Não posso
Eu não posso me dar luxo de ser frágil, de me fazer de vítima, de ficar de mi-mi-mi...
Ah, não espero que ninguém me defenda ou tenha pena de mim.
Vim ao mundo pra lutar e trabalhar muito, e ser forte é consequência.
Não posso acreditar que o universo inescrutável gira em torno de um eixo de sofrimento; certamente a estranha beleza do mundo deve repousar em algum lugar na alegria pura.
2025 o ano da gratidão. Reconhecer quem esteve lá nos piores momentos. Não posso fazer uma lista dos bons amigos e daqueles que choraram comigo. Mas posso lhes agradecer sem lista. Gratidão!!!
Eu não posso amar-te.
Porque amar-te seria trair-me,
arrancar pedaços do que ainda resta de mim só para te oferecer migalhas que tu nunca soubeste segurar.
Seria dobrar a coluna até partir, moldar-me à tua ausência, aprender a respirar no vazio que deixaste.
Se eu te amasse, teria que fingir que não dói.
Que o peito não arde quando penso nas vezes em que estive ali, inteira, enquanto tu apenas pairavas, leve, sem nunca pousar.
Teria que fingir que não vi os teus olhos cheios de tudo, menos de mim.
Que não percebi a tua pressa em ir, mesmo quando prometias ficar.
Eu não posso amar-te, porque amar-te seria continuar a pedir calor a um corpo que só me dá frio, seria alimentar-me de esperas, construir castelos em cima de areia seca.
Seria encolher-me até caber no espaço que nunca me deste.
Se eu te amasse, teria que mentir para o meu reflexo, dizer-lhe que um dia serás o que nunca foste, que um dia as tuas mãos deixarão de ser vento e aprenderão a segurar o que eu ofereço.
Mas eu sei que não.
Eu sei que o teu toque só conhece despedidas e que a tua boca já nasceu a saber dizer adeus.
Eu não posso amar-te...
Porque amar-te seria morrer devagar e chamar isso de viver.
Mas eu quis.
Eu quis amar-te com tudo o que havia em mim,
quis acreditar que a minha entrega algum dia seria suficiente para te fazer ficar.
Eu quis ser um porto seguro para quem nunca soube ancorar.
Mas eu estava errada.
Eu fui tempestade a tentar abraçar um barco sem velas.
Eu fui lume a tentar aquecer quem já vinha do gelo.
Agora só me resta este vazio de quem tentou ser casa e só encontrou ruínas.
Só me restam as noites em que me pergunto se, em algum momento, sentiste algo próximo do que eu sentia.
Se alguma vez o teu peito pesou com o medo de me perder.
Se em algum momento os teus olhos me procuraram sem que eu estivesse ali.
Mas não, eu não posso me enganar.
Eu sei que fui mais para mim do que alguma vez fui para ti.
Que eu te amei numa intensidade que nunca teve eco.
Que eu fui fogo, enquanto tu foste cinza a desaparecer com o vento.
Por mais que doa, eu preciso aceitar,
que eu não posso amar-te,
porque o amor que eu te dei nunca encontrou onde morar.
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ig: @leticiaduartee._
Poema: (deso)lamento
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel
já não posso voltar atrás, consertar os desacertos
e desfazer tudo aquilo que me fez quebrar em pedaços tão pequenos,
me restando somente o futuro ora premeditado.
eu tento, tento remar com as mãos,
mesmo em frente à invencível tormenta,
mas, sabe, ainda estou aqui,
sofrendo, chorando e rindo de tudo e de mim mesmo,
ainda estou vivo, mesmo sabendo que o fim me espera.
então me debato,
choro e rio,
também me desespero,
choro e rio,
enquanto o doce abraço espero.
Como posso te amar?
Não posso.
Mas amo?
Acho que não. Espero que não.
Não é medo, é incerteza.
Compatibilidade de almas, incompatibilidade de corpos.
Não é uma miragem vivida,
é apenas uma realidade estendida—
como se o tempo fosse o mesmo para nós.
Mas não é.
Há uma vida de distância.
Talvez mais do que uma.
