Mulher e Arte
Pape soltou as baratas, Banksy invadiu com os ratos. Mas quem está no topo da cadeia urbana é o pombo. Rato que voa, come as baratas e carcome as pessoas. Observa a cidade no suprassumo das construções; caga em quem quiser. Grampeia nossas ligações e nos coloca um contra os outros.
Idade Bela
Como o ourives que avalia o ouro,
Apraz-me vem o tempo da idade bela,
Das rugas, o saber; do dia que vindouro,
Soma-se vida, vivida arte tão singela.
Conto horas de outrora, marcas de exemplo,
Entre nuvens que pesa, sol pondera e acalma,
Pois, não é de números que me veste a alma,
Nem tão pouco de sofrimento faço templo.
Cada manhã que da janela monta, desponta,
Advém a graça que minha existência canta,
Graças eu dou pelos anos que me faz viver.
E se a velhice me tomar de fato, amém!
Raros têm a coragem de seguir e ir além.
Cá no que me vem, fonte que me faz reviver.
(PARA CANDIDO PORTINARI)
A sua lágrima colore duas açucenas. Nas mãos: o mestiço sorrir dos olhos fechados. Colhes as flores que nascem em cima dos túmulos e te alimentas dos vermes expostos aos urubus. De manhã, o suor da capoeira. A tarde, fome na seca. Noite: o sonho. Fantasias um Brasil que existe e crias o surrealismo do cotidiano. Levas a morte às sesmarias desnutridas, cantas os cores de João Cabral de Melo Neto e invades os postigos da grande impossibilidade. Hades ergue-te adorações. Zeus curva às prosopopeias dos teus pincéis. O Olimpo arruína. A Arte é tua filha. A inspiração é tua mãe. O olhar perdido: a vereda do teu coração.
Veranear como pássaro que procura ninho - paz!
..É bom ver com os olhos de ver ,e saber que a alma ainda abraça os corações das pessoas,e que a poesia e a arte não estão esquecidas....
Gurdjieff por sua obra assim me dizia. Todo o ser em busca da unidade passa por diversas personalidades reconhecidas dentro dele mesmo e eu por entendimento refletia que o artista é um pouco diferente, foge em si da unidade, é todo aquele ser que tem incontáveis desconhecidas personalidades criativas mutantes dentro da perpetua e indomável liberdade. São tantas as personalidades de um artista que geralmente no meio de um processo criativo, o artista inventa, re cria e deriva se outras múltiplas possibilidades e vertentes diferentes a partir do que já estava fazendo. Sendo assim, para chegar ao fim de uma obra de arte, o artista deve exercitar a difícil disciplina de iniciar, fazer, acabar, assinar e entrega la a vida. Pois se assim não o faz vive sob o risco de ter incontáveis obras iniciadas e inacabadas espalhadas em seu atelier quase atormentadas por não terem chegado ao sentido.
Cabe a Sociedade Civil cultural, intelectual e cidadã dividir no mesmo compasso com o Estado Cultural, o cívico dever da responsabilidade na preservação e guarda do patrimônio histórico, artístico, cultural e identitário nacional, pertencente a todo o povo brasileiro para as novas soberanas gerações.
As melhores, as mais eficientes e completas respostas para o Brasil são aquelas encontradas dentro de nossa unica e rica diversidade. Os teóricos modelos acadêmicos estrangeiros não nos servem na verdade, confundem, só nos atrapalham..
Aprendi que sorrir faz bem.
Levar alegria
para alguém!
Aprendi a ser educada,
mesmo que o assunto,
não seja agradável.
E o que esperar do outro lado?
Não confundir
simpatia e educação,
com alguém de fácil aceitação.
Seja educado também.
Respeite o espaço
e a minha opinião.
O joalheiro experiente sabe que toda criação em joalheria deve atender ao mesmo tempo duas atmosferas. A primeira sempre é a confortabilidade da obra para a parte do corpo que a recebe e a segunda é encontrar o conjunto criativo mais apropriado que evidenciará e fortalecerá a personalidade do possuidor em beleza de quem a veste.
Quando a tristeza chegar, não se acanhe.
Se apegue a melodia, e cante.
Porque como diz o ditado:
"Quem canta seus males espanta".
A poesia é árvore gigantesca
Com lindas folhas de emoção
E uma seiva pitoresca
Que suaviza qualquer coração.
CULTURA
Eu semeio, cultivo e colho (agricultura), essa foi à primeira atividade de trabalho planejada pelo homem, que permitiu a sua fixação em um só lugar, possibilitando sua vivencia em sociedade.
Eu pinto, escrevo, canto e danço (arte), expressões artísticas do homem que o mantem conectado com o meio em que vive.
Ambas são essenciais a nossa vida, pois são ações que dependendo de nossa relação com elas, nos sentiremos mais ou menos realizados na sobrevivência (trabalho) e existência (convívio).
Dentro das lembranças moram as melodias
Umas de tons tristes outras no tom da vida.
Moram nas lembranças jardineiras
Moram nos morros das trepadeiras.
Dentro do tempo moram versos
Uns de conhecidos poetas, outras de indigentes cinzas.
Moram nas sombras iluminadas
Moram nos amores não próprios.
Dentro da dor mora um César
Uns de tons toscanos, outros de tom italiano.
Moram Romas e gladios
Moram colinas de desencarnados soldados.
Dentro da morte nasce uma flor
Umas em belas cidades, outras em sutilezas e densidades
Moram aromas sem cheiro de orvalho
Moram corações no cheiro desfeitos.
Dentro de mim se apagam os segredos
Uns bons e de espelhos, outros em rios sem margens e tempero.
Moram histórias esquecidas e esquinas vazias,
Moram rimas de solidão, sem barcos e marinas sem som.
Dentro de mim moram saudades
Umas do criador, outras de anjos e dor.
Moram legiões esquecidas
Moram pincéis, telas sem tintas.
Dentro de mim mora um início, um meio e um fim.
Mora um começo no meio, um fim sem começo e voltando pra casa um dia: um início sem fim.
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