Montanha Russa Marta Medeiros
Vou pra Minas apanