Nao posso te Ajudar

Nosso coração não nos pertence, pertence aqueles que nos ama.

Nalguma preferência uma estima é baseada,
E estimar todo o mundo é não estimar nada.

Quem serve bem o seu país não precisa de antepassados.

Não há quem apresse mais os outros do que os preguiçosos depois de haverem satisfeito a sua preguiça, a fim de parecerem diligentes.

O crime é, antes de tudo, um fato, entendendo-se por tal não só a expressão da vontade mediante ação (voluntário movimento corpóreo) ou omissão (voluntária abstenção de movimento corpóreo), como também o resultado (effectus sceleris), isto é, a consequente lesão ou periclitação de um bem ou interesse jurídico penalmente tutelado.

São os sentimentos e não o intelecto que determinam as opiniões.

Não sou obrigado a jurar sobre as palavras de nenhum mestre.

A poesia é algo tão íntimo que não pode ser definida.

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

Não humilhes, e não serás humilhado.

O inferno é darmo-nos conta de que não existimos e não nos conformamos com isso.

É de admirar que um adivinho não ria ao ver outro adivinho.

Ser-se livre não é nada fazer, é ser-se o único árbitro daquilo que se faz ou daquilo que se não faz.

O homem, por natureza, é levado a desprezar quem o bajula e a admirar quem não se mostra condescendente.

Em Março de 79

Farto de todos aqueles que com palavras fazem palavras mas onde não há uma linguagem;
Dirigi-me para a ilha coberta de neve.
A veação não conhece palavras.
As páginas em branco dispersam-se em todas as direcções.
Eu dei com vestígios de cascos de corça na neve.
Linguagem, mas nenhuma palavra.

A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.

Tememos a velhice, à qual não temos a certeza de poder chegar.

O dinheiro não traz a felicidade daquele que não o possui.

Disseram que dei vexame bebendo champagne no sapato de Sophia Lorem. Não é verdade. Derramei quase metade porque ela se recusava a tirar o maldito pé do sapato.

Há dois graus no orgulho: um, em que nos aprovamos a nós próprios, o outro, em que não podemos aceitar-nos. Este provavelmente o mais requintado.