Nao Ligo pra o que Voce Pensa

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Mandamento 3 - Respeite o nome de Deus

Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão. - Êxodo 20: 7

O terceiro mandamento foi levado tão a sério por Israel que, certa vez, os escribas nem mesmo escreveram o nome Yahweh (Jeová) até que primeiro tomassem banho e trocassem de roupa. Então, depois de escreverem, tomariam outro banho e trocariam de roupa novamente.

Seu foco na palavra em si, no entanto, muitas vezes negligenciava as implicações mais amplas do mandamento. JI Packer diz: “O que é proibido é qualquer uso ou envolvimento do nome de Deus que seja vazio, frívolo ou insincero”. Isso inclui qualquer tipo de irreverência, porque não leva a sério o caráter e a reputação de Deus que é representado por Seu nome. Nem devemos usar o nome de Deus ou de Jesus Cristo como profanação, porque isso não expressa louvor, adoração nem fé.

O mandamento também se refere a quebrar uma promessa quando o nome de Deus é usado para apoiar a palavra. Mas mesmo quando nenhuma referência é feita a Deus, toda promessa que fazemos a outra é feita na presença de Deus e, portanto, é tão obrigatória quanto se tivéssemos invocado o nome Dele.

Como o terceiro mandamento nos condena a todos! Mas agradeça a Deus pelo nome de Jesus, que significa Salvador. Ele fornece o perdão e ajuda que precisamos para manter o terceiro mandamento e tornar-se homens e mulheres conhecidos por serem fiéis à sua palavra.

• De que maneiras eu ouço as pessoas usando mal o nome de Deus?
• Como eu sou culpado de quebrar este comando?

Se você se importa com Deus, lide com o nome dele com cuidado. Dennis J. DeHaan

Inserida por 2019paodiario

Mandamento 4 - Tire um dia para descansar

O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado. - Marcos 2:27

Uma parte importante do quarto mandamento é a instrução de Deus para o trabalho (Êx 20: 9), um ponto muitas vezes esquecido. O trabalho legítimo glorifica a Deus e tem um significado eterno (Efésios 6: 5-8), se feito em equilíbrio com o descanso apropriado. Essa é a verdade subjacente deste mandamento.

O trabalho eficaz e que honra a Deus é impossível sem descanso. É por isso que Deus ordenou um ritmo de trabalho e descanso baseado em Suas ações durante os sete dias da criação (Êxodo 31:17). Quando adulteramos esse padrão, ficamos em apuros. Durante a Revolução Francesa, quando a semana de 7 dias foi prolongada para uma semana de 10 dias, até os cavalos ficaram doentes. Sem renovação, o corpo se quebra.

Mas há um significado espiritual mais profundo para observar um dia de descanso. Embora devamos evitar todas as atitudes e práticas legalistas a esse respeito (Rom. 14: 5-6), precisamos de um tempo regular para refletir sobre nosso relacionamento com Deus - um descanso não apenas para a renovação física, mas para a renovação espiritual. Devemos ponderar o que Cristo fez por nós na cruz e experimentar o descanso que vem confiando completamente em Sua obra consumada (Hb 3–4).

Precisamos dar uma nova olhada neste velho mandamento sobre o dia de descanso de Deus?

Quando nós tiramos um tempo para nos divertir e brincar,
Para descansar ao longo do caminho ocupado da vida,
E quando paramos para nos ajoelhar e orar -
Nós seremos renovados dia após dia. —DJD

Nosso dia de descanso dá sentido ao resto da semana. Dennis J. DeHaan

Inserida por 2019paodiario

Ser mais é agir com demasia. Seja o suficiente e já estará fazendo o que maioria das pessoas não faz.

Inserida por poetacuritibano

Mandamento 7 - Mantenha-se puro

Não cometerás adultério. - Êxodo 20:14 Fuja da imoralidade sexual. - 1 Coríntios 6:18

A Bíblia está atualizada em questões sexuais. Há muito tempo, Deus advertiu contra o adultério e a fornicação. Com efeito, Ele disse: “Diga não!” Agora, no século 20, com a terrível ameaça da AIDS, muitos legisladores, educadores e médicos estão concordando com o Todo-Poderoso.

