Morro
Eu penso assim: Tenho apenas duas opções. Ou provo a todo mundo que vidas negras importam ou morro a tentar
Corro, mas a hora não quer passar... Aos poucos eu morro distante e devagar. Ninguém aparece. Ninguém por aqui quer passar. Tento não me preocupar. Mas é difícil de aceitar! Eu sei que morrer não é só parar de respirar. Pois eu também morro quando eu desisto e paro de lutar! Más já não há mais nada que eu possa fazer. Ando tão desnorteado e incerto... Por esses caminhos desertos eu procuro... Procuro e não consigo te ver. Correndo por esta noite estranha que parece não acabar vejo que eu morro sozinho e devagar. E sempre que eu corro e não sei onde chegar eu volto para o nosso antigo lugar e fico esperando você voltar!...
Do alto do morro
Vejo tudo;
As casas
Os carros
Os rios
O mar
Pessoas
Animais
Deve ser assim
Que Deus
Vê a vida passar
DOM
Eu sei que morrer não é só parar de respirar. Pois eu também morro quando eu desisto e paro de lutar! Más já não há mais nada que eu possa fazer. Ando tão desnorteado e incerto... Por esses caminhos desertos eu procuro... Procuro e não consigo te ver. Correndo por esta noite estranha que parece não acabar vejo que eu morro sozinho e devagar. E sempre que eu corro e não sei onde chegar eu volto para o nosso antigo lugar e fico esperando você voltar!...
A frieza pode me matar
Mas morro todos os dias
Quando escolho viver pra te Amar
Então, por que viver de Amor
Se posso Morrer de mim?
Sinto exaustão dessa geração medíocre, morro de tédio de conhecer pessoas vazias e sou altamente intolerante a opiniões com ausência de sabedoria.
Aqui no Rio, e em todo o Brasil, o chefe de família, leva a família para o morro e deixa a casa pendurada (alto risco) apesar dos fiscais do governo avisararem. O que ocorre é muito DOLORIDO, os filhos e a esposa, sem poder para alertá-lo do perigo acabam sendo vítimas e enterrados vivos (morrem soterrados). Que sirva de lição o que tem ocorrido"
Em interação com o cerrado o vento uivava no alto do morro e no mais completo silêncio, no horizonte, o astro rei se punha.
Nasço, vivo, morro por um destino em que não mando...
Então quem eu sou?
No luto dos meus olhos...
Foi na minh'alma que nasceu a dor...
Quem é leal e quem não nos abandona...
Quem devemos procurar...
E ser dignas de confiança...
Alguém a encontrar?
Já quase desisti...
Da inocência do desconhecido...
E a saudade?
Ainda vive em meu peito...
O que levamos da terra
É o céu que possuímos...
E à morte que damos vida...
Criam-se o sentido...
Vã filosofia...
Turvo clarão de raciocínios tristes...
Nos engana e mente...
Entre sombras nos conduz...
Quem rasteja na Verdade...
Se desencanta...
Do amor escravo...
Vítima sempre serei...
São muitas as provas na vida que servem para testar quem somos...
Seguir adiante, sem descansar...
Afinal ...
Onde tudo vai dar?
No meio da confusão é preciso ver para além do que se pode olhar…
No meio de tudo onde estou eu?...
Que serão os meus sonhos...
O que posso almejar?
Sandro Paschoal Nogueira
Sítio
O morro está pegando fogo.
O ar incômodo, grosso,
faz do menor movimento um esforço,
como andar sob outra atmosfera,
entre panos úmidos, mudos,
num caldo sujo de claras em neve.
Os carros, no viaduto,
engatam sua centopéia:
olhos acesos, suor de diesel,
ruído motor, desespero surdo.
O sol devia estar se pondo, agora
– mas como confirmar sua trajetória
debaixo desta cúpula de pó,
este céu invertido?
Olhar o mar não traz nenhum consolo
(se ele é um cachorro imenso, trêmulo,
vomitando uma espuma de bile,
e vem acabar de morrer na nossa porta).
Uma penugem antagonista
deitou nas folhas dos crisântemos
e vai escurecendo, dia a dia,
os olhos das margaridas,
o coração das rosas.
