Não Existe Dificuldades
Por que ter medo da morte?
Enquanto somos, a morte não existe, e quando ela passa a existir,
nós deixamos de ser.
Com um início de perder o fôlego, mas com um eterno três pontinhos num final que nem existe.
Os três pontinhos são o que me matam, ponto final seria a dureza clara e o fim da história, três pontinhos são o que me matam.
"Amar e correr atrás de quem se ama
Não existe explicação para isso
O homem é um ser destemido
Nesse caminho só há um perigo
Não ser correspondido
Temer os atos irresponsáveis é coisa boba
E bobos não tem o ímpeto de atirar-se a luta
Bobos nunca viverão com intensidade
Amar é mais!
Amar é se entregar de corpo e alma e não se arrepender
Amar é não pensar duas vezes
Faça tudo o que for possível para reconquistá- la
A loucura será recompensada
Toda menina baiana tem uma queda por aventuras
E bobos não pulam de pontes
Quem vive com tudo não dança
Ultrapasse as regras
Toque a campainhia da casa dela
Fale tudo sem medo
Não ligue pro resto
E se na frente da amada uma lágrima escorrer
Se orgulhe profundamente
Lágrimas são a prova do que sentimos
É a fisiologia sentimental que nos engrandece
Jamais deixe de fazer o que ninguém faria
É apaixonante!
Se arremessar em domínios estranhos
Dizer eu te amo!
Não dê ouvidos a razão
Sua amada é a opção mais verdadeira
Vá e não tema as adversidades
Se verdadeiramente amar
Não terá culpa em errar
A culpa não tem dono nessas horas
Culpe o taxista caso ele não apareça
Caminhando chegará em tempo
Faça de tudo, mas não a deixe ir
Ela merece sua irresponsabilidade
Garanto que no final tudo valerá a pena
Caso não valha, sua consciência estará limpa
E sua vida continuará, com ou sem ela
Mas digna"
Caminhos cruzados
Existe uma linha invisivel que une aqueles destinados a se encontrar, não há coincidências na vida, tudo conspira, tudo passa.
Num eterno ciclo, vamos ao abismo da tristeza ao ápice da felicidade.
Perdemos o passado a cada segundo e construimos o futuro sem termos conciência disso.
A distância é apenas um pretexto para que nosso reencontro seja mais aprazível.
Quem seria eu para questionar um sentimento, por que era isso que havia entre nós, e que existe ainda hoje. Eu não sei como você sabia, mas sabia, e você fez tudo ficar mais fácil para mim. Você também não me fez perguntas quando eu quis ir embora e andar sozinha, e quando regressei, com os olhos cheios de lágrimas, você sempre soube em que momento eu precisava que você me abraçasse e quando simplesmente devia me deixar a sós. Mas, mais do que isso, eu percebi que tinha sido tola por um dia ter cogitado a idéia de ficar com outra pessoa, desde então nunca mais hesitei. Tivemos dias maravilhosos juntos, e penso muito nisso agora. Às vezes fecho os olhos e vejo você com salpicos grisalhos nos cabelos, sentado, enquanto as crianças brincam ao seu redor. Você foi, ao mesmo tempo, meu amigo e o meu amante, e não sei de qual lado de você eu gosto mais. Tenho grande estima pelos dois lados, assim como tenho grande estima pelo que foi a nossos momentos juntos. Você tem alguma coisa dentro de você, algo belo e forte. Bondade. Você é o homem mais generoso e sereno que conheci. Deus está com você, tem de estar. Sei que você me acha doida por escrever a nossa história, após finalizarmos ela, mas tenho as minhas razões e agradeço pela sua paciência. Vivemos momentos que a maioria dos casais nunca chegaram sequer a conhecer, porém, quando olho para você, fico assustada por saber que tudo isto acabou. Porque ambos sabemos quais são os prognósticos e o que isso significou para nós. Vejo nossas lágrimas naquele estante, e me preocupo mais com você do que comigo mesma. Não tenho palavras para expressar meu sofrimento. Por favor, não fique irritado comigo, nos dias em que não me lembrar de você, e nós dois sabemos que esse esquecimento é necessário. Saiba que eu gosto de você, que sempre gostei e aconteça o que acontecer, saiba que eu tive os melhores momentos de minha vida com você. E se você guardar esta carta para ler outra vez, então acredite no que estou escrevendo para você. Onde quer que você esteja e seja qual for à data de hoje, eu gosto de você. Gosto agora enquanto escrevo esta carta, e gosto enquanto você está ledo esta carta. E lamento muito se não consegui ti dizer isso. Você é, e sempre foi, o meu sonho!
Existe uma força que se move,
Uma mão que me sustenta,
Um amor que me alimenta e uma graça que me protege...
...Isso não é sorte: é benção, é ter Deus na minha vida!
Entre Mim e Ela
Entre mim e ela
Existe um oceano
Peixes, algas, cavalos marinhos
E estrelas do mar.
Entre mim e ela
Existe um céu
Inúmeras estrelas
E uma lua minguante.
Entre mim e ela
Existe um multiverso
Inúmeros cometas, planetas
E um imenso vácuo.
Entre mim e ela
Existe uma multidão
Inúmeras vidas
E tanta gente em depressão.
Entre mim e ela
Existe a filosofia
Kant, Nietzsche, Hume, Platão
Poucas certezas e inúmeras indagações.
Não adianta dizer que não existe
Esse racismo que vivemos
onde o negro sofre tanto
em um apartheid silencioso
oh meu Deus
como está o meu povo
lá na áfrica
Sofrendo ou vivendo
querendo se encontrar
na áfrica
Algo que mate a sua fome,
na pobreza se esconde
o seu sorriso
o colonialismo se agravou
o sofrimento se alastrou
transfundiu suas lagrimas
no que seria um paraíso
chora a minh’alma !
