Morrer
Calcula, minha amiga, que tortura!
Amo-te muito e muito, e, todavia,
Preferira morrer a ver-te um dia
Merecer o labéu de esposa impura!
Que te não enterneça esta loucura,
Que te não mova nunca esta agonia,
Que eu muito sofra porque és casta e pura,
Que, se o não foras, quanto eu sofreria!
Ah! Quanto eu sofreria se alegrasses
Com teus beijos de amor, meus lábios tristes,
Com teus beijos de amor, as minhas faces!
Persiste na moral em que persistes.
Ah! Quanto eu sofreria se pecasses,
Mas quanto sofro mais porque resistes!
Perdi o medo de morrer e fiquei com medo de viver.
Cada dia passado um dia a menos.
Sinistro isso...
Aquele que não tem um sonho para o qual almejar ou até morrer já deixou de trilhar o seu próprio caminho, virou apenas um fantoche do acaso
Dizem que recordar é viver
Que a única certeza da vida é morrer
Que o calor também provoca arrepio
E que Deus dá o cobertor conforme o frio.
Quando eu morrer queime meu corpo e deixe minhas cinzas voarem ao vento para onde quer que ele sopre!
Todos seres desse mundo são criaturas em busca de um enigma
Nascer é a porta de entrada. Morrer é a porta de saída
Após séculos e séculos, ainda não foi descoberto qual o sentido da vida
Quando eu for ou estiver pertode morrer, que eu morra em Paz. Tranquilo e sereno, sem sofrer esprimido pela dor.
Já sofri muito em vida e a dor nos instantes finais, seria talvez a pior morte, um assistir desassistido,
o findar vivendo.
Quero matar
Tudo o que eu tenho
Para morrer
De imperfeito
Dentro de mim
Sou que nem
Fruta doce
Porém amarga!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Meus olhos
Estão querendo
Se fechar
Não sei se é
Para dormir
Sonhar
Ou morrer
É melhor não resistir
E me entregar
Ao inesperado
Sem nenhuma garantia
De vida
Só sei que sonharei
Com o infinito
E morrerei de amor
Um dia desses!!!
Fernanda de Paula
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Causa mortis:
Quero matar
A vontade de você
E ao mesmo tempo
Morrer de tanto prazer
E continuar mais viva
Do que nunca!!!
Fernanda de Paula
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Quem me dera morrer de mar
Como voar, olhar o horizonte, sentir brisa
Abrir os braços e fechar os olhos
Sentir-se um pássaro a alçar vôo
Peitando o vento como se fosse o mestre dele
Exigindo que tamanha força invisível exista em benefício de si
No desejo de caminhar na praia
Olhar a linha fina que separa mar de céu
Parece tão delicado, uma cama aconchegante para deitar
Mas é uma enganação
Porque esse pedaço de lençol azul que toca apenas as pontas dos seus pés
Pode em poucos passos te afogar
E quem me dera poder escolher minha morte
Por mais dolorida e aflita
A morte no mar é bonita
Em desespero afogando você vê turbilhões de vida em volta
Tocando sua pele buscando te reconhecer
Eu tentaria não me debater
Mas contemplar toda a vida brilhante que me cerca
À medida que meu espírito se esvai
Quem me dera morrer de mar
E fazer do oceano pro meu corpo morada!
