Nao Chega aos meus Pes
Devaneios
Caminhando pela praia, sinto a suavidade da areia sob meus pés. O vento brinca com meus cabelos enquanto nossos olhares se encontram. Observo cada gesto teu com profunda emoção, capturando tua expressão no retrato que guardo comigo. De mãos dadas, trocamos ternuras, e a umidade dos lábios denota palavras não ditas, que se perdem no silêncio da brisa marinha. Apenas os murmúrios do mar testemunham nossa presença. O dia se torna uma extensão de nossa própria pele... Ah, doce vida!
Diante de ti nada se desmantela,
O teu amor é a minha segurança;
Você coloca os meus pés na terra.
A tua voz, oceano tranquilo,
O meu ciúmes um desatino,
És feito todo de carinho.
Diante de nós, o mundo se curva,
No coração carregamos brandura;
A nossa fé esbanja grande bravura.
Efígie e santidade,
Mar do Tahiti,
Nunca te esqueci.
Presença que não dissipa,
E nem faz a alma aflita,
É na eternidade do peito que tu habita.
Convidada à flutuação
do meu corpo colado
ao teu e os meus
pés sobre os teus
e a música das estrelas
a nos rodopiar,
é uma indomável
e sublime premonição.
No meio desta savana
temperada a dançar
sob a luz da querida Lua,
o meu afeto de namorada
para você vou devotar,
e à ele tu se renderá;
amor insubstituível amor
a nossa hora chegará.
Os raios amáveis da Lua
que passam as folhas
das suntuosas árvores
desenhando sobre nós
rendas que nos enfeitam
para esta festa
que na minha intuição
já tem acontecido
por antecipação
nestes olhos cansados
desta distância
que se enchem de brilho
quando você ouve
ou alguém fala no meu nome.
Os meus pés pintados
com a poesia da mais
fina henna receberão
os teus ainda mais
apaixonados que os meus;
O meu coração fascinado
não está preocupado,
e confia no teu
que nasceu predestinado
ser completamente meu.
Manifesto analógico
Caminho ao contrário da pressa digital.
Meus pés fazem questão de tropeçar.
Gosto de esbarrar nos nomes,
perder o rosto e achá-lo na lembrança.
Lembrar os números e discar.
Deixar a voz ferver no ouvido sem acelerar o áudio.
Não quero que um robô faça o que minhas
mãos ainda tremem para fazer.
Escrever torto, borrar o caderno, errar sem a
opção de apagar.
Minha mente é ilógica, se perde no meio da
frase porque está ocupada sentindo.
Fora do trabalho, me divorciei do virtual.
Não confio o que amo às nuvens —
nuvens não sabem ficar.
Mudam de forma, trocam de nome,
desaparecem sem se despedir.
Voltei a imprimir memórias,
fazer backup na gaveta,
guardar fotos para que o tempo não as engula.
Escrever cartas com minha letra,
imprimir no texto minha personalidade.
Não tenho pressa de chegar a lugar algum.
Dificilmente chegarei ao dobro dos anos de hoje.
O destino já não me interessa tanto quanto o caminho.
Quero o que importa perto.
Quero ter rabiscos nas margens dos livros,
esperando o reencontro com minha versão mais ingênua.
No vasto deserto, sob o céu sem fim, Caminho com fé, Deus guia-me assim. Areia aos meus pés, sol a queimar, Mas no coração, a esperança a brilhar.
Cada passo é prova, cada duna um altar, Na travessia árida, Deus vem me amparar. Oásis de paz, em miragens a vislumbrar, É na fé que encontro forças para caminhar.
Pois mesmo no vazio, onde tudo é provação, A presença divina é minha orientação. E ao final do deserto, com o corpo a pesar, É a fé em Deus que me faz continuar.
Tamurá-tuíra sublime e poética
nesta tarde de introspecção
e com os meus dois pés na terra,
Quero um amor que me venere,
que não me desespere
e que juntos possamos traçar
rotas que nos una com objetivos
que nos unam todos os dias,
com paz amor e poesias.
Bougainvillea branca
que o caminho
amoroso enfeita
dos pés a cabeça
como os meus
Versos Intimistas
enternuram o poema.
A vida goteja sobre meus pés
Lágrimas ensandecidas de tormento
É ela ou sou eu?
Pergunto ao relento
Como se ele, este desgrenhado miúdo,
mo pudesse revelar...
a beleza é um movimento suave na ponta dos pés de uma bailarina
que parece voar
que os meus olhos se encantam chego a minha apaixonar
girando flutua no ar
a Maravilha mais bela
a me emocionar
Bendito seja o Teu nome, ó Rei,
Que governa os céus e sustenta os meus pés.
Em Ti encontro a paz que me embala,
Nos dias de luz e nas noites sem fala.
Ascendi ao amor
Numa estradinha cercada de pinheiros altos eu caminhava com os meus pés na areia respirando aquele ar puro e cheio de essências renovadoras,
a cada passo uma sensação empolgante tomava conta de mim,
deslumbrado com a vista ao redor comecei a correr curioso em saber quanta beleza ainda iria se apresentar,
ouvi o canto dos pássaros aumentar, percebi a leveza das folhas caindo com doces movimentos orquestrados, senti o meu coração falar comigo,
Então! Vindo em minha direção, vi aquele vestido branco iluminado pelos raios solares se aproximar,
um sorriso discreto se abriu como uma rosa ao ficar a dois metros dos meus olhos, pude sentir o clima nascendo, percebi as batidas do coração dela se alinhando com as batidas do meu, flutuei na beleza do momento,ascendi ao amor.
Por diversas vezes me achei grande.
Tão pequeno,
Tropecei nos meus próprios pés
Engasguei com a própria saliva
Acreditando ser o que não era.
Sou homem mortal de carne e osso
Humano, desses que voltam ao pó.
"... Que meus pés vá na direção que minha cabeça escolher. Que minha cabeça faça boas escolhas..."
Os meus maiores sonhos são muito simples e é isso que me faz manter os pés no chão e a alma leve e em plena satisfação... Não me apego a coisas materiais, mas fico totalmente presa à olhos que me dão atenção e à corações que são abrigos para que a minha simplicidade faça morada...