A Grand Rapids Press publicou um artigo intitulado “A abstinência: a nova ênfase na educação sexual”. Falou de Will Heiss, de 16 anos, um “educador de pares” que desafia crianças mais novas a dizer não à atividade sexual - e elas estão ouvindo .

O autor e palestrante do campus Josh McDowell lembrou ao público da faculdade que o sétimo mandamento é uma provisão graciosa de Deus, dada para nossa proteção. Josh contou sobre um homem que teve vários relacionamentos sexuais. O homem mais tarde recebeu a Cristo e conheceu uma mulher maravilhosa com quem se casou. "Ela é preciosa", confidenciou o homem, "mas na intimidade do nosso casamento eu sou assombrado pelos 'fantasmas' daqueles assuntos anteriores".

A abstinência até o casamento é uma salvaguarda certa. Ele protege o dom da intimidade sexual que deve ser desfrutada dentro de um relacionamento duradouro de compromisso e confiança. Deus odeia a imoralidade sexual porque tem o maior bem de homens e mulheres no coração.

Senhor, conceda-me força do dia a dia -
Como eu estou propenso a me perder!
As paixões da minha carne são fortes;
Sê tu, meu Deus, um escudo do mal. —DJD

Os mandamentos de Deus não foram dados para nos frustrar, mas para nos satisfazer. Dennis J. DeHaan

Inserida por 2019paodiario

Não vou achar alguém, uma sortuda vai me achar. As vezes nos desvalorizamos muito, e nos arrastamos nos pés de quem não nos merece!

Inserida por julio_cesar_30

Santidade não é contagiosa

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Considerai os vossos caminhos!” - Ageu 1: 7

O mal é como uma doença contagiosa. Assim como uma pessoa tossindo em uma cabine de avião pode infectar todos os passageiros, o mal parece se espalhar entre um grupo.

A santidade, por outro lado, deve ser procurada deliberadamente. Nós não nos tornamos santos associando-nos com pessoas piedosas em um ambiente de clausura. A santidade vem pela fé e obediência ao Senhor.

Esse é o ponto que Haggai fez séculos atrás. Ele falou sobre carne que havia sido reservada para sacrifício a Deus. Se aquela carne tocasse algum outro alimento, não poderia tornar a outra comida santa (2:12). Por outro lado, a impureza cerimonial poderia ser facilmente transmitida por um mero toque (v.13).

Ageu disse ao povo de Israel, que assumiu que eles eram santos por causa de sua herança divina, que eles realmente haviam se contaminado por causa de sua desobediência (v.14).

Se você quer ser santo, primeiro deve se entregar em fé a Deus. Então você deve aprender o que Deus quer que você faça e, em Sua força, obedeça-O. Ter pais devotos e se associar com amigos religiosos pode ajudar, mas eles não podem torná-lo santo.

Nós nos tornamos santos apenas quando vivemos perto do Senhor e fazemos o que Ele nos diz para fazer.

Ajuda-me, ó Senhor, a ter medo
De caminhos desobedientes;
E eu posso procurar o que agrada a você
e lhe dá mais louvor. —Sesper

Santidade não é um vírus a ser apanhado; É um modo de vida a ser procurado. Haddon W. Robinson

Inserida por 2019paodiario

Aos que me conhecem, parabéns, eu sou exatamente assim. Aos que não me conhecem, lamento, eu continuo sendo eu mesma em qualquer circunstância.

Àqueles que acreditam saber quem eu sou sem se dar o trabalho de me enxergar de verdade, cuidado, os seus olhos podem estar interpretando uma imagem tosca e inverídica ao meu respeito.

E aos que me conhecem apenas por informações alheia, do que falam e inventam sobre mim, prestem atenção ao sinal de alerta, vocês poderão estar correndo o sério risco de serem vítimas do pecado da injustiça.

Inserida por GilBuena

A grande questão não está no podes, mas está no depois disso, pois todos podem, mas nem todos têm a coragem de enfrentar.

