Mulher Separação
Chamam certas composições, preconceituosamente, com o debochado neologismo de sofrência, musica de corno, roedeira. Meu Deus, quanta hipocrisia! A pessoa que se nesse estado, torpor espiritual, está passando por um verdadeiro aborto, luto de alguém vivo. Sim, uma dor comparável a da morte, ou pior, o antes querido continua vivo a assombra-lo. tem graça alguma, pelo contrario. Essas questões de apego são imprevisíveis. Pode-se de apegar mais a um animal que um ser humano, um estranho simpático que um familiar próximo, a um objeto, sim, tem até o tal o bem com valor estimativo, que, que não tem preço. Ai, quando está tudo bem, , se é motivo de chacota, de quem não está gostando ao dizerem que está amando, tudo bem. Depois que acaba, afetado, nunca ninguém combina, um acaba e o outro não termina, continua gostando, amando o vazio, alguém que agora partiu, que já não é mais alcança, o chão se abre, dirá uma camisa de espinho a abraça-lo. Sofre-se com a mesma intensidade do tanto que gostou ao ser idolatrado, seu tudo, sua razão, sua canção preferida, motivação, doendo como um órgão extirpado, agora, e tome Pablo.
Não foi um bom relacionamento, a verdade é que não foi um relacionamento verdadeiro, minhas últimas palavras que você vai encontrar alguém que realmente te mereça.
Tem muita coisa na vida que você perde tempo mantendo e não enxerga que não vale apena, e quando você não consegue mas manter, você percebe que todo aquele esforço nunca valeu apena, você pensa que se des do início tivesse deixado de lado, hoje sua vida seria diferente, e é aí que você lembra de tudo que perdeu e a pior coisa é quando você lembra que não pode voltar no tempo para refazer a sua escolha
O mundo é o cenário de sua história. Viva o filme da sua vida, e não esqueça de fazer um teste de elenco para escolher quem irá participar desse filme.
"Ela estava aqui perto de você
Mas você conseguiu afastar-la de ti
E hoje você chora pelo mesmo motivo que um dia o fez sorrir..!"
Minha boca era só dele
Até eu perceber
Que tinha mais gente nessa dupla
Ele queria uma disputa
Mas essa não vai ser minha conduta
Mandei ele correr
ÉRIDA
Sem chão nem Fé, me vi flagelado
bem apegado a um Amor tinhoso.
Devaneando, morto, ao Sol do Descaso,
vi o mundo ruir. Abismo vultoso.
O bailar de Érida, Corpo equilibrado,
vinha mostrar seu Passo virtuoso.
Era o Baile corrente, aclamado,
tecido nos Saltos sem pouso.
E veio o Sonho: e foi desperdiçado!
E veio a Morte: o luto renovado,
o espinho encravado em meu pé!
Tudo indicava o Sol! Fiquei embaixo,
na Prisão que estive e em que me acho,
a Sonhar e a bailar, sem chão nem Fé!
Canção inacabada
As ondas sonoras são partículas
De um corpo inteiro que se foi.
As canções tocadas no rádio
São como o grito da torcida no estádio
Que dilacera o peito ao meio.
O tempo é um grande vilão e
Despedaça o coração.
És minha canção, meu ar, minha inspiração.
Sua voz adentra a mente com pressão
E ouví-la é minha obsessão.
Você é uma canção de alento em meio ao sofrimento.
A ausência é um tormento,
E levo comigo os momentos vividos
Que jamais serão esquecidos.
As mãos diminui o volume devagarinho
Na certeza que do outro lado existe carinho,
Mas a força da vida separou o nosso caminho,
Deixando apenas um pedaço de você no cantinho do meu ser.
E é nele que você vai permanecer
Durante o tempo que eu viver.
Através desse beijo,
imprimo a leitura de meus lábios.
Crio esse atalho
para voltar ao teu caminho.
Te deixo pro amanhã,
não te esqueço.
Sinto que te perco sempre mais
e ninguém volta atrás.
Emoções envelhecidas,
as certezas interrompidas
e a gente fingindo paz.
Para, tá na cara que não tem mais eu e você
E fica com esse cara que tem cara
De quem quer maltratar você
Melhor se afastar de mim
Acho que vai ser melhor assim
Eu quero mais é te esquecer
Fumo um cigarro, leio as notícias
Tudo tá errado
Foi o tempo, foi do nada
Foi tudo confete
Confesse que me usou
Enquanto eu tento perceber
O que se passa no amor
Custa mesmo entender
O que se passa em mim
Manda áudio
Deixa eu ver se tem saudade no seu tom de voz
No seu alô da pra saber se ainda pensa em nós
Se o problema for amor
Pode voltar que ainda tem
Não é assim tão fácil
Esquecer alguém que você tanto amou
Dá pra ver no meu rosto o meu sofrimento
Meu semblante mudou
E no sinal parado e a cabeça voando
E no som do meu carro, a música tocando
Eu vou pensando nela
Eu prometi não mais te procurar
Mas hoje não é meu dia de sorte
Achei sua foto no meu celular
Não te esqueci, me diz como é que pode
"Como o poderia eu saber, aliás, pois que além dos nossos corpos agora separados, nada nos ligava, nada nos lembrava um do outro"
Foram as nossas invisibilidades que nos levaram a esse lugar, as pequenas mortes, a sucessão de pequenas mortes, as coisas que não dissemos, as coisas que não sabíamos dizer, os sentimentos que estavam lá, mas não sabíamos como conjurar.
Tornamo-nos importantes para alguém e depois deixamos de ser, e deixar de ser é tão doloroso que nos ocorre que seria preferível nunca ter sido.
