Nao Alimentar Esperancas
BOM DIAAAA AMIGOS DO FACE...
"Com o tempo você vai descobrindo que a vida não é tão cor-de-rosa como você pintava e nem tão nebulosa como lhe falavam. Vai descobrindo coisas boas em pessoas más e coisas más em quem você confiava.
Com o tempo você vai descobrindo que é mais forte do que imaginava, menos frágil do que lhe acusavam e que o bom não precisa ser anunciado, mas fala por si só. Então você tem certeza de que cresceu e está pronta para amar de verdade."
By Crisbalbueno
Amor tem perfume
Não meça o amor
através do perfume de quem se ame:
quando não mais sente o cheiro,
acabou o novo – não o amor.
O amor é velho!
Há perfume, não se engane.
Aeroporto em lotação
Caos pra quem?
Fato novo, mal moderno
pro Eike ou pro João?
Que não tem
coisa melhor
ver o rico, homem-fino
indo atrás de um peão.
Fato novo
e coisa boa
é ver o povo no avião.
O aeroporto, as salas cheias,
o operário, o “subalterno”
ir ao lado do patrão!
Morre; Não morre; Mata
Um amor
que morria de medo
da morte do amor
matar.
Descobriu que não morre.
Matou outro amor
de uma morte
não morrida.
Você é parte de mim
Minha existência sem você
É como sobreviver
Respirar e não inspirar
Autoria: Leila dos Reis
O que é a Terra? A Terra é apenas uma bola mais que nela vivem seres racionais que muitas vezes não pensam nos seus atos
Antiquado
Porque os casados já não são mais namorados.
Quando namorados:
as bocas se encontram,
os cabelos são cobertos de carinho,
as pernas sustentam no colo a amada,
os olhos falam lindas palavras,
e as mãos são grudadas .
E por que, meu Deus, quando casados
os sentimentos, já ocultos,
se tornam disfarçados?
Será porque:
a boca fica amarga?
os cabelos ralos, se tornam insensíveis?
as pernas, mudas, não respondem?
os olhos, fadigados, caem?
ou as mãos perdem o tal imã?
Pensando nisso,
não a quero pra casar.
Lhe pergunto,
se comigo,
pra sempre, queres namorar.
Caçador de Ti
Procuro numa parecida
que já é comprometida.
Vejo que não tem seu dote
''Ufa! Que sorte!''
Procuro daqui, procuro sem fim
corro depressa vou caçando
coitado de mim.
Loiras bem-vindas,
de longe quem sabe,
não sendo você,
como são lindas?
Assim como outras que usei,
você, eu não achei.
Concluo, já de ante-mão,
que tu não passa de breve
de uma breve inspiração.
Loura à Recantar
Vontade de ir,
vontade de rir.
Não posso!
Fico sério.
fico velho.
Cê balança o cabelo,
eu as pernas.
eu pareço breve,
Cê eterna.
Passa um caminhão em nossa frente
(intervalo de saudade),
quando ele acabou de passar,
sensação de eternidade.
São uma e quatorze.
Nós em horário de almoço.
e não pára de trabalhar,
o coração deste moço.
Terceira ou Nova Idade
As pernas mudas
já não respondem.
Os olhos caídos
as coisas escondem.
A boca amarga
que os dentes somem.
O cabelo ralo
não só em homem.
''Temi o momento
de ficar passado,
de ser avô
e de velho chamado.
Pensei no futuro
sobrevivo o presente
e mais que nunca aspiro o passado,
mas não me arrependo
de ter-me usado.
Hoje, jogado ao chão
qual cachorro leproso
qual miserável e turrão.
Já brinquei
perguntei
solucei
namorei
casei
duvidei
não fiquei
e hoje sei
que nem tudo
sei.
Entretanto,
perantei o governo,
a sociedade
a lei,
eu jazei.''
Bairro de Vó
Ah, Santa Inez!
onde não sabia
o que era hora, dia
ou mês.
Onde os primeiros ensaios de amores
mudavam de semana em semana
e por não ser correspondido
não sofria tanto, que dirá horrores.
Agora as pinturas da Copa borrocaram.
Os caracóis,linhas da queimada e do cruzamento,
de pó preto bruto abarrotaram.
Ah, Santa nostalgia!
Essa música do Roberto
- eu voltei, agora pra ficar... -
dá uma saudade do ser pequeno,
da praça, da Pestalozzi, da delegacia
e do inconsciente ingênuo...
Ah, Doces e amargas lembranças de Santa Inez!
Não precisa ficar,
rua da vó
asfalto imendado
amigos miúdos
furingo de três.
Eu volto até você
pra que em mim você fique
e volte toda vez.
De repente, amor e poema
Preocupa-me o fato de não vir um poema.
Daqueles poema concretos - vindo da mente pro papel.
Ouso-me fazer o inverso:
papel para poema ser escrito na mente.
Coço a barba, faço força, olho a hora,
bato caneta no queixo.
Esperançosamente, fico quieto
e me vem uns dizeres ao fundo...
E este é o poema que me veio de repente.
Feito você, meu doce poema,
que me faz sentir o leve peso destes versos
e me veio
de presente.
Volta e meia
Difícil, difícil
depois de uma certa idade
não achar que os novos conhecidos
são fictícios.
Cópias fiéis de já conhecidos
velhas historinhas,
mesmas reações
e a sensação d'eu já munido.
Mas, me ocorre despercebido
o novo velho que traz consigo,
a esperança a tilintar.
Me bate a angústia,
me recomponho,
e eu retorno
ao começar.