De madrugada,
muda na caixa refrigerada,
a carga de agulhas cai queimando
tímpanos, pálpebras:
O menino brincando na varanda.
Dizem que ele não percebeu.
De que outro modo poderia ainda
ter virado o rosto: "Pai!
acho que um bicho me mordeu!" assim
que a bala varou sua cabeça?
E, como já dizia meu avô: "água de morro abaixo, e fogo de morro arriba, a pessoa*** quando quer se perder ninguém segura"!
E hoje em dia, há um guia cego para cada mil que não enxergam e os que ainda enxergam não dão conta de tanto tropeço.
"A oportunidade perdida" é irmã do "cavalo selado não passa duas vezes", termos que cegam, nos fazem pular no fogo, porque sempre é do tipo "é pegar ou largar"!
O que é nosso, pode esperar até uma eternidade para chegar a nós.
Por isso, se NÃO OPTARMOS PELA OPORTUNIDADE RELÂMPAGO, não escolher, não ir, PODE SER A GRANDE OPORTUNIDADE DA VIDA, mesmo em dúvida se nunca mais voltaria, ainda é melhor do que as várias vezes que fomos e nos arrependemos.
A gente sempre vai se arrepender depois, quando não temos tempo para decidir, racionalizar, medir, pesar e evitar, se for o caso.
E às vezes, ainda sonhamos, que era para a mesma direção ou lado contrário e "aconchambramos" para a conveniência da nossa loucura, da nossa cegueira.
Sejamos cautelosos, prudentes e pacientes no momentodas nossas escolhas.
Sem pressão...
Cálice
Sem teus beijos quase morro de amor
Beberia do cálice proibido
Sem ver-te, seguir não consigo
É um castigo suportar tamanha dor
Se ei de desfalecer, que seja em teus braços
Ao deitar-me, minha alma grita de angústia
Tão melancólica, sussurro a nossa música
Em meu peito abriu-se um buraco..
Esse amor é fogo e flameja em mim
Viver sem ti, eu não suportaria
Fui tragada pelas chamas da paixão que vivia
Mergulhei no mar para delongar meu fim
Nessas águas, a minha dor clama e retorce
Um ser, diante de um cálice, solitária e selvagem
Se teu amor, minha tristeza afugentasse !
Sigo faminta da tua voz e do teu olhar que me envolve.
Lucélia Santos
Bizarro pensar que se eu morro hoje, amanhã eu estaria recebendo palavras que se fossem ditas enquanto eu estou aqui hoje, mudariam meu dia, mas só seriam ditas se eu não pudesse mais ler.
Como dois e dois...
Assim como dois
E dois são quatro,
Eu te adoro e por você,
Eu morro e mato!
(Aurtor: Edvan Pereira) "O Poeta"
FERNANDO DE NORONHA
Vi o pôr do Sol no mar
Lá no Morro Dois Irmãos
Em Fernando de Noronha
Cenário pintado a mão
Como ano que anoitece
E vem outro, amanhece
Numa nova geração
O morro se abriu
O morro se abriu pra ter visitação
fotografia, cachecol, feijoada gourmet
vai subir quem elogia a malandragem
mas se credencia
trazendo todos os seus conceitos da academia
e se apresenta com um currículo de formação.
Pobreza virou pitoresco
pra quem adora
se gabar do seu emprego
e vê arte nas derrotas alheias
mas não vai conhecer
quem da luta faz profissão.
Essa gente que faz
se diz tão capaz
mas nunca fez a xepa lá na feira
montaram bares demais
e anuncia o cartaz
que o samba vai ser de primeira.
O morro se abriu pra ter visitação
fotografia, cachecol, feijoada gourmet
vai subir quem elogia a malandragem
mas se credencia
trazendo todos os seus conceitos da academia
e se apresenta com seu currículo de formação.
E nos nossos quintas
o batuque se faz
pés descalços a levantar poeira,
nos bares ninguém entra mais
só pela porta de trás
o couvert de outrora brincadeira.
Antes de subir, deixe o morro descer,
ensinar que em casa de bamba
primeiro era o samba
cerveja enquanto tinha
dinheiro ninguém procurava saber.
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