Morto Vivo

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NÃO QUERO SER FÓSSIL VIVO
Eu me sento à beira do mar quando o sol ainda é promessa de luz. As ondas
vêm e vão sem perguntar se hoje me sinto disposto ou cansado, sem
perguntar se meu cabelo já é quase todo branco. Elas apenas chegam com a
mesma certeza de quem sabe seu lugar no mundo. Eu respiro fundo, e esse
ar gasto em todas as estações da vida me lembra de que, aos 80 anos, ainda
posso, sim, surfar a próxima onda.
E, nessas reflexões, me lembro também do dia em que comecei a pensar em
hormônios não como uma força do passado, mas como aliados do presente.
Certa manhã, enquanto fazia alongamentos, reparei que meu corpo reagia
diferente: as articulações falavam, a pele parecia pedir mais cuidado e, de
repente, descobri que o cortisol não precisava ser meu inimigo. Foi como
descobrir um velho amigo guardado em caixas de memórias, esperando para
me ajudar a encarar cada amanhecer com vigor. A cada dose de testosterona
que tomo, sinto não só o vigor físico, mas um frescor quase infantil de quem
redescobre o sabor de correr no parque, de sentir o vento bater no rosto. E
por que não correr? Meus ossos podem chiar, minhas costas podem
reclamar, mas meu coração ainda quer bater forte quando vejo o horizonte
se acender de laranja. Quero ver o sol despontar atrás das nuvens e também
contemplar a escuridão sem hora para acabar, porque a noite me lembra de
que há beleza nos mistérios, na imensidão da lua refletida na água escura.
Se alguém me chama de “velho”, não me ofendo: sou antigo como o oceano,
mas não sou “fóssil vivo”.
Aliás, já desenterrei esse termo do meu vocabulário — prefiro
“testemunha ativa”. Porque testemunhar, para mim, é participar: é pedalar,
é jogar basquetebol que amo e sempre amarei, é nadar, é jogar bola com os
netos que me vencem em agilidade, mas não me vencem em vontade de
viver.
Há dias em que a dor sussurra mais alto. A cada passada no asfalto ou a cada
curva do caminho, meu corpo lembra que o tempo deixou suas marcas. Mas
a dor, se bem entendida, não é sentença; é lembrete de que ainda estou
aqui, pulsando. Mesmo sentindo cada vértebra reclamar, descubro que
posso transformar essa dor em impulso para seguir adiante. É como se ela
fosse o vento que empurra minhas velas: incômoda, sim, mas necessária
para manter o barco em movimento.
Meus amigos dizem: “Quando a gente chegar à terceira idade, vêm a poeira
e a apatia”. Eu só sorrio e respondo com os olhos brilhando: “Terceira idade?
Estou criando turbinas” porque, no fundo, estarei sempre aqui.

Soneto do Ineditismo Vivo


O mais gostoso da vida é o ineditismo,
o que nasce puro, sem ser prometido,
um clarão súbito entre o céu e o abismo,
que acende o peito e desperta o sentido.


É no instante novo, em pleno improviso,
que o coração rompe o seu próprio tecido;
pois cada gesto raro é também um aviso
de que o viver só cresce no não repetido.


Há quem tema o novo e abrace o já sabido,
mas nós buscamos o encanto escondido
naquilo que surge sem pedir permissão.


E assim seguimos: quem prova o inédito,
descobre que a vida, em seu íntimo estético,
revela o eterno no instante em criação.

"Mal falado, sigo vivo. Bem falado, estou distante da essência da vida. Os seres humanos amam mais a perda do que a própria existência."




2025/2026

" Tu se sentes uma pessoa feliz?
Então porque vives Magoando os outros para sentir-se vivo(a)?"

Não posso ensinar nada, porque ainda vivo em construção, minhas certezas são andaimes e meu eu, uma casa inacabada.

Aquilo que um dia te reduziu ao chão, hoje te ergue como um testemunho vivo do poder da superação.

O valor que crio é tangível e mensurável, não vivo de narrativas, vivo de entregas, quem busca resultado encontra meu sinal.

Recomeçar não é fácil, mas é o que me mantém vivo.

Já vivi de esperas, hoje vivo de fé.

Eu vivo. Isso é o bastante para um poeta cujo ofício é transformar a dor em beleza.

Mudar de ideia não é fraqueza; é sinal de que o pensamento continua vivo.

⁠Eu não estou bem, mas ainda estou vivo.

⁠Acordar é tão Fácil, basta estar vivo!
E enquanto Deus te deixa acordar, é porque Ele espera que você Desperte.

⁠⁠Acordar é tão Fácil — basta estar vivo!
Mas se Deus te deixou acordar, é porque Ele espera que você Desperte.


Acordar até parece algo automático: o corpo abre os olhos, respira, se move… e seguimos.


Mas viver acordado não é o mesmo que estar desperto.


Despertar é perceber o que realmente importa: que há Vida depois dessa vida falível.


É ouvir o chamado que você insiste em adiar...


Enxergar o propósito escondido na rotina.


É reconhecer que cada manhã é mais que repetição — é convite, oportunidade...


Porque, se Deus te deixou acordar hoje, não foi apenas para existir.


Foi para despertar, para não desperdiçar o que só você pode decidir...


E despertar, ao contrário de acordar, não acontece no travesseiro.


Acontece na consciência.


Acontece na coragem.


E acontece especialmente quando você decide viver para além da vida.

⁠Louco é a forma que achei pra te amar. Vivo sozinho quebrando todas as barreiras só pra te conguistar. E incessantemente busco de ti as carícias pra meus desejos de acalmar. Tento de todas as maneiras de te envolver em meu corpo. Te desejar é uma tortura delirante. Só queria que me deixar ouvir o sussuros de sua voz em neus ouvidos. E sentir a ele entre arrepios invadirem todo o meu ser. E assim amar-te eternamente.

⁠Tenho muito medo de tudo que faz, eu perder meu tempo e não tornar este tempo em que vivo, um lugar mais digno, colorido, justo, feliz e com amor.

Vivo desbastando as arestas imperfeitas de minha pedra bruta para um dia por fé, polir.

Vivo sem medo da solidão, afinal sou uma excelente companhia para mim mesmo.

"Vivo sempre agitado porque o vinho estimula os meus neurônios lerdos."

Quem me lidera sou eu, o sentimento; só faço o que sinto vontade, só vivo o que sinto vontade, e minha razão não pode me atrapalhar nisso.