Inserida por david_lutango

As vezes não é que quem prometeu é mentiroso(a) ou apenas estava a brincar com os nossos sentimentos. O grande problema é que quando somos abandonados, quando as pessoas que pensamos que estariam aí para sempre deixam de estar, estamos mais preocupados em ser vítimas, em sofrer, em ver os defeitos dos outros, em acreditar que ele(a) é que não é fiel a sua palavra. Quando muitas vezes a culpa é toda nossa, quando nos foram dados tantos avisos e ignoramos, porque no fundo só nos importamos conosco. É necessário termos capacidade de autoanálise, temos que ser os primeiros a ver os nossos defeitos e agradecer a quem esteve aí mesmo que foi por pouco tempo para nos aturar. Acabou, acabou, foi bom enquanto durou, devemos ser gratos, não julgar os outros quando a culpa pode ser toda nossa, quando quem não deu valor a atenção somos nós, quando nós é que matamos o amor. Ninguém é obrigado a suportar tudo calado ou a sofrer por quem não quer mudar. A vida é dinâmica e crescente se não soma e prejudica, o melhor é ficar distante.

Inserida por IsamaraAlbano

O CONTRÀRIO DA ALEGRIA

O contrário da alegria não e somente tristeza e sim uma pessoa feliz e que tem forças para aguentar o que for .

O contrário da alegria não è se divertir e sim amar ,e distribuir amor .

O contrário da alegria não è alegria e sim acordar pisar firme no chão com uma enorme auto estima ,olhar no espelho e dizer hoje estou pronta para sair e me divertir com minhas amigas .

Inserida por ZildaRoqueturbiani

No término de uma relação,só perde quem é amado,quem não é,nada tem a perder.

Inserida por izildinha

O que a graça cobriu um dia, a lei não consegue expor mais. Perdoados estão os teus pecados; não existe processo, não existe método, o processo foi a cruz, o método foi o sangue derramado em seu favor, por isto se perdoe, arranque o peso da culpa que colocaram em você e não seja mais refém da mentira religiosa. A palavra de Jesus é: vai e não peques mais!

Inserida por JoabeSiqueira

O horizonte,;

A pessoa que leva a vida só olhando para o horizonte, termina não enchergando o mundo de flores ao seu redor.

Josué Morais.

Inserida por josuemorais

E palavras não ditas podem ter mudado todo rumo de uma história.

Inserida por ORafaelPrado

Da misericórdia;

A qualidade da misericórdia não é forçada. Ela cai como a chuva mansa dos céus sobre o que está em baixo.

Josué Morais.

Inserida por josuemorais

Saudade é sentir a presença de seu filho(a) em um lugar que não existe!

Inserida por josuemorais

O grande desafio para uma vida de equilíbrio, não está na busca incansável de bens e troféus, e sim, em saber conciliar os desejos com os bens já conquistados.
Josué Morais

Inserida por josuemorais

“Gestos e atitudes falam sem o uso das palavras, as palavras não falam sem as atitudes, e quando não há nem palavras e nem gestos, nada existe “

Inserida por Professormauricio

Se ela soubesse o quanto é amada, não sairia por aí em busca de colecionar amores vazios de sentimentos.
Se ela soubesse o quanto desejo seus beijos, não sairia por aí sentindo o gosto de outras bocas.
Se ela soubesse o quanto respeito tenho pelo seu corpo, não sairia por aí trocando carícias com qualquer idiota que lhe fala de amor.
Se ela soubesse quantas vezes sonhei em estar ao seu lado, não se negaria a fazer parte da minha realidade.
Se só por um instante ela pudesse ver a si mesma com meus olhos, certamente se apaixonaria. O sorriso dela? É sem dúvidas o mais lindo que meus olhos já contemplaram.

