Nao Ha Passageiros na Nave Espacial Terra
SAUDADES DE JÚPITER
Vivi tantos anos algures,
Num telúrico planeta
Chamado Terra...
Fugi para Júpiter um mês;
Esqueci o telúrico
E abracei o gasoso,
Num gozo
Sulfúrico.
Lá voltarei um dia, talvez …
Deixou-me saudades
O que Júpiter encerra,
Maior vapor
E muito mais amor,
Que na própria Terra,
De tantas necessidades.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 27-11-2023)
A sabedoria é como a chuva que rega a terra fértil, nutrindo e fortalecendo as raízes do conhecimento.
Sem cores
Grossas gotas de chuva batem na janela.
A terra está encharcada.
As raízes apodrecem.
As águas dos rios crescem.
E com força extrema vão carregando tudo o que veem pela frente.
Sem dó.
Mundo dolorido.
Mundo sofrido.
Um mundo quase em agonia...
Chove o dia todo... todo dia.
Ouço falar de tristeza.
Ouço falar que se foi junto com as águas toda a beleza.
Queria ouvir falar de flores...
Mas...
O que mais ouço é falar de dores...
De um mundo sombrio, sem cores.
O Canto das Palmeiras
Na terra de mares e laranjas flamejantes,
Onde o sol se abraça com a terra em cantos errantes,
Angola, teu solo é um poema de promessas vastas,
Mas na alvorada, o choro do deserto contrasta.
Palmeiras altivas, como sentinelas da aurora,
Testemunham a riqueza que em ti implora,
Diamantes são lágrimas na face da riqueza,
Enquanto a fome sussurra na noite de incerteza.
As veias da terra pulsam, um eco de riquezas infindas,
Mas nos olhos dos famintos, a promessa se deslinda,
Angola, pátria de contrastes, em teu seio cresce,
Um dilema bordado em ouro, onde a fome tece.
No zênite da miséria, um sol cruel se destaca,
Enquanto nos campos férteis, a esperança renasce alva,
Angola, tua história é escrita em gemidos e ouro,
Uma narrativa épica, onde a fome se evapora em choro.
Que as palmeiras, como poetas, recitem esperança,
Que as lágrimas da terra lavem a sede e a lança,
Angola, no teu horizonte de promessas e penúria,
Um novo dia desponta, a alvorada da rebeldia.
Que as riquezas sejam um manto para todos vestir,
Que o canto das palmeiras seja um poema a florir,
Angola, na tessitura da fome e da riqueza em dança,
O renascer é a promessa, na alvorada da esperança.
Nós nascemos nos ventres das mães mulheres para aparecermos na terra. E nascemos no ventre da terra para aparecermos na ancestralidade!
Um poeta deve escrever como se fosse o último vivente sobre a face da Terra.
ROMA -
No desejo das palavras por dizer
que o silêncio guardou na voz de cada fonte,
Terra d'heróis que não nos cabem conceber,
trago de repente Roma no horizonte!
Tudo me grita outro tempo ao passar
por entre mudas estátuas que se erguem
a cada canto desta Roma singular
que meus olhos rasos d' água já não temem.
E vejo-me passar por entre a neblina
revejo-me nos olhos, nas vozes desta gente,
cruzo-me comigo nas ruas, a cada esquina
como se voltasse a um Passado 'inda Presente.
Como se meu túmulo fosse um túmulo de pedra
às portas de tantas Glórias aqui adormecidas;
passa a vida mas o sonho nunca medra
e voltamos ao ponto das despedidas.
Estou em Casa mas tenho saudade...
A distância faz-me perto por meu mal!
De regresso ... volto à minha cidade
mas sinto saudades de Roma em Portugal.
(Escrito na Igreja de Santa Maria in Trastevere
junto ao Palácio de S. Calixto em Roma)
Romance: Antes que o pó volte à terra: nunca é tarde para amar
A incerteza do quanto ainda nos resta em nossos relógios internos é um chamado para abraçar cada momento, cada fôlego, como um tesouro precioso.
Dentro desse espaço está a terra,
Neste espaço aqui estamos.
Como um filme narrado em um momento,
Como uma história contada em um tempo.
O espaço nos contêm, por ele somos contido.
Somos limitados nesta divisória entre o finito e o infinito.
Toda a candura parece se perder um dia,
Como a candeia que perde a chama.
Mas um dia renascerá,
Mas um dia reacenderá,
Quando ouvirmos a voz que está além do espaço.
E em nossos corações brotar o amor,
Que em nosso espaço foi ensinado.
Por aquele que além do espaço, simplesmente amou!
Atravessar um mundo desabitado sem questionar o vazio, tem o direto de povoar alegria a terra agradece a magia.
O amor é a fonte de água umido, aos olhos tristes rola no rosto cansado cai na terra refrescando a solidão da poeira no sertão.
O egoísmo este filho nefasto do orgulho é a fonte de todas as misérias da terra e se tornou no maior obstáculo à felicidade dos homens e todos cristãos devem combatê-lo.
Muitos nessa atual geração de “pastores” estão mais motivados pela VERBA da terra que gera status e mordomias nesse mundo caído, do que pelo VERBO do céu que gera intimidade e vida Eterna no Reino vindouro.
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