Nao Controlamos o que Sentimos
Encarando de frente
A madrugada.
Percebo...
Não ter medo do escuro.
Tenho medo de revelar
Que dentro de mim
Há escuridão.
A vida e o jornal de hoje.
A vida só é uma incógnita para quem não sabe observar, entender e aprender, que cada dia pode não ser o melhor, mas será único.
E ler, é o melhor remédio para a gente se reinventar.
De uma rápida leitura no jornal tiro duas frases que podem me dar muitos dias de reflexão e assunto para muitos textos.
Poderiam ser até livros para os felizardos que sabem escrever.
Conheço poucas músicas do Tremendão Erasmo Carlos mas ele foi capaz de dizer na entrevista do jornal, que “agora, aos setenta e quatro anos me satisfaço com o que posso fazer.”
E assim deveríamos ser todos nós com qualquer idade. Por que exigirmos de nós mais do que o possível?
Logo em seguida uma frase da grande Fernanda Torres. “Por que ansiamos pelo novo que já nasce ruína?”
Tem gente que não lê, que não sabe o que os outros pensam, que não sabe usar umas palavras de alguém para complementar os próprios pensamentos.
Ler é viver reinventado, pronto para mais um dia que poderá não ser o melhor, mas será único nessa corrida curta que temos até o desconhecido.
E nada pode nos deixar entediados nem enfastiados, porque nada será como antes e breve não haverá depois.
Por quê ansiar pelo novo que já nasce ruína?
Eu me satisfaço com o que posso fazer.
Um dia bom, outro ruim e ainda não aprendemos a viver com as diferenças, será que é pedir demais compreender o que para mim não faz sentido, nascemos para chorar e sorrir, ficar triste e feliz, e se colocarmos em uma balança o resultado seria óbvio em querer só a felicidade, o certo séria equilibrar as emoções e conviver com que nós foi concedido mesmo que não compreendido, mas diante disso tudo insisto em querer o recíproco porque assim fica mas fácil de se viver.
Diferente de qualquer homem, Deus não se defende para mostrar que sua força é insuficiente; nem ataca para mostra que é abundante.
A primeira vez que te vi, seus olhos brilhavam tanto que não consegui parar de olhar. Parece que disputavam com os meus, me invadiam e penetravam minha alma.
Senti um misto de desejo e medo. No despedimos, mas algo ficou no ar. Nós continuamos amigos. Por hora me contentava em lembrar daquele brilho que me cativou.
Quando pude rever-te me esquivei dos teus olhos,como se assim pudesse me esquivar do amor que batera a minha porta.
Sutilmente você se aproximou, beijou-me e despiu-me a alma. Me invandiu com sentimentos e com afeto. A maciez da sua boca e a ternura do momento bambeou-me as pernas. Ao pé do ouvido palavras que soavam como voz de anjo anunciando a chegada de uma nova primavera, e um frio na barriga, sem saber o que viria a nossa espera. Como amantes e amigos nos abraçamos,como se pudessemos eternizar esse momento que foi assim. Tão único e quase não cabia em nós.
Daniele Assis
