Nao Alimentar Esperancas
Eu ainda não tenho condições de dizer o que aconteceu comigo, porque eu tenho medo de empobrecer o que eu vivi ali.
Não tem jeito de ser verdadeiramente notável neste mundo. Estamos todos impalados nas curvas da condição.
"Às vezes, o mundo pede-nos para lutar por coisas que não conhecemos, por razões que nunca iremos descobrir."
O meu problema é não conseguir ficar brava por muito tempo. Eu sempre acabo perdoando as pessoas que, na maioria das vezes, não merecem ser perdoadas.
Nenhum projeto é viável se não começa a construir-se desde já: o futuro será o que começamos a fazer dele no presente.
Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo. Retende o bem.
“É um cara que não tem noção de como você gostaria de estar ao lado dele num final de semana qualquer.”
E não vou tolerar ninguém que me faça ter sentimentos que não sejam incríveis. É uma questão de respeito com a minha própria vida. E comigo mesma.
Por mais que eu viva, não sei engolir palavras duras. Descobri que minha pele não aceita esse tipo de coisa. E por mais que eu seja forte, preciso admitir, não sou forte o suficiente para abraçar um mundo sujo. Gosto de gente clara. Sinto as pessoas, de longe. Não nego que me engano - ou que insisto em me enganar. Eu e minhas segundas chances. Já viu isso? Dou segunda chance para quem mal conheço, mas me castigo até o fim por deslizes em chãos escorregadios…
Então vai fazer o que te faz feliz. Não troque a liberdade por pura ilusão, use sua cabeça e também seu coração.
Não existe verdadeira vitória sem esforço e sacrifício.
Mas há, sim, quem consiga sucesso fácil.
Mas este não são vencedores: são trapaceiros.
I
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
II
E só me veja
No não merecimento das conquistas.
De pé. Nas plataformas, nas escadas
VII
Sabenças? Esqueci-as. Livros? Perdi-os.
Perdi-me tanto em ti
Que quando estou contigo não sou vista
E quando estás comigo vêem aquela.
VIII
Aquela que não te pertence por mais queira
Saber-se pertencente é ter mais nada.
É ter tudo também.
É como ter o rio, aquele que deságua
Nas infinitas águas de um sem-fim de ninguéns.
Aquela que não te pertence não tem corpo.
Porque corpo é um conceito suposto de matéria
E finito. E aquela é luz. E etérea.
Pertencente é não ter rosto. É ser amante
De um Outro que nem nome tem. Não é Deus nem Satã.
Não tem ilharga ou osso. Fende sem ofender.
É vida e ferida ao mesmo tempo, “ESSE”
Que bem me sabe inteira pertencida.
IX
Ilharga, osso, algumas vezes é tudo o que se tem.
Pensas de carne a ilha, e majestoso o osso.
As mós do tempo vão triturando
Tua esmaltada garganta... Mas assim mesmo
Canta! Ainda que se desfaçam ilhargas, trilhas...
Canta o começo e o fim. Como se fosse verdade
A esperança.
