Nao Conto Detalhes e muito menos
Agora me lembrei de uma coisa engraçada. Um amigo nosso em Argel achou a moça do restaurante muito bonitinha e perguntou-lhe se queria ir ao cinema com ele. Ela respondeu um pouco ofendida e muito digna: Pas moi, je suis vierge!
Não é tão engraçado? Ele disse que teve vontade de responder: C’est pas ma faute...
Gastamos horas nos atualizando, ao mesmo tempo em que geramos muito pouca notícia sobre nós mesmos. O que você tem feito?
A população do planeta está em plena atividade, todos trabalhando, planejando, comemorando, matando, sobrevivendo, um mundo no gerúndio, sem interrupções, e a gente consumindo tudo isso, soterrados por tanta notícia, por tanto apelo, por tanta exigência de opinar, concordar, discordar. Você poderia estar ouvindo uma música agora, olhando pró céu. Você poderia estar regando suas plantas, poderia estar observando o barulho da chuva, poderia estar preparando um chá ou lendo um belo poema em vez desses meus lamentos. Não, não me abandone, mas deixo aqui uma perguntinha: você tem recebido notícias de si mesmo?
Para que o amor seja pra sempre
Ele é muito simples de ser cuidado
- Tal como o perfume, precisa ser sentido
- Tal como o néctar, precisa ser provado
- Tal como a melodia, precisa ser cantado
- Tal como o poema, precisa ser declamado
E assim sendo, eis que o amor para ser pra sempre
Só precisa ser muito amado!
Amo-te muito, meu amor, e tanto
que, ao ter-te, amo-te mais, e mais ainda
depois de ter-te, meu amor. Não finda
com o próprio amor o amor do teu encanto.
Que encanto é o teu? Se continua enquanto
sofro a traição dos que, viscosos, prendem,
por uma paz da guerra a que se vendem,
a pura liberdade do meu canto,
um cântico da terra e do seu povo,
nesta invenção da humanidade inteira
que a cada instante há que inventar de novo,
tão quase é coisa ou sucessão que passa...
Que encanto é o teu? Deitado à tua beira,
sei que se rasga, eterno, o véu da Graça.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Nota: Trecho de texto de Martha de Medeiros
O BEM QUE HÁ EM NOSSAS VIDAS
O bem geralmente é muito suave, discreto, e de tão presente que é em nossas vidas praticamente não o percebemos ou não o damos valor.
O mau ocorre bem menos, mas costuma ser escandaloso e por conta do sofrimento que causa, tem o poder de desestabilizar nossas vidas e até de cegar-nos ante todo o bem que temos.
Mas, por pior que seja a situação que estejamos passando, não devemos nos deixar levar pela ingrata impressão de que tudo dá errado conosco: em verdade, há mais bem em nossas vidas do que mau.
Não espere que grave doença te acometa para dares valor à saúde que tu tens.
Não espere que uma tragédia horrível ocorra contigo ou com os que te cercam para reconhecer o valor da paz que tu tens.
Não espere que algo terrivelmente triste ocorra para valorizares a suavidade do sorriso e da alegria que tu tens.
E, principalmente, não espere que te seja preciso perder para perceberes a exata medida das coisas, a grande verdade de que em nossas vidas existe menos mal do que bem...
Ele: Meu amor, se eu morrer, você vai ficar muito triste?
Ela: Claro, meu anjo! Nem penso nisso. Eu não conseguiria mais viver... Mas por que você perguntou isso?!
Ele: Por que se é assim, ainda que aconteça algo terrível, que eu entre até em coma profundo, eu te prometo que vou lutar com todas as forças para não morrer primeiro que você...
Hoje passei diante de um parque de diversões. Fiquei observando as pessoas. Fiquei muito tempo parada diante da montanha-russa: vi que a maioria das pessoas entrava ali em busca de emoção, mas quando começava a andar as pessoas ali presentes morriam de medo e pediam para pararem os carros.
O que elas querem ? Se escolheram a aventura, não deveriam estar preparadas para ir até o final ? Ou acham que seria mais interessante deixar de passar por esse sobe-e-desce, e ficar o tempo todo em um carrossel, girando no mesmo lugar ?
UM DIA VOCÊ PERCEBE
Um dia você percebe
Que o amor é algo que se encontra muito além de um belo sorriso...
Percebe que as coisas simples da vida são também as mais importantes
Percebe que o impossível, na verdade, é só uma questão de opinião
E que o teu fracasso ou o teu sucesso dependem exclusivamente de suas escolhas.