Inserida por lannyContos

Meus 15 anos!
Eu sempre me senti diferentes das outras garotas. Não mais bonita, nem mais feia, só diferente. Nunca gostei de maquiagem, quando usava me sentia o curinga personificado. Minha moda? Eu mesma criava o meu jeito de me vestir. Saltos? Nunca gostei, eu preferia All Star. Roupas com decote? Eu passava longe!
Eu estudava em uma escola de tempo integral - Escola Estadual de ensino integral Emanuel Rosa Sales. Meu tempo de escola não era diferente desses famosos clichês que passam nos filmes: "Garota bonita vs Garota feia".
Bruna, é uma daquelas garotas que todos os meninos são loucos para "pegar". Realmente linda e atraente, mas posso dizer que tinha muita beleza e pouco conteúdo. Eu era exatamente o oposto dela. Enquanto os garotos faziam fila para namora-la, eles também faziam fila para fugir de mim.
O meu primeiro e tão sonhado beijo, aconteceu com um garotinho da escola, que tinha por nome Pedro. Eu estava feliz, cheguei a pensar que ele e eu namoraríamos (quanta inocência)... Depois de alguns dias trocando beijos e acreditando que estávamos juntos, Pedro me deu um belo fora dizendo:
- Não posso mais ficar com você, meus amigos estão me zoando e falando que estou namorando uma garota que parece menino.
Eu chorei muito ao ouvir aquilo, eu tinha apenas 13 anos e não entendia porque insistiam em me rotular gay.
Comecei a perguntar a mim mesma se aquilo era resultado do modo como eu me vestia ou talvez o jeito masculino como eu andava (eu já tinha ouvido alguns colegas dizendo que eu não sabia rebolar e andava de um jeito masculino. Eu nunca imaginei que existia regras na forma de andar, onde diferia homens de mulheres.) Talvez a minha falta de feminilidade tenha contribuído em toda essa construção pejorativa que as pessoas tinham com a minha aparência.
Um dia almoçando sozinha na escola, sentou uma garota na minha mesa (de nome Nicole) para me fazer companhia. Isso raramente acontecia... Ela me tratou bem como há muito tempo não acontecia, disse que entendia tudo que eu estava vivendo pois também passou pelo mesmo ao se assumir.
Fiquei brava por ela ter agido como se eu também fosse lésbica. Levantei furiosa e fui embora pra minha sala deixando o almoço quase intacto na mesa. Sentei na minha cadeira e comecei a refletir que talvez aquela menina tenha sido a única que me tratou bem, não se importando com o que falavam sobre mim. E se eu tinha tanta raiva daqueles que me julgavam, porque logo eu iria julga-la? Voltei ao pátio e olhei em volta para encontra-la e fui até onde ela estava para me desculpar.
Ela desculpou-me e se tornou minha melhor amiga. Quando alguém zoava a gente nos chamando de lésbicas ela sabia exatamente como nos defender, até parecia que ela acostumou com aquilo ao ponto de ser mais forte e pouco a pouco ela me ensinava a ser forte também.
Depois de um tempo esse tal menino - o Pedro - começou a me zoar com os demais amigos... Me chamava de "Maria macho", "sapatão" e uma série de coisas desse gênero. Eu chorava e tinha vergonha de ir a escola. Eu implorava que minha mãe me tirasse de lá, mas ela inocentemente achando que era preguiça de estudar, não atendeu meu pedido. Eu comecei a rezar que a convivência na escola melhorasse, mas tudo só piorava, passei a ter medo de me aproximar das pessoas e chorava quase sempre que estava sozinha.
Eu comecei a cair em uma depressão enorme. Piorando eu morria de medo de falar para minha mãe o que estava acontecendo. Eu tinha medo que ela também achasse que eu era lésbica. (eu era só uma garota de 13 anos sentindo-se só).
Os boatos sobre minha sexualidade se espalharam e logo todos os alunos e alguns professores já estavam sabendo da história e tomando essa mentira como uma verdade absoluta. Eu me afundava a cada dia em uma solidão absurda dentro de mim. E sempre quando me viam chorando nos cantos da escola, afirmavam que era vitimismo para chamar atenção.
Tentei me afastar da Nicole para diminuir os boatos, mas sem ela a escola era ainda mais difícil de suportar. Nossa amizade só crescia e os boatos de que estávamos namorando se espalhou pela escola.
Em uma manhã de quarta-feira fui ao colégio, mas não tive coragem de entrar na sala de aula. Eu tive fobia/medo daquelas pessoas que se diziam meus colegas. Covardemente desisti de entrar na sala e segui de uniforme, livros e mochila até a saída para tentar ir embora da escola, mas infelizmente os portões já haviam sido fechados e eu em uma atitude desesperada para não entrar na sala, segui em destino ao banheiro do vestiário feminino. Fiquei lá por quase 4 horas sentada no chão do banheiro, por mais desconfortável que fosse, era melhor para mim que entrar na sala.
Na hora do intervalo um grupo de meninas da minha sala entraram no vestiário para retocar a maquiagem antes de irem almoçar. Ironicamente notei que o assunto da conversa era sobre mim. Elas falavam em alto e bom som, para que quem entrasse naquele banheiro pudesse ouvir que os diretores deveriam expulsar-me, pois pois era inaceitável um namoro lésbico na escola. Todas caiam na risada, pareciam contar a mais engraçada de todas as piadas.
Abri a porta do banheiro e com toda a raiva que eu estava sentindo, empurrei uma delas contra o banco do vestiário. Por ironia, era a Bruna. Mas meu ódio me cegou e não consegui parar de machuca-la, suas amigas tentaram separar a briga e chamar socorro, mas até lá eu já tinha feito um estrago no rosto dela.
