Moradores de Rua
O cego e a guitarra
O ruído vário da rua
Passa alto por mim que sigo.
Vejo: cada coisa é sua
Oiço: cada som é consigo.
Sou como a praia a que invade
Um mar que torna a descer.
Ah, nisto tudo a verdade
É só eu ter que morrer.
Depois de eu cessar, o ruído.
Não, não ajusto nada
Ao meu conceito perdido
Como uma flor na estrada.
Cheguei à janela
Porque ouvi cantar.
É um cego e a guitarra
Que estão a chorar.
Ambos fazem pena,
São uma coisa só
Que anda pelo mundo
A fazer ter dó.
Eu também sou um cego
Cantando na estrada,
A estrada é maior
E não peço nada.
Do livro "Fernando Pessoa - Obra poética - Volume único", Cia. José Aguilar Editora, Rio de Janeiro (RJ), 1972, págs 542/543. (Fonte: Projeto Releituras)
O que a noite me disponibiliza?
O cheiro da rua, longe de toda a fumaça, carros e motos descansam ao som de grilos e sapos. a visão do céu estrelado se entrelaça com luzes amarelas de postes. a brisa que toca as folhas das árvores faz os pássaros se dispersarem com o susto, a noite be disponibiliza uma visão surreal do que não consigo ver durante o dia.
Seu Próximo
Seu Próximo, caminhava
ao meu lado, na rua e todos os
dias; me cumprimentava.
Seu Próximo pegava, os plásticos
reciclados nas lixeiras.
E entregava as cartas, quando chegava.
Seu Próximo era o vizinho educado.
E também aquele , que não queria papo.
Seu próximo , era amigo de todas as horas.
Mas também o inimigo, o adversário.
O antagonista.
Seu Próximo, era uma figura , que fazia rir.
Andava com flores nos cabelos. E gostava
de se divertir. Dançar. Sorrir.
Seu Próximo estava lá. Quando precisava.
Também, quando passava despercebido.
Caído na calçada.
Seu Próximo estava ali.
Procuraram Seu Próximo, numa caixinha
eletrônica. Mas não acharam.
Onde esta o Seu Próximo?
marcos fereS
No meu tempo de criança
Vendo a chuva eu sorria
Eu chamava os amigos
E "pro mei" da rua eu ia
Ninguém lá era doente
Ninguém tinha alergia
E vendo a chuva de hoje
O tempo voltar queria
Pois é de baixo da biqueira
Que a gente tem alegria
Diga a ela(E) que me viu na rua
Que eu caminhava muito devagar
Que eu olhava para todos para enxergar
Tanto espaço dentro de mim
Na verdade, ela(E) sabe quem eu sou
Depois das 6,30h
Na calçada da minha rua, calças curtas à espera da lua, olho vidrado na bolinha colorida de sabão. Que tempo bom. Há algumas décadas. Na mesma calçada, senhoras e senhores descansavam recostados nas suas cadeiras de preguiça, espreguiçadeiras. Lá no fundo do pensamento ouvia-se uma conhecida canção: Lampião de Gás. Inezita era ainda uma jovem e bela morena. Algumas inocentes fofocas de antigamente saltavam a qualquer besteira. Causos engraçados eram quase versejados pelos anciãos encarquilhados, que não mediam disposição para aqueles encontros enluarados. Giba, o antigo vigia particular, mais conhecido por: guarda-noturno parava para aliviar seus velhos pecados, saia dali para sua costumeira rota, até parecia que seu ofício seguia, simplesmente pela terapia daquelas tardes fagueiras transformadas em madrugadas de alegrias livrando-o de suas possíveis derrotas no seu dia a dia.
O tempo passa, e hoje não dá mais pra confiar na sorte, sequer dentro de nossas prisões...
jbcampos
“Tem dias que é preciso vestir a roupa de adulto e atravessar a rua segurando bem forte a mão da vida.”
Social
Educação
a base da saúde
Educação
a rua me iludi
Educação
me ajuda a ter lazer
Educação
é ler e escrever
Educação
vem comigo vem sonhar
Educação
quero respirar
Educação
também é social
Educação
hoje é desigual
Educação
Educação
Educação
Pela nação
Durante o dia quando saio a rua e não vejo o Sol brilhante, e a noite não vejo o brilho das Estrelas, é que nem abrir minha página e não ver o brilho dos teus olhos e o encanto do seu sorriso.
FIZ OU NÃO FIZ
Fiz do oceano profundo a minha dor
Fiz da rua mais amada o meu canto
Fiz do meu sangue o meu lamento
Fiz dos dedos calejados um poema
Fiz da lua testemunha do meu amor
Fiz das palavras mal afamadas o trono
Fiz da fiel carne a sua própria liberdade
Fiz da alma um nevoeiro do seco deserto
Fiz da fé uma crença, um modo de vida
Fiz dos meus crucifixos o meu pensamento
Fiz dos carris o caminho de mim mesma
Fiz do esplendor do sol um abraço a Deus
Fiz da ferida da lua o adeus a própria dor.
