Nao Gosto do que Vejo
Das feridas emocionais existentes, a rejeição é, de longe, a dor emocional mais profunda que existe.
Eu gosto de abraços, abraços...
Que embora não resolvam nada,
me sinto de qualquer forma abraçada.
É que eu abraço.
É só uma maneira de dizer que te gosto
e me sentir amada.
Uma maneira de te dizer que, mesmo entre ventos e trovoadas, na adversidade, ninguém poderá nos deter.
Sou assim, exclusivista,
Eu gosto tanto, tanto, de você
que não gosto que as outras pessoas gostam.
Meu amor é assim,
exclusivo...
cuidadoso...
zeloso..
..
Nunca disse: não gostei, sem provar.
Já provei a dor, o riso, o gosto salgado
das lágrimas....muitas vezes.
dormi chorando.
Me senti muitas vezes sozinha.
já me deliciei de uma noite de alegria e prazer.
acordei sorrindo.
Ouvi muitas vezes que certas coisas não se prova..
e graças á Deus nunca provei.
Fui abraçada muitas vezes por amigos verdadeiros.
Não costumo rir da desgraça alheia,
Mudei de estado, de cidade, mudei outra vez,
mudei muitas vezes, fiz o que achei melhor...
não é hábito meu, trocar o bem pelo mal,
No entanto, eu troco o amargo pelo doce,
o sal pelo açucar...
Aos poucos vou deixando de ser..
um "ser", comum.
Vou deixando as pegadas,
deixo de ser eu, para ser eu melhor,
vou mudando os planos,
mas não mudo minhas metas.
Faço trocas,
Troco uma coisa por outra,
substituo, as lágrimas pelo riso,
inverto posições.
Troco o medo pela coragem.
Visto o que melhor me agrada.
visto-me do sol.
Gosto cada dia mais de conviver comigo.
contudo deixei a bagagem pesada para trás,
a muito tempo deixei de ser dois....
hoje eu sei, eu sou impar!
...
É que, às vezes não sei calar,
mas gosto de ficar só,
em silêncio.
falando comigo...
Para ninguém ouvir.
...
Não gosto de mulheres fácil. Porque se é pra se relacionar com mulheres fácil: prefiro ao que eu tenho que pagar. Porque sendo assim, me incomodam menos.
Eu me sinto bem com você ..
Me sinto tão bem..
Eu gosto tanto, tanto.... .tanto de você.
que não gosto, quando alguém gosta mais de você..
Isso não é ciúmes...
é cuidado...
..
DESEJO
O silêncio que brada, desnorteado
No cerrado, que a chorar me vejo,
O peito na dor que sofre, separado
Do outrora, na saudade me protejo.
Não me basta saber do passado,
Se, se amei ou fui amado; desejo
Mais que afeto simples e sagrado,
Quero olhar, laço e um doce beijo.
Ao coração que tolera, só ousadia
Não me acanha: pois maior baixeza
Não há que paixão sem ter o calor;
É a justa ambição que eleva a poesia
Ser poeta sempre e, na sua pureza,
Deixar seus versos cheios de amor.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
20 de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
pálpebras
(de manhã)
pro cerrado abro a janela
vejo o horizonte, audaz
as nuvens içam sua vela
à noite as fecho, usual
a lua fica lá fora
o céu ruborizado, colossal
estrelado, avança a hora...
durmo neste ritual!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
24 de setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro
No casaco de peles da madame parasita eu vejo um tapa que esvazia o prato de muitos e uma dívida de sangue com a natureza!
Inegavelmente todo plágio é um roubo. Mas, acima de tudo, eu o vejo como uma pública declaração pessoal de covardia e incompetência!
A única diferença que eu vejo entre homem e mulher está precisamente naquilo que foi feito para encaixá-los!
Uma breve viagem
A vida é uma viagem
Passagem só de ida
Vejo meu presente
Se distância de mim
Embora se distancie
Ficaram marcas
Desilusões
Feridas
As bebidas
Ressaca sem ao menos
Uma gota enjerida
Coisas da vida
Refaço minhas malas
E nelas vou levar
Tudo que me for leve
Minhas alegrias
Minhas conquistas
As melhores lembranças
Seguirei em frete
Amando mais que nuca
Nesta pequena viagem
Que é as nossas vidas
Meu futuro me aguarda
Já na próxima estação.
CÂMERA LENTA
o que vejo ao recordar
do que passou e se foi
é a vida a desenhar
o sobe e desce, me perdoe
se sanha no poetar apresenta
é que num giro, o que corrói
são saudades em câmera lenta...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Dezembro, 2016
SOMBRA
Sofro... Vejo envasado numa angústia furiosa
Todo a poesia que tive na intenção esmerada
Abandona-me o criar, e a alma ficou calada
No ter a exaltação, e a inspiração é vagarosa
Criei... Mas tive prosaico, e trama enleada
O desdém que sufoca, e a simetria penosa,
Sombria, numa chama ardente e dolorosa.
Que fazer pra ser bom, nesta vil jornada?
- Amar? - Perdoar? Eu ser apenas prosa?
Não sei, sei que amei, perdoei, mais nada,
Porém, não tive todo este mar de rosa...
Em sangue e fel, o coração me só é cilada
Remordo o papel, branco, em ter gloriosa
Chamada. E só vejo a quimera em retirada.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
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