O que devo fazer em meio a essa realidade assustadora?
Nunca cheguei nessa parte.
Não sei ao certo pelo que me apaixonei,
se é que me apaixonei.
Seria seu riso doce, seu olhar de abrigo,
seu tom de intimidade, sua escuta ativa?
Talvez eu tenha me apaixonado pela forma
como me vi pelos teus olhos—
como se meu coração pudesse bater
e, pela primeira vez,
não houvesse nada de errado nisso.
Mesmo que não seja platônico,
preciso que seja!
Preciso ser como a Branca de Neve,
mas sem o príncipe.
Que ele nunca me beije.
Que eu nunca acorde.
Que isso fique aqui, onde é seguro:
dentro do meu próprio sonho.
É não vai ser fácil te tirar do meu coração,
Não posso negar que havia uma conexão
Dói em pensar como serão meus próximos dias,
A saudade vai apertar e me atormentar por todo momento
Queria eu não ser tão frágil e te amar
Porque de você nada posso esperar
O seu desprezo é evidente
eu não posso mais insistir em caminhos alheios quando o meu é tudo de que preciso.
Às vezes, quando olho para o céu estrelado, não posso deixar de pensar naquele fio invisível que nos conecta, aquele elo que nos une mesmo quando estamos separados. A saudade aperta meu coração, mas também alimenta meu desejo de estar ao seu lado novamente. Eu guardo a esperança de que, como os fios do destino, nosso caminho se entrelace novamente, trazendo-nos de volta um para o outro.
Não posso provar que Deus existe, mas é uma ideia latente no homem desde os primórdios, que comprometeu radicalmente a história da humanidade, tanto para o bem como para o mal. É uma ideia insistentemente teimosa que incomoda todos, tanto os crentes como os ateus, assim como os números é uma ciência exata, concreta na ideia como um mais um é igual a dois, mas que também não tem como provar a sua existência, sabemos que os números são reais, mas nunca manifesto, e sempre representado de inúmeras formas e maneiras, assim como um cálculo pode dar errado ou se chegar ao mesmo resultado através de inúmeras fórmulas, tal pode ser a representação mais concreta que a humanidade pode alcançar sem delírios sobre às divindades, que permanece a incomodar tanta na vida como na morte.
Dizer não quero! Não posso! Não vou sem ter que justificar os seus motivos para ninguém não é falta de educação, chatisse e nem egoísmo, é honestidade com os outros e, sobretudo, com você mesma. Escolher fazer o que você quer, com quem quer, na hora que quer, é a maior sensação de liberdade que alguém pode experimentar.
meu corpo transborda aquilo
que não posso falar.
perto de ti, parece inerente.
algo que não consigo controlar.
te desejo tanto que meu corpo treme.
te procuro tanto que meus olhos ardem
meus sentidos perdem o sentido.
toda lógica se esvai de mim.
sonho contigo quase todas as noites
te vejo ao meu lado
de um jeito que não quero mais.
hoje foi pesado,
você me deixava,
e dizia não me querer mais.
meu desejo pesa pra obsessão,
eu nunca soube deter.
tudo é demais quando se trata de ti.
essas são palavras que jamais
podem ser vistas,
ouvidas
ou pensadas.
calor.
fúria.
raiva.
meus poemas se alimentam de você.
amargo.
como um chocolate 100% cacau.
minha cabeça pondera
ao imaginar o nosso encontro.
me desvaneço naquilo que
sobrou de nós.
desejo.
obsessão.
falta.
um amontoado de sentimentos
embaralhados num porão
frequentemente visitado
por mim.
e por ti.
digitais nas estantes,
sofás, paredes, pias,
camas, chão...
por mim.
e por ti.
isso não é certo,
não pode mais acontecer.
me diz como esquecer aquilo
que eu pedi pra lembrar?
me diz como não lembrar
de tudo aquilo que eu
não consigo esquecer?
as minhas digitais no teu rosto,
meu dna nos teus lábios,
meu semblante na tua memória.
tuas digitais no meu corpo
teu dna nos meus lábios,
teu semblante na minha memória.
vai embora de mim!