E como está à áfrica ?
e como anda minha raça ?
A noite somos nós !
A noite somos nós !
Negritude és tão bela
TERÇA-FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2007
Existe sempre uma coisa Ausente - Caio F.
Paris — Toda vez que chego a Paris tenho um ritual particular. Depois de dormir algumas horas, dou uma espanada no rodenirterceiromundista e vou até Notre-Dame. Acendo vela, rezo, fico olhando a catedral imensa no coração do Ocidente. Sempre penso em Joana d’Arc, heroína dos meus remotos 12 anos; no caminho de Santiago de Compostela, do qual Notre-Dame é o ponto de partida — e em minha mãe, professora de História que, entre tantas coisas mais, me ensinou essa paixão pelo mundo e pelo tempo.
Sempre acontecem coisas quando vou a Notre-Dame. Certa vez, encontrei um conhecido de Porto Alegre que não via pelo menos á2o anos. Outra, chegando de uma temporada penosa numa Londres congelada e aterrorizada por bombas do IRA, na época da Guerra do Golfo, tropecei numa greve de fome de curdos no jardim em frente. Na mais bonita dessas vezes, eu estava tristíssimo. Há meses não havia sol, ninguém mandava notícias de lugar algum, o dinheiro estava no fim, pessoas que eu considerava amigas tinham sido cruéis e desonestas. Pior que tudo, rondava um sentimento de desorientação. Aquela liberdade e falta de laços tão totais que tornam-se horríveis, e você pode então ir tanto para Botucatu quanto para Java, Budapeste ou Maputo — nada interessa. Viajante sofre muito: é o preço que se paga por querer ver “como um danado”,feito Pessoa. Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.
Enrolado num capotão da Segunda Guerra, naquela tarde em Notre-Dame rezei, acendi vela, pensei coisas do passado, da fantasia e memória, depois saí a caminhar. Parei numa vitrina cheia de obras do conde Saint-Germain, me perdi pelos bulevares da le dela Cité. Então sentei num banco do Quai de Bourbon, de costas para o Sena, acendi um cigarro e olhei para a casa em frente, no outro lado da rua. Na fachada estragada pelo tempo lia-se numa placa: “II y a toujours quelque choe d’abient qui me tourmente” (Existe sempre alguma coisa ausente que me atormenta) — frase de uma carta escrita por Camilie Claudel a Rodín, em 1886. Daquela casa, dizia aplaca, Camille saíra direto para o hospício, onde permaneceu até a morte. Perdida de amor, de talento e de loucura.
Fazia frio, garoava fino sobre o Sena, daquelas garoas tão finas que mal chegam a molhar um cigarro. Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem. Tomei um Calvados, entrei numa galeria para ver os desenhos de Egon Schiele enquanto a frase de Camille assentava aos poucos na cabeça. Que algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede, faz parte. E atormenta.
Como a vida é tecelã imprevisível, e ponto dado aqui vezenquando só vai ser arrematado lá na frente. Três anos depois fui parar em Saint-Nazaire, cidadezinha no estuário do rio Loire, fronteira sul da Bretanha. Lá, escrevi uma novela chamada Bem longe de Marienbad , homenagem mais à canção de Barbara que ao filme de Resnais. Uma tarde saí a caminhar procurando na mente uma epígrafe para o texto. Por “acaso”, fui dar na frente de um centro cultural chamado (oh!) Camille Claudel. Lembrei da agenda antiga, fui remexer papéis. E lá estava aquela frase que eu nem lembrava mais e era, sim, a epígrafe e síntese (quem sabe epitáfio, um dia) não só daquele texto, mas de todos os outros que escrevi até hoje. E do que não escrevi, mas vivi e vivo e viverei.
Pego o metrô, vou conferir. Continua lá, a placa na fachada da casa número 1 do Quai de Bourbon, no mesmo lugar. Quando um dia você vier a Paris, procure. E se não vier, para seu próprio bem guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.
O Estado de S. Paulo, 3/4/1994
Não existe nada melhor do um dia após o outro! Sentiremos uma dor aqui, outra ali, mas vamos que vamos! A vida não pára! Estamos nesta grande corrente para ganhar ou perder. Tropeçamos em alguns pontos do trajeto, mas limpamos os nossos joelhos e seguimos em frente, não deixando que as lágrimas nos impeça de enxergar tantas oportunidades ainda teremos pela frente!
"...perdão...
...um homem... precisa acreditar nisso.
Mas não acredito.
Perdão não existe !
Há apenas o que você faz e como paga por isso.
Então lembre-se disso quando fizer qualquer maldade.
Ou quando trair, roubar, desejar, odiar, fofocar, cobiçar ou qualquer coisa que faça, pretende fazer ou já fez.
Não há perdão !
Há apenas o que vem em seguida."
Dizer que estou grata parece mínimo.
Existe alegria.
Saudade.
Ficaram lembranças boas,
Que o tempo e as ondas não conseguem apagar.
Mas que venha.
Venha e seja melhor.
Menos dor.
Mais graça.
Mais afeto.
Menos pressa.
Mais amor.
Venha e seja aquarela.
Só o branco não me atrai.
Seja brilho.
Esplendor.
Venha e seja abençoado.
Não tenho medo de virar as páginas dessa história.
Tenho sede de vida.
Por isso venha.
Venha recheado de paz,
Coberto com poesia.
Não existe nada melhor que a chuva caindo lá fora, um cobertor quentinho, um chocolate quente e um bom livro para distrair a mente!
Somos de mundos diferentes, onde o amor não existe, onde as lágrimas caem secas, de onde é possível amar sozinho!
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