Um dia você percebe
Que muitos erros cometidos têm a intenção de acertar
E que nas pessoas, assim como em um bom perfume, o que vale não é o frasco
Mas a essência.
Um dia você percebe
Que cada um oferece aquilo que tem e o que transborda de dentro de si.
Percebe que não nos cabe julgar nem punir nada aqui, mas apenas compreender
E que o silêncio muitas vezes é a maior sabedoria que podemos expressar.
Em um lindo dia você percebe
O quanto é bom acordar cedinho para ver o Sol nascer!
Que sempre se é feliz quando se tem bons amigos,
E que quem realmente te merece não faz você sofrer.
Um dia você percebe
Que a felicidade não tem muito a ver com dinheiro ou status
Percebe que, de certo modo, o amor é apenas uma maneira de olhar
E que as pessoas mais valiosas em sua vida
São justamente aquelas que sempre estiveram ao seu lado.
Um dia você percebe também
Que a tua felicidade não deve depender dos outros
Mas exclusivamente de você
E que o mais importante na vida
Não é que você encontre alguém que te ame de verdade
Mas que você se ame sempre
Imensamente!
Vocês querem saber porque esta história acabou? Por que eu gosto muito de dar ordens. Se as coisas não saem do jeito que eu quero, eu mando aumentar a Guitarra, mando abaixar a Guitarra, mando fazer isso... Mas isso você não pode fazer. Principalmente no amor. Eu nem sei direito o que é o amor. E você não pode ter uma relação de força, de poder. Sabe, tem que ser uma outra coisa. E eu já sofri muito na vida por causa disso, sabia? Tanta gente já foi embora da minha vida por causa disso. Porque eu sou mandão, "com a melhor das intenções".
(ele estava falando a respeito da musica "Ainda é Cedo")
"A vida, ela mesma, fica um pouco mais além das coisas que falamos sobre ela.
A vida é muito mais que a ciência.
"Ciência é uma coisa entre outras, que empregamos na aventura de viver, que é a única coisa que importa.
É por isto, além da ciência, é preciso a “sapiência”, ciência saborosa, que tem a ver com a arte de viver. Porque toda a ciência seria inútil se, por detrás de tudo aquilo que faz os homens conhecer, eles não se tornassem mais sábios, mais tolerantes, mais mansos, mais felizes, mais bonitos..."
Isto é Natal?
Muito cuidado com aquele amontoado de gente suada de tanto correr para procurar um presente, o mais barato possível, com aparência de caríssimo, para berrar o nome do amigo oculto no meio de inimigos declarados! Muito cuidado!
Muito cuidado com essa neurose de casa enfeitada, cheia de estrelas e penduricalhos, tudo piscando, tudo com brilho, para receber pessoas abandonadas e carentes, que vieram se abrigar no “refúgio” anual dos parentes para amenizar as dores da saudade, da ingratidão. Muito cuidado!
Muito cuidado com o jantar cuspido e dos pratos trazidos de cada convidado. Coma somente o necessário para fingir que jantou, porque o peso dos molhos e dos musses podem lhe fazer muito mal nessa altura do dia! Muito cuidado.
Muito cuidado com aqueles parentes para os quais você não pode contar as vitórias retumbantes do ano velho: reduza o brilho das suas conquistas, bote tudo no diminutivo, não conte a menor “vantagem”, é... a sua luta, o seu stress pra conseguir as coisas, eles acham que você está contando vantagem. Chega também nessa festa reclamando de alguma coisa, nem que seja da sua velhice. Vão adorar a festa!!! Muito cuidado.
Muito cuidado ao falar dos filhos também. Claro, vão perguntar por aquele que lhe dá trabalho, pelo desempregado, pelo folgado, pelo falido, ao invés de elogiar os outros que dispararam na direção do sucesso... Muito cuidado.
Muito cuidado ao chegar de carro, o seu novinho, lindo. Estacione lá longe, e finja que chegou de carroça, de charrete, de ônibus, de van, sei lá; seja criativo. Muito cuidado.
Muito cuidado com você também. Não vá chegar com uma bolsa Vitton, com roupa de marca, com maquiagem importada, não. Lave a cara, chegue de olheiras, seja discreto. Cirurgia plástica? Não conte! Converse sobre a Bolsa de Xangai, sobre o preço do combustível, sobre a pacificação dos morros, sobre a previsão do tempo. Muito cuidado.