Fiz do espetáculo da vida o meu querer
Fiz da essência um obstáculo grande no agir
Fiz do desânimo o tempo que se tornou pequeno
Passei dias, ou melhor, noites, olhando para fora. Via tudo o que acontecia na rua. Via quem passava, quem chegava e quem saía. Percebi o quanto a chegada e beleza das pessoas encantavam-me. E também o quanto a minha encantava alheios. As noites passavam rapidamente. Quando vi, já iam meses. E quando parei para respirar, percebi que estava cansada. Mas também me conhecia o suficiente para saber que mudanças não me agradavam muito. O problema não era a mudança, nem nunca seria, mas sim a nova adaptação. As mudanças são necessárias para não cairmos na monotonia, mas um novo recomeço é sempre complicado. Às vezes é mais cômodo ficar parado, sem fazer nada para mudar algo.
E naquele dia eu te pedi para me esquecer....
Ontem passei com outro na rua onde foi o nosso primeiro beijo,e desde as 22:00 horas da noite não te tiro da cabeça,parece que todas as cenas voltaram em minha cabeça, o nosso primeiro beijo lembra? Eu estava com medo de alguém ver,minhas mãos tremia e Você num longo abraço me roubou um beijo e logo você me levou para outro lugar,entramos no carro e você como sempre sem me dar muitas explicações só me pediu para abaixar um pouco a cabeça mesmo que os vidros eram escuros você me quis proteger dos olhares curiosos,você sempre aceitou que eu precisava de restrição, e foi assim por muitas e muitas vezes,e foi assim sem ninguém saber de nos,sem ninguém imaginar o que estava acontecendo nas nossas vidas,era tudo um segredo somente nosso. Até que então outra apareceu e você pela primeira vez mentiu para mim,já faz tanto tempo mais ainda lembro que você me bloqueio no whatsapp e me ligou com a desculpa de que tinha bulgado seu whats, só tinha um problema na sua mentira, eu já não era mais uma menina boba e tinha aquilo que as mulheres chamam de sexto sentido, eu descobre que pela primeira vez você mentiu para mim,juntei tudo,tudo que você me falava nos últimos tempos e cada mudança que aconteciam. E naquele momento soube que você estava gostando de outra, peguei o celular de uma amiga e te procurei no whats e lá estava a resposta que queria,você tinha colocado uma foto com outra garota, no momento fiquei perplexa não acreditava que você mentiu para mim,sempre disse para você a verdade, nunca teve necessidade de mentira,o que existia entre nos era só uma amizade muito colorida, ficaria feliz por você ter achado alguém que pudesse fazer o que eu não podia,nosso romance era só de brincadeira nada era real,só momentâneo. Mas esse não foi nosso fim,depois de muito tempo e depois de perdoar a sua mentira,depois de prosseguir o nosso romance chegou a hora de tomar um rumo,não podia mais te prender a mim e nem me prender, porque não era para ser um romance bonitinho,eramos só duas pessoas querendo aproveitar a vida, e naquele dia, eu te pedi para me esquecer,e você fez isso,você me esqueceu mas eu ainda não consegui superar....
se voce nao fiu nimguem inportante na rua hoje,amanha pode usar a mesma roupa.e uma lei criada por min
Carrega o carro
ralando a rua
ralando a rampa
Carrega o carro
Rente ao riacho
O carro quer o córrego,
o rio,o rancho,
quer ser barco,
remar,rugir,fugir
A rua traga o carro
O tráfego traga a rua
O trato me tritura.
Um domingo de agosto qualquer
Ouvi um som ligado em um carro qualquer parado na rua
e um cão vira-lata se remexendo feliz.
Vi um animal se divertindo feito humano
e humanos se matando feito (imbecis) animais
feito animais não tão humanos assim.
Não me lembro do motivo da confusão
mas acho que tinha a ver com política.
Um se vestia de vermelho
o outro se vestia de amarelo
e desde a última eleição não se cruzavam de jeito nenhum.
Um dizia que não estava nada bom
o outro dizia que não estava assim tão ruim.
Depois daquele fim de ano nada mais foi do mesmo jeito
amigos se tornaram inimigos (políticos)
humanos se animalizaram
e animais sambam felizes nas ruas.
Lençol de Anil
Parado;
O silencio jazia
Em tudo.
O sol cobria a rua,
Preguiçoso, estático.
As nuvens recolhidas,
E um lençol anil
Cobria a cidadezinha.
Era domingo!
Sucesso sempre, olhe do outro lado da rua de frente para o seu comercio e diga todos os dias Sucesso. - LABJ
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