira muito rápida, esta tudo tão confuso, esta tudo errado, não era pra ser assim, mais você chegou bagunçando tudo o que eu tenho de mais precioso, o meu coração, que tanto custou para cicatrizar, e sua chegada foi assim, meio que triunfante na minha vida novamente.
MEMÓRIAS DE UM NATAL PASSADO
Quando era criança, na noite de Natal, eu e o meu irmão partia-mos nozes e avelãs no chão de cimento da cozinha, à luz do candeeiro, enquanto a minha mãe se ocupava das coisas que as mães fazem.
Depois, quando o meu pai chegava, jantava-mos como sempre e seguia-se, propriamente, a cerimónia de Natal. Naquela noite o meu pai trazia um bolo-rei e uma garrafa de vinho do Porto.
Sentados à mesa, abria-se a garrafa de vinho do porto e partia-se o bolo em fatias. O meu irmão e eu disputava-mos o brinde do bolo-rei comendo o mais rápido possível na expectativa de nos calhar em sorte não a fava, mas sim o almejado brinde!
Eu não gostava daquele bolo, mas naquele tempo a gente “não sabia o que era gostar”, como dizia a minha mãe quando nos punha o prato á frente. Assim acostumada, engolia rapidamente as fatias para não sentir o sabor e ser a primeira a encontrar o brinde.
O meu pai, deleitava-se com o copito de vinho do Porto e observava calado as nossas criancices.
Depois, vencedor e derrotado continuavam felizes, na expectativa da verdadeira magia do Natal. Púnhamos o nosso sapato na chaminé, (eu punha a bota de borracha, que era maior), para que, á meia-noite o menino Jesus pusesse a prenda.
Íamos para a cama excitados, mas queríamos dormir para o tempo passar depressa e ser logo de manhã. Mal o sol nascia, corria-mos direitos ao sapatinho para ver o que o menino Jesus tinha la deixado.
Lembro-me de chegar junto á chaminé e encontrar o maior chocolate que alguma vez tivera visto ou ousara imaginar existir. O meu irmão, quatro anos mais velho, explicou-me que era de Espanha, que era uma terra muito longe onde havia dessas coisas que não havia cá.
O mano é que sabia tudo e, por isso, satisfeita com a resposta e ainda mais com o presente, levei o dia todo para conseguir comê-lo a saborear cada pedacinho devagar!
Depois, não me lembro quando, o meu irmão contou-me que não era o menino Jesus que punha a prenda no sapatinho, mas sim o nosso pai. Eu não acreditei e fui perguntar-lhe.
O meu pai, que gostava ainda mais daquilo do que nos, respondeu de imediato que não, que era mentira do meu irmão, que ele sabia lá, pois se estava a dormir…
Com a pulga atras da orelha, no Natal seguinte decidi ficar de vigília, para ver se apanhava o meu pai em flagrante, ou via o Menino. Mas os olhos pesavam e, contra minha vontade e sem dar por isso, adormecia sempre e nunca chegava a apurar a verdade.
Na idade dos porquês, havia outro mistério á volta da prenda de natal. É que eu ouvia dizer aos miúdos la da rua, que eram todos os que eu conhecia no mundo, que lhes mandavam escrever uma carta ao menino Jesus a pedir o que queriam receber. Maravilhada com tal perspetiva, apressei-me a aprender a ler e a escrever com a D. Adelina, que era uma senhora que tomava conta da gente quando a nossa mãe tinha que ir trabalhar e que tinha a 4ª classe, por isso era muito respeitada sobre os assuntos da escrita e das contas.
Antes de entrar para a escola primária já sabia ler e escrever mas isso não era suficiente.
Faltava ainda arranjar maneira de fazer chegar a carta ao seu destino. Para mim, aquilo não resultou: da lista de brinquedos que eu conhecia, não estava nenhum no meu sapato.
Questionada, a minha mãe, que tinha ficado encarregue de dar a carta ao Sr. Carteiro, disse-me que o menino Jesus só dava prendas boas aos meninos que se portavam bem. Mas eu já era uma menina crescida, já tinha entrado para a escola primária (em 1974) e sabia que os que recebiam brinquedos eram diferentes de mim noutras coisas também.
E foi então que, depois de ler a carta dos Direitos da Criança que estava afixada na porta da sala de aula, soube de tudo. Senti-me triste, zangada e confusa: Porque é que escreviam coisas certas e as deixavam ser erradas? Eles eram grandes, podiam fazer tudo! Se estava escrito ali na porta da escola era porque era verdade e importante, igual para todas as crianças como dizia na Carta. Que tínhamos direito a um pai e uma mãe lembro-me. A partir dali todas as coisas que a que a criança tinha direito, eu não tinha, e isso eram por culpa de alguém. Experimentei pela primeira vez um sentimento que hoje sei chamar-se injustiça.
Tranquilizei-me com o pensamento de que um dia viria alguém importante e faria com que tudo aquilo se cumprisse. E eu aí esperar. Era criança, tinha muito tempo: nascera a minha consciência cívica.
Compreendi que os adultos diziam as coisas que deviam ser, mas não eram como eles diziam. Nesta compreensão confusa do mundo escrevi nesse primeiro ano na escola a minha carta ao menino Jesus e deixei-a eu mesma no sapatinho. Era um bilhete maior que o sapato e dizia assim:
“Menino Jesus
Obrigada pela prenda.
Vou pensar em ti todas as noites mesmo depois do natal passar e espero por ti no natal que vem. Gosto muito de ti.
Adeus.”
E rezei a Deus que, houvesse ou não menino Jesus para por a prenda no sapatinho, me trouxesse todas as noites o meu pai para casa.
Nisa
Setúbal, 29 de Novembro de 2012
Descobertas - 05/12/2012
"Descobri dentro do meu ser
Lembranças do futuro
Um passado arrependido
Dentro do que sou
Reinvento maneiras de viver
Amando meu ego e orgulho
Ao mesmo tempo me vendo a morrer
Além do que sou, não vivo
E longe do que deveria ser
Só consigo existir, não viver
Estranhamente, reconheço onde estou
Um lugar onde todos devem seguir a perfeição
Porém, perfeição esta sendo desumana
Está perdida e ninguém a pode achar
Sendo eu um mero mortal nada posso fazer
Senão corrigir alguns tropeços e aprender sempre mais."
As veses,
Bate aquela vontade,
Com sinceridade,
De modificar,
Apenas voltar no passado,
E a minha vida aperfeiçoar,
Corrigindo os meus próprios erros,
Rescrevendo tudo aquilo,
No qual eu fiz,
Só assim tenho certeza,
Que podia ser tornar,
Muito mais feliz.
Fazendo tudo realmente,
Parecer completamente,
De um modo diferente,
Talvés até mesmo,
Confundir a sua mente,
Embora eu tenho defeitos,
Eu assumo,
Eu não sou perfeito,
Porém ficaria satisfeito,
Pois todas as minhas conquistas,
Nessa vida curta devemos alcançar.
O Cristo que caminhou pelas ruas poeirentas da Galiléia era o Deus que havia passado pelas trilhas das galáxias. O Cristo que ascendeu o fogo à beira do lago para preparar o café da manhã para os seus discípulos
cansados e famintos, havia ascendido bilhares de estrelas, pendurando-as pelo céu da meia-noite. Ele que pediu de beber à mulher excluída, havia enchido de água cada rio, lago e oceano. Cristo se fez a própria
revelação de Deus. Em Jesus, Deus adentrou à humanidade. A
eternidade invadiu o tempo.
Quem muito vive no passado acaba lembrando de coisas que deve esquecer e por fim esquece daquilo que deve lembrar.
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