Afinal de contas, tem muita gente pensando que é assim que se comemora o Natal. Quando o aniversariante é convidado para a festa, nada disto acontece. O encontro começa e termina com uma oração. Existe harmonia, boa vontade, carinho, ninguém está preocupado com disputa, concorrência, aparência. Pense nisto, afinal!
FELIZ NATAL
Vagamente pensava de muito longe e sem palavras o seguinte: já que sou, o jeito é ser. (...)
Era muito impressionável e acreditava em tudo o que existia e no que não existia também. Mas não sabia enfeitar a realidade. Para ela a realidade era demais para ser acreditada. Aliás a palavra “realidade” não lhe dizia nada. Nem a mim, por Deus.
No começo eu prestava atenção
em todas as palavras que você ia me dizendo
me custava muito acreditar que aquilo tudo
estava acontecendo
eu sentia que você não queria me magoar
escolhia cada letra e cada pausa e desviava
o olhar
nas horas em que era inevitável dizer o que
pretendia
você pretendia me deixar, deixava claro
que juntos fomos ótimos parceiros mas
que de agora em diante
era cada um para o seu lado, e apesar da
saudade
era assim que tinha que ser
você não respondeu minhas perguntas,
foi evasivo, gaguejou
fugiu do assunto várias vezes e quando
voltava era pra repetir:
não dá mais
não dá mais, não posso mais,
não vou deixar você tirar minha paz,
eu concordo
aceito, assino a separação, não vou fazer
escândalo
e quando eu te encontrar com essa que
tomou o meu lugar
(é evidente, não venha negar), vou ser
civilizada
não vou quebrar os pratos nem te
constranger
você não vai me reconhecer, não vai
mais me proteger
não vai mais me amar, não vai mais
telefonar,
não vai mais aparecer. não vai mais dizer
meu nome,
não, eu agora já não estou te ouvindo mais
Emoção e Poesia
Quem quer que seja de algum modo um poeta sabe muito bem quão mais fácil é escrever um bom poema (se os bons poemas se acham ao alcance do homem) a respeito de uma mulher que lhe interessa muito do que a respeito de uma mulher pela qual está profundamente apaixonado. A melhor espécie de poema de amor é, em geral, escrita a respeito de uma mulher abstrata.
Uma grande emoção é por demais egoísta; absorve em si própria todo o sangue do espírito, e a congestão deixa as mãos demasiado frias para escrever. Três espécies de emoções produzem grande poesia - emoções fortes e profundas ao serem lembradas muito tempo depois; e emoções falsas, isto é, emoções sentidas no intelecto. Não a insinceridade, mas sim, uma sinceridade traduzida, é a base de toda a arte.
MÃE - SEJA UMA TV A CABO DO BEM!
É muito triste, sim, assistir pelos meios de comunicação, em tempo real, um episódio como esse que jornais do mundo inteiro estamparam, quando um jovem, com sério transtorno de comportamento entrou, intempestivamente, escola adentro e matou crianças em sala de aula. É dolorida essa aula! É uma aula salpicada de sangue, banhada em lágrimas.
Naquele mesmo dia, repórteres perguntavam aos alunos sobreviventes, aos professores em estado de choque, aos pais horrorizados, que lições podia se extrair dali. Todos diziam em uníssono: ficamos mais unidos, estamos solidários, nossa dor é uma só.
Isso faz lembrar quando o furacão Wilma arrasou uma cidade americana e os repórteres faziam perguntas semelhantes. A resposta de uma senhora ficou gravada. “Com o furacão, tive o prazer de conhecer minha vizinha de muitos anos, quando ela me viu aflita e me ofereceu uma xícara de café”.
O brasileiro é solidário sempre, mas a exemplo de muitos, vem adotando um estilo de vida preocupante, ultimamente. Está se isolando. Será que é preciso um furacão, um terremoto, um tufão, uma chacina para as pessoas se unirem, se conhecerem, se amarem? E oferecerem uma xícara de café ao vizinho desconhecido?
Muitas atitudes contribuem para a educação equivocada. O mau uso dos meios de comunicação tem sido um terror no universo humano. É um dragão que destrói o equilíbrio emocional. A criança chega a algumas escolas ainda bebê, muitos chegam de fraldas e dão de cara com uma escola atropelando os princípios que fundamentam as emoções. A escola tem o som, todavia, não respeita o limite da capacidade auditiva humana; o som é altíssimo. A escola tem computadores e os supervaloriza, em detrimento das brincadeiras, das músicas brasileiras, das histórias, das poesias, de dramatizações, do folclore, dos jogos no recreio. Recreio? Cadê o recreio?
