Mulher seu Cheiro
"Ah! Se eu pudesse me fazer presente agora, sentir o teu cheiro e ouvir teus sussurros que me deixava atrevidamente louca."
Gostar de quem está perto, com cheiro e calor é mole. Gostar de quem está longe, distância continental, oceânica, ter conexão, vencer o tempo, a solidão e plena convicção da união: sem dúvida, só explica uma palavra com apenas quatro letras e a dimensão do universo.
Só quem se incomoda com o cheiro das galinhas se muda do galinheiro.
Só quem se incomoda com o cheiro do porco se muda do chiqueiro.
Novamente ela veio me visitar...
Outra vez ela esteve comigo...
Pude sentir seu cheiro único...
Pude tocar o seu corpo...
Pude beijar sua boca...
Pude tê-la em meus braços...
Então o dia nasceu o despertador veio me acordar e mais uma vez ela se foi...
Sinto todos os dias a sua falta....
Queria acariciar os teus cabelos
e no teu pescoço macio,
poder sentir o teu cheiro agradável
com um desejo intenso e insaciável
até te fazer suspirar,
como um ato de prazer e amor
na simplicidade do que é amar.
O sabor da vida
Dia tem gostinho de café.
Café tem gostinho de viver.
Viver tem cheiro de natureza,
E a natureza tem poder de florescer.
Saudade tem gostinho de família.
Família tem gostinho de felicidade.
Felicidade tem cheiro de domingo,
E o domingo tem poder de humildade.
Querer tem gostinho de sonho.
Sonho tem gostinho de esperança.
Esperança tem cheiro do novo,
E o novo tem poder de mudança.
Noite tem gostinho de sabedoria.
Sabedoria tem gostinho de escolha.
Escolha tem cheiro de dúvida,
E a dúvida tem poder de falha.
Então, no momento em que houver dúvida...
Recue. Os sinais existem para que você perceba os detalhes.
Autoria: #Andrea_Domingues ©️
Manter créditos de autoria original 04/05/2025 às 15:00h
Noite de Fogo
Saudades do teu cheiro,
feromônio que embriaga, perfume que marca.
Do teu corpo colado ao meu,
pele na pele, sem espaço pra tempo,
sem tempo pra pensar.
Saudades do teu louco amor,
instinto e entrega,
uma explosão de mundos
que colidem em gemidos abafados.
Teu som, um mantra,
ecoando na bagunça da cama
como sinfonia do caos.
Uma louca viagem,
onde prazer e sentimento se misturam,
um universo que se expande
entre mãos trêmulas e olhos fechados.
Cada toque, uma nova descoberta,
cada suspiro, uma nova língua
que só nós sabemos falar.
Quero mais uma noite assim,
onde o infinito mora entre lençóis
e o mundo lá fora
não passa de um sonho distante.
Vem, bagunça meu corpo,
desordena minha alma,
e me faz perder a razão outra vez.
No final de tudo Você só se lembrará daquilo que fez!
O Cheiro da grama quando eu fazia testes pra ser jogador …
O coração batendo forte numa sustentação oral num processo de três bilhões de reais…
O frio na barriga antes de entrar numa peça de teatro …
O som da bateria explodindo nos ouvidos…
VAI PRA CIMA!
Hoje choveu.
O cheiro de terra veio tomando conta. Senti-me inebriado com as lembranças de infância.
Pés descalços, pulando nas possas e escurregando no barro.
Hoje choveu!
Delicia de molecagem que molhou o corpo franzino de criança.
Hoje sentido a chuva, senti a inocência e a criança que não morreu dentro de mim.
Cresci!
Hoje sinto a chuva que molha meu rosto, vem com mesmo cheiro de terra, e não molha o corpo do menino.
Hoje choveu!
Ela é linda! Tem frescor e molha o meu corpo.
Hoje choveu!
Senti à leveza; à alegria; e às lembranças do homem com alma de criança que a observou e não a esqueceu.
Hoje choveu.
Por Rica Almada
Pedaço de mim
Não te vejo!
sinto você,
seu cheiro e
ouço seu choro.
sinto seu calor,
suas mãozinhas
e seu olhar.
Sem te ver,
consigo todos os
dias te abençoar e abraçar.
Laço sanguíneo pedaço
de mim. Te amo tanto!
O tempo não apagará
esse vínculo sagrado,
Pois você é o
presente que
Deus deu pra mim.
Vovó do Isaac ♥️ Rosânia Almada
Cheiro a rosmaninho, macela e poejo
aroma da terra, que o campo reparte,
nesta agricultura, que sendo uma arte,
é sempre a primeira no vasto Alentejo.
Em cada avenida destas proporções,
saltam os coelhos, pardelhas e patos,
avistam se as pegas, as lebres, os ratos,
as águias, abutres, mochos e falcões.
E entre as colinas, na safra do vinho,
os bichos alargam os meus horizontes,
ao fundo a malhada, videiras e montes,
carvalhos de roble, de sobro e de azinho.
Crocitam os corvos, gozões do lugar,
pra lá do cabeço, onde as rãs aquecem,
no tempo dos celtas, talvez cá estivessem,
menos essas crias que hão-de chegar.
Assoma-se o sol, a pique e altivo,
detrás da promessa de uma trovoada,
as ervas pressentem a terra molhada,
tudo em pouco tempo fica mais esquivo.
O silêncio aquieta a fauna e a flora,
a terra abre os braços ao vento e à chuva,
deitando pra dentro dos templos da uva
a voz de um silêncio com parte sonora.
A chuva acalmou, ergue-se a labuta
piam passarinhos, alegres, felizes:
cartaxos, carriços, melros e perdizes,
em tons de harmonia pra quem os escuta.
Assim, vai a vida, nesta arte rural,
onde os grilos cantam, o trabalho aquece,
e onde a paisagem nunca se esquece
que a vida mais bela quando é natural.