Nao Ame Sozinho

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E é só o que posso dizer a meu respeito? Ser “sincera”? Relativamente sou. Não minto para formar verdades falsas. Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir? Eu poderia relatar a mim mesma o que me lisonjeasse, e também fazer o relato da sordidez. Mas tenho que tomar cuidado de não confundir defeitos com verdades.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Passei pelo fogo, não me queimei!
Passei pela água, não me molhei!
Passei por você, me apaixonei!

Andressa Souza Fragoso

Nota: Trecho de um poema escrito por Andressa Souza Fragoso, intitulado "Paixão!", que ganhou o 1.º lugar na categoria 7 a 9 anos, do II Concurso de Poesia Infanto-Juvenil de Água Vermelha, cidade de São Carlos, estado de São Paulo.

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Eu cheguei à seguinte conclusão: não adianta consertar o resto, consertar a gente ajuda para caramba!

Para poesia que a gente não vive transformar o tédio em melodia...

Cazuza
Todo amor que houver nessa vida

Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu.
Ser seu amigo, já é um pedaço dele...

E não esquecer que a estrutura do átomo não é vista mas sabe-se dela. Sei de muita coisa que não vi.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

As Rosas Não Falam

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
por fim

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

As crianças chatas

Não posso. Não posso pensar na cena que visualizei e que é real. O filho que está de noite com dor de fome e diz para a mãe: estou com fome, mamãe. Ela responde com doçura: dorme. Ele diz: mas estou com fome. Ela insiste: durma. Ele diz: não posso, estou com fome. Ela repete exasperada: durma. Ele insiste. Ela grita com dor: durma, seu chato! Os dois ficam em silêncio no escuro, imóveis. Será que ele está dormindo? - pensa ela toda acordada. E ele está amedrontado demais para se queixar. Na noite negra os dois estão despertos. Até que, de dor e cansaço, ambos cochilam, no ninho da resignação. E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Não preciso de dez mandamentos para viver, me basta só um: não interferir na vida dos outros.

Os animais têm muitas vantagens sobre os homens: não precisam de teólogos para instruí-los, seus funerais saem de graça e ninguém briga por seus testamentos.

Não há silêncio que não termine.

Pablo Neruda

Nota: Trecho do poema "Para todos"

Somos as coisas que moram dentro de nós. Por isso, há pessoas tão bonitas, não pela cara, mas pela exuberância de seu mundo interior.

Estamos irrevogavelmente em um caminho que nos levará às estrelas. A não ser que, por uma monstruosa capitulação ao egoísmo e à estupidez, acabemos nos destruindo.

Meu mal é gostar de pessoas que não entendem nada de amor.

Outono

É uma borboleta amarela? Ou uma folha que se desprendeu e que não quer tombar?

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Aonde eu não estou as palavras me acham.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. São Paulo: Leya, 2011.

Devemos manter a mente aberta, mas não tão aberta a ponto de o cérebro cair.

Desconhecido

Nota: A citação foi utilizada por Carl Sagan, mas ele não é o criador da frase. Acredita-se que o pensamento já estivesse em circulação na década de 1930.

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O amor não é louco. Sabe muito bem o que faz, e nunca, nunca, age sem motivo. Loucos somos nós, que insistimos em querer entendê-lo no plano da razão.

O tempo cura o que a razão não consegue curar.

Sêneca
As tragédias de Sêneca (1907).