Nao Alimentar Esperancas
Vazio...
Você pode ser cercadas de várias pessoas, mas se no seu interior, não habitam amor próprio, permanece assim, uma enorme solidão .
DESPEDIDA
uma dor tão doída
se partir vira ferida
se ficar não tem saída
sentimento sem medida
entre as pessoas queridas
almas se sentem perdidas
antes fosse ponto de partida
para reencontro de duas vidas...
melanialudwig
Somos como balões. Vazios não podemos ir além. O sentido da vida é nos conhecermos de fato e nos preenchermos com os ares quentes da motivação.
Eu ainda não consigo ver
Estou caindo aos poucos
Nessa maré descontrolada
Quantas músicas já escrevi
Pra não me sentir assim?
Posso ficar mais perto de você?
Ter um lugar pra ir
Toda vez que eu não conseguir dormir
No escuro desse silêncio
Tentando correr
Só consigo pensar em você
Ouso desvendar se senti o mesmo
Seguro firme pra não me perder
Seria um erro me prender?
Posso ficar mais perto de você?
Ter um lugar pra ir
Toda vez que eu não conseguir dormir
QUARENTENA IV
Vá outono...
Vá e não me surpreenda com mais nada.
Você me despiu, desfolhando as minhas vestes domingueiras. Deixou meus versos inertes, sufocados em minha alma sem se manifestarem.
Craquelou minha pele e ouriçou meus cabelos.
Envelheci.
Mas não foi só isso.
Foi no seu tempo que eu perdi minha liberdade de ir e vir.
Perdi os carinhosos beijos e abraços dos meus familiares e amigos.
Ah, e o medo que você permitiu que entrasse na minha casa sem que eu tivesse pra onde correr?
Fui apresentada cara a cara com a morte e a possibilidade de ir embora com ela.
Encurralou-me nos meus cômodos desbotados que eu já planejava colorir.
Negou-me as tintas, escureceu meus dias e encurtou minhas noites com sonhos agitados.
Os encontros na pracinha, as caminhadas na avenida, o sorvete nas tardes de domingo, os raros passeios de mãos dadas ao shopping. Folguedos evaporados que sustentavam minha iminente velhice.
Tive que despojar-me de minhas inúmeras máscaras para vestir a máscara universal, que denuncia toda a minha fragilidade perante um vírus invisível.
Vá outono, mas antes devolva-me aquele meu sorriso esfuziante, nem que eu não possa estampá-lo agora, mas o terei guardado para quando tudo isso passar, quiçá na primavera, no verão, no out...?
Não! Atrevo-me a fazer-lhe uma advertência, não volte aqui novamente sem trazer uma solução.
Quero cantá-lo como sempre cantei no passado, com versos alegres e rimados.
melanialudwig - 19/06/2020
Onde esta? Onde será que está a felicidade? Não encontro em lugar algum,pensei que houvesse encontrado mas me enganei!
Na vida não poderei dar além do meu limite aquilo que se espera, porquanto o tempo da espera se limita se poderei.
Contudo, se não posso, o tempo da espera enfraquece a esperança e se enterra na cova da frustração. O criar expectativas é arriscar o tesouro do amor próprio por uma dependência do outro para que haja a tal felicidade.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
QUARENTENA I
Todas as noites estou indo dormir com a sensação de que o dia não existiu.
Apenas se repetiu...
Estou com saudades de mim mesma, dos meus sonhos, meus projetos, meus amigos, meus filhos, meus irmãos.
Agora sinto como é importante para nós o tempo demarcado, estabelecido, daqui a um mês, dois meses, ano que vem.
Estamos incapacitados de fazer planos a médio e longo prazo.
Parece que fomos jogados num espaço sem relógio, sem pontos cardeais, sem bússola e sem saber de que lado estaremos quando tudo isso acabar.
Ninguém sabe...
melanialudwig - 05/04/2020
A queda não serve apenas para que possamos confiar nEle, mas também serve para nos mostrar que Ele confia em nós.
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
Não guarde sua simpatia, use-a. Pois um homem com seu sorriso diário, quebra muitos obstáculos pela frente.
"Distantes, não podemos nos tocar, mas, podemos tocar nossos corações, nossas almas podem se abraçar, em sonhos podemos dançar, devanear..."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Se você me ver sorrindo
Talvez não saiba que a maioria dos dias foram tristes
Mas escolho sorrir
Por que de tristeza não se vive
Necessidade paga
Cadê a lei que manda?
Presta atenção sujeito
você não leu direito
Eu tenho meu direito!
E bato no meu peito
Seu dever é o respeito
Eu tenho sim direito
De ir e vir sem medo
Um lobo de cordeiro
Fantasiado inteiro
De terno e gravata
Só enganando os bes'TÃO
Comprando o seu voto
Que é você quem paga
Ele tem casa na praia
Três carros na garagem
Só come coisa cara
Ostentação não falta
E a sociedade paga
Honestidade paga
Nossa cidade paga
Necessidade paga!
Pra estudar cê paga
O passe nem se fala
Pra ser alguém é pago
Investimento, trabalho
Esforço, suor, cansaço
E os busão lotado
Oito real por dia,
Que ir e vir que nada
Mas pra pagar as conta
A caminhada é longa
Suporte é o que falta
Ele atolou na estrada
A gasolina é cara
Inflação monetária
A luta é diaria
Bota no sol a cara!
Da noite vai pra casa
Comunidade escura
Mas foge dos assalto
Pra não perder o radin'
Pra não perder a vida
virando a esquina
bala perdida apaga
Até pra morrer cê paga!
E seu direito acena
De longe olhando a cena
Bala perdida mata
Justiça demorada
Só toma uma atitude
Depois que vida acaba!
E a sociedade paga
Honestidade paga
Nossa cidade paga
Necessidade paga!
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