O Brasil é uma potência em alguns aspectos, mas tem contrastes sociais de submundo. A educação envergonha essa nação perante os olhos do mundo.
Não se têm recursos para acabar com a violência, porém, pode-se educar para reduzir o gosto por ela. Há canais de tv que estão se transformando em delegacia de polícia, ao vivo, dentro da casa daqueles que veneram a violência. Isto adoece o imaginário e traz transtornos de comportamento. Serve também de universidade do crime. Forma bandidos. Faz escola.
Andrew Oitke, professor da Universidade de Harvard, publicou o livro Mental Obsety, e denuncia que “A nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas”. E afirma que “É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente. ‘Profissionais da informação’ vendem gordura trans em excesso”.
Oitke demonstra preocupação com essa ‘alimentação intelectual’ tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção. “É possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular. O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa, sobretudo, de uma dieta mental”.
Mãe, lute para reduzir a comunicação da desgraça dentro da sua casa. Seja uma tv a cabo do bem e não reproduza desgraça nenhuma, hora nenhuma: na hora das refeições, nas festas da família, nos encontros do shopping... Não superdimensione o crime, a hecatombe, o tsuname, não se transforme numa assombração a serviço da mídia pererê, ensinando que o mundo está no fim. Não pegue um caso isolado e o generalize.
Nunca se viu nada igual a essa matança na escola, aqui no Brasil. Não fique então martelando que as escolas agora não têm segurança, que o mundo está perdido. Esse fato é único. Não deixe seu filho, seu neto, ninguém aterrorizado, achando que isso é sempre assim, uma coisa normal, mas, sobretudo, eduque para que se aprenda a usar a metainformação, selecionando tudo de lindo e maravilhoso que existe nessa Terra linda.
O mal não vencerá o bem. Então faça a sua parte!
Seja, você, uma tv a cabo do bem.
É engraçado como pessoas entram na sua vida para sempre ficar, quem você ao menos conhecia antes agora é uma das razões para você viver, e por mais que alguém negue será para sempre. E mesmo que seja virtual, os nossos corações estão unidos aos laços do amor, se você confiar eu confio, apenas vamos nos dar a mão e sorrir alegremente para cara do outro, porque a forma que você rir, me faz feliz pelo resto do dia. E quem sabe daqui a alguns anos, a gente possa se abraçar como realmente eu sonho todos os dias. Se você sente o mesmo, eu não sei, mas só por você existir eu já sou conformado, porque você é a pessoa mais linda que eu conheço, mas não só por fora, por dentro também, seus sentimentos são os mais verdadeiros e bonitos que existem. Apenas segure a minha mão e sorria, porque eu estou do seu lado, para sempre.
Entretanto, nem por isso sou menos capaz de definir essa sensação, de analisá-la, ou mesmo de ter dela uma percepção integral. Reconheci-a, repito-o, algumas vezes no aspecto duma vinha rapidamente crescida, na contemplação de uma falena, duma borboleta, duma crisálida, duma corrente de água precipitosa. Senti-a no oceano, na queda dum meteoro. Senti-a nos olhares de pessoas extraordinariamente velhas. E há uma ou duas estrelas no céu (uma especialmente, uma estrela de sexta grandeza dupla e mutável, que se encontra perto da grande estrela da Lira) que, vistas pelo telescópio, me deram aquela sensação. Sentindo-me invadido por ela ao ouvir certos sons de instrumentos de corda e, não poucas vezes, ao ler certos trechos de livros. Entre numerosos outros exemplos, lembro-me de alguma coisa num de Joseph GlanvilI que (talvez simplesmente por causa de sua singularidade, quem sabe lá?) jamais deixou de inspirar-me a mesma sensação: "E ali dentro está a vontade que não morre. Quem conhece os mistérios da vontade, bem como seu vigor? Porque Deus é apenas uma grande vontade, penetrando todas as coisas pela qualidade de sua aplicação. O homem não se submete aos anjos nem se rende inteiramente à morte, a não ser pela fraqueza de débil vontade.
Preciso que saiba: nunca deixarei de pensar em você, porque você foi o amor menos elaborado que tive, menos politicamente correto, menos “o cara certo na hora certa”, menos criado no cativeiro da idealização, e essa impossibilidade de intelectualizar o que senti me faz pensar que talvez eu não estivesse enganada sobre aquela ideia romântica de que só se ama assim uma vez.
Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal. Aprendi também que o amor é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E ainda assim fazer a mesma livre escolha.
Nota: Trecho da crônica "O garoto do pandeiro".