Nao Chega aos meus Pes

Olhar distante, palavras frias suspensas numa atmosfera rígida, como se desconectadas de meus sentimentos, denotavam claramente que embora fisicamente ao seu lado, eu já não estava mais com ele.

Meus pensamentos suspensos nas asas absortas da saudade sobrevoam-te, como as gaivotas que gorjeiam sobre a pseudo mansidão azul do oceano.

Que jamais me falte fé, mesmo quando às margens de meus abismos eu achar que tenha perdido tudo.

Outonei-me! Passarinhal em meus andrajos como andorinha cansada em um galho seco de estrela.

Meus olhos carregados de nuvens condensou toda a tristeza acumulada por dias e, num breve piscar de olhos fez-se tempestade em mim.

⁠Eu atribuo o brilho dos meus olhos àqueles que com o brilho dos seus, acolhem-me em sua alma e enchem meu dia de luz.

⁠Depois de anos vagando em meus labirintos secretos finalmente achei o caminho que leva a mim mesma, encontrei-me.

Infinito são meus pensamentos, sonhos e vontades, infinitas são as pessoas, amores, realidades; mas diante de tantas procuras ao meu lado te encontrava meio que despercebida e zangada, pois tudo que imaginara estava bem ali e de tão cego como cego é o amor não percebi.

Meu corpo e todos os meus órgãos foram criados pela inteligência infinita que há em meu subconsciente.

O que encanta meus olhos meu coração eterniza.

Todos os meus nós fazem-se laço dentro do aperto do seu abraço.

Meus sonhos são construções delicadas. E como qualquer outra construção leva tempo até que fique totalmente pronta pra que eu possa morar dentro dela.

Um dos meus maiores prazeres é colher beijos orvalhados na aurora dos lábios teus.

Há dias em que meus pensamentos avoados escapam pelos vãos da minha mente... Livres saem em revoada pelo céu do meu sentir.

Meus olhos inundados de saudade inverte o sentido da correnteza, pra te sentir em claridade às margens plácidas do meu peito.

Meus olhos são estrelas cadentes riscando o céu na noite escura, perdidos no vazio de ser brilho, sem ter pra quem ou por quem brilhar.

As exigências fúteis que a sociedade impõe me cansam, pesam sobre meus ombros. Meu sonho de consumo é a leveza de uma vida simples.

Estes meus versos que soturnos singram pelo mar da solidão representam o fracasso do veleiro que, ao se render à tempestade, tornou-se náufrago nos abismos de si mesmo.

Se acordada caminho lado a lado com meus sonhos; dormindo serenamente vôo em suas asas.

Você sequer se dá conta que aquece e ilumina meus dias com os raios que como o sol emanam do seu sorriso.