Fui suspensa após isso e quando finalmente voltei à escola minha vida se tornou um inferno ainda pior. Bruna começou a espalhar boatos mentirosos sobre mim, afirmava aos quatro cantos da escola que me viu beijando uma garota e eu havia batido nela para que ela não falasse a verdade sobre mim.
E enquanto pessoas como a Bruna e o Pedro se voltaram contra mim, a Nicole se aproximava cada vez mais e me fortalecia.
O tempo foi passando e eu acabei me encantando por aquela garota. Me encantei por ela e não por ser uma menina. Acabei me apaixonando pela forma que ela me cuidava e me protegia do mundo. Eu não sei se nasci lésbica ou se me tornei devido as circunstâncias, mas até hoje não me arrependo.
Parei de me importar com o que as pessoas falavam sobre mim e passei a ter orgulho de quem eu era. Tomei coragem e me assumi para minha mãe que, graças à Deus, me aceitou bem. No início eu tinha receios de assumir até a mim mesma, mas depois que eu me aceitei vi que minha sexualidade não me fazia menos que as demais pessoas.
Fomos o primeiro casal lésbico da escola. Era algo novo e inusitado, após isso muitos outros casais gays começaram a assumir também.
Ao me assumir, uma porção de barreiras difíceis começou a surgir para que eu quebrasse. Eu era vítima de preconceito constantemente. Até daqueles que deveriam nos defender. Acabei sendo obrigada a mudar de escola após uma conversa de diretores com minha mãe. As pessoas não aceitavam e parecia que a minha sexualidade desmoralizava a todos.
Pessoas se afastaram e deixaram de ser meus amigos, no início não entendia o que estava acontecendo comigo. Eu era uma menina como todas as outras, a única coisa diferente era o que eu trazia no meu coração. Mas desde quando a minha forma de amar muda quem eu sou?
(...) ANOS PASSARAM
Deixei de ser a menina assombrada, para me tornar a mulher destemida. Concluí o ensino médio e iniciei a faculdade de Psicologia.
Um certo dia vindo da faculdade, encontrei uma garota desolada, com a cabeça baixa, sentada em um banco na rodoviária. A faculdade é em uma cidade vizinha, então fazia parte da minha rotina descer do ônibus na rodoviária e ficar na espera da minha mãe ir buscar-me.
Já era tarde e não tinha quase ninguém na rua, era por volta de quase onze e meia da madrugada. Me aproximei e quando a tal garota levantou a cabeça, vi que se tratava da Bruna. Nesse momento eu gelei, fiquei paralisada e sem ação.
Ela tentou ignorar a minha presença, continuando sentada em um banco, tentando abafar o choro. Creio que se sentiu intimidada. Tentei me aproximar, porém eu estava com certa vergonha. No fundo eu sentia muita mágoa, raiva e desprezo ao lembrar de tudo que ela me causou anos atrás, mas ir embora e deixa-la para trás naquele estado me traria peso na consciência. Já era tarde e seria perigoso para qualquer garota ficar ali naquele horário sozinha. Insisti para que ela se abrisse e eu pudesse entender o motivo do choro. Mesmo com muito medo que ela me tratasse mal como tratou em todas as vezes que cruzamos.
De início ela me tratou mal e disse que eu estava tripudiando da tristeza dela. Ela implorou para que eu me afastasse, mas eu fui insistente. A verdade é que ela estava insegura, achando que eu estava ali para me engrandecer com sua dor.
Sentei ao seu lado no banco em que ela se encontrava e disse:
- Eu não quero te fazer mal, se o destino fez que a gente se encontrasse a essa hora, talvez fosse mesmo pra ser assim, do contrário, as forças superiores teriam enviado uma daqueles suas amigas do ensino médio. - Rimos juntas.
Ela começou a chorar e me abraçou, fortemente como se fosse um pedido de desculpa por ter durante tanto tempo me perseguido. Creio que a minha piadinha fora de hora sobre ensino médio tenha despertado tais lembranças nela.
Ela ainda presa no meu abraço, contou-me que acaba de ser expulsa de casa e o motivo era sua sexualidade. Eu fiquei surpresa. Puts! Sempre imaginei ela héterosexual e agora essa revelação, caramba me pegou realmente surpresa. Ela chorava mais que antes e me pedia desculpa por tudo que me causou e me abraçou ainda mais forte.
Quando minha mãe finalmente chegou para me apanhar da faculdade, eu expliquei toda a situação e pedi permissão para leva-la para dormir aquela noite em casa.
Minha mãe respondeu algo que me fez agradecer aos céus por ter a sorte de ter nascido daquela mulher:
- É claro que pode Lanny. Algumas vezes na vida, nós pais tememos tanto que nossos filhos sofra, que brigamos para que eles sigam um caminho que a nossos olhos seria menos doloroso. Talvez seus pais só esteja com medo de tudo que você vai enfrentar pela sua sexualidade. No início eu também agi assim, mas depois me preocupei em não der para minha filha um exemplo dessas pessoas que não se importam com com a felicidade. Nós as vezes buscamos tanto o melhor para nossos filhos e esquecemos que o melhor nem sempre é o caminho mais fácil e sim o caminho que mesmo difícil os fazem mais felizes. Eles vão te aceitar Bruna, é questão de tempo até que eles vejam a filha maravilhosa que você é.
Naquela noite e por mais alguns meses Bruna passou a dormir em minha casa. Esquecemos sobre o passado e firmamos uma amizade forte. Hoje somos quase como irmãs. Após alguns meses sentindo na pele o peso da rejeição e do preconceito ela foi finalmente aceita por seus pais e hoje é namorada de uma garota linda que costumo chamar de cunhada.
Não sei se dá pra tirar uma moral dessa história, mas se desse seria: O mundo gira e as pessoas que hoje você oprime, amanhã pode ser uma das poucas que vai te estender a mão quando precisares.