Rabiscando a vida.
Rabiscando
Sobre as linhas retas
Que não posso ver
Vindas lá da luz do céu
Encobrindo o breu, que nos convida
Com palavras que não posso ouvir
Nada é incrível, no entanto
Elas são tão claras
Quanto a cara imprecisa
De sorriso obscuro
Escondida, atrás do muro da vida
Quanto o brilho do ouro, que não tenho
Mas eu sei quanto estão lá
Vou rabiscando em desenhos
Solução pra tantos medos
Quantos enredos mirabolantes
Entretanto, nada inverossímeis
Pois eu sei o quanto estão elas
Sob a luz das velas
Sob o malho de cinzéis
Prontas pra se revelar
Talvez como simples rascunhos
Sob a força dos punhos
e a constãncia da vontade
Essas, em linhas não tão retas
Pois a verdade se curva
Pra se alinhar com o horizonte
Azulado e verdejante
Cujo limite do olhar não alcança
Não alcança de olhar aberto
É preciso um pensar mais longe
Pra poder enxergar
O que esteve tão perto
Mas oculto sob o malho dos cinzéis
Quantos céus e quantos outonos
Verão teus olhares mornos
Teus ouvidos vitrificados
Quantos vasos queimarão teus fornos
Carentes de um olhar mais puro
De enxergar no escuro
Encobertas pelo breu que te convida
A enxergar de forma assim, tão clara
A cara da vida?
Edson Ricardo Paiva
Deus está fazendo algo que eu ainda não posso ver,
Mas está trabalhando no reino espiritual e algo vai acontecer.
Eu estudo e não consigo os méritos. Não consigo passar no mínimo, e o pior, não posso oferecer a minha família o que merecem, apesar que nunca reclamam nada de mim, amam-me, e muito, mas qual a minha missão, o que faço na terra, eu não sei mais, o que sonho não dá frutos, vira outros sonhos, outros sonhos, outros sonhos, outros sonhos... Não estou reclamando, é a inutilidade contida no peito.
Eu sou amaldiçoado porem não posso dizer isso, minha vida é boa, tenho as coisas que preciso, mas sinto que falta algo para minha alma, que dinheiro nenhum, pessoa alguma possa oferecer
23/05
Esse foi o último dia que nós falamos, sendo sincera eu não chorei mais tbm não posso me dizer que estou bem, mais pensar que a pessoa que mais me amou me considera insignificante agora me lembra ao passado, e isso não me conforta até por que eu odeio o passado.
Talvez um dia você entenda o por que eu nunca te contei dele.
I.S
O desconhecido é muito abrangente
deixo ele falar por mim
já que não posso conhecê-lo por inteiro
já que logo em breve esquecerei o que foi dito
nada é para sempre mesmo
quando algo for eterno
nesse mundo de efêmera passagem
falarei por mim mesmo
e vencerei o que luto
já me reconheço não mais apenas pela força da razão
mas algo que lembra a saudade, emoção
Já não posso ser contente...
Onde se foram aqueles que me amaram...
O que é deles?
Ando perdido entre muitas gentes...
Conselhos não segui...
E vieram os desenganos...
A vida passou tão corrida...
Hoje apenas sigo sem rumo...
A esperança está perdida...
Prazeres que tenho visto...
Sem meus entes queridos...
Já não fazem sentido...
Cheia de penas me deito...
E com mais penas me levanto...
Dia após dia...
Noite após noite...
Só as lembranças amenizam...
As minhas tantas feridas...
E de noite eu sonho...
Com dentro de mim o castigo...
Pai, mãe, irmão...
Todos se foram...
Só em Deus hoje me abrigo...
Oh...
Quem me dera ainda ser embalado...
Neste mundo estranhável...
Ter ainda um conforto...
Desse meu olhar tão cansado...
Destino: aqui me tens...
Neste meu silêncio fustigante...
Sonhando e me iludindo...
Como foi bom meu antigamente...
Mas assim tu segues...
O outrora não é mais...
Quem sabe no vindouro...
Encontrarei a paz...
Sandro Paschoal Nogueira
