Nao me Peca pra ser Igual

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A razão, sem a memória, não teria materiais com que exercer a sua atividade.

Na hora que você pega na bola, se você não sabe o que fazer com ela, tente outro esporte.

Hoje, não se sabe falar porque já não se sabe ouvir.

O poder não é prova suficiente da verdade.

As mulheres bonitas não sabem envelhecer, os artistas não sabem sair de cena quando é tempo: ambos estão errados.

A cultura é uma muleta com que o coxo bate no são para mostrar que também a ele não faltam as forças.

Não sei teus gestos
nem a cor do teu sorriso
mas pressinto os passos.

O mais grave no nosso tempo não é não termos respostas para o que perguntamos - é não termos já mesmo perguntas.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992

Não há fonte de erro tão grande como a busca da verdade absoluta.

Nada contribui mais para a serenidade da alma do que não termos qualquer opinião.

Não é verdade que o sofrimento enobreça o espírito; por vezes a felicidade fá-lo, e o sofrimento a maior parte das vezes torna os homens mesquinhos e vingativos.

O homem honrado não morre nunca.

Não há progresso se este não surgir através das dúvidas.

Um crítico é alguém que conhece a estrada mas não sabe conduzir.

A vasta noite
não é agora outra coisa
se não fragrância.

A morte não é um tormento, é o fim de um tormento.

Não há livro tão mau que não tenha algo de bom.

Se ofenderes o teu vizinho, é melhor não o fazeres pela metade.

O exagero é sempre a exageração de algo que não o é.

Canção de Primavera

Eu, dar flor, já não dou. Mas vós, ó flores,
Pois que Maio chegou,
Revesti-o de clâmides de cores!
Que eu, dar, flor, já não dou.

Eu, cantar, já não canto. Mas vós, aves,
Acordai desse azul, calado há tanto,
As infinitas naves!
Que eu, cantar, já não canto.

Eu, Invernos e Outonos recalcados
Regelaram meu ser neste arrepio…
Aquece tu, ó sol, jardins e prados!
Que eu, é de mim o frio.

Eu, Maio, já não tenho. Mas tu, Maio,
Vem com tua paixão,
Prostrar a terra em cálido desmaio!
Que eu, ter Maio, já não.

Que eu, dar flor, já não dou; cantar, não canto;
Ter sol, não tenho; e amar…
Mas, se não amo,
Como é que, Maio em flor, te chamo tanto,
E não por mim assim te chamo?

José Régio
Filho do Homem