Repentinamente me vejo sendo outra vez aquela garota de quinze anos. Isso é tão assustador!
Me vi presa outra vez dentro de mim mesma, com medo de sair do quarto e viver. Parece tão louco me sentir assim. Eu sempre me achei/pensei ser tão segura de mim mesma.
Me sinto de mal com o espelho, quando fico diante dele vejo um reflexo errado de mim. Por mais louco que seja, ele mostra a imagem de uma garota de quinze anos chorando, mas eu sou uma mulher. Ele deve estar refletindo errado ou sera o reflexo da minha alma?
As pessoas me olham, mas sinto que são sempre olhares focados para as minhas "imperfeições" e nunca olhares de admiração. Eu já desisti de conhecer novas pessoas por vergonha da minha aparência, recusei alguns encontros por puro medo do que os outros pensariam de mim depois de me conhecerem a fundo.
Sei que muitas pessoas não entendem meus sentimentos, minhas escritas, minha palavras. Mas a confusão dessas palavras combinam com meu excesso de sentimentos confusos. Sou tão de mal comigo mesma que me recuso a pensar na ideia de alguém me ver com bons olhos... É como se fosse impossível na minha cabeça.
Cinco anos passaram e a garota de quinze anos ainda não morreu dentro de mim. Ela continua chorando e se sentindo abandonada nesse mundo onde só parece caber pessoas de boa forma e pouco conteúdo.
Gosto de pessoas que buscam despir não só meu corpo, mas minha alma também.

Inserida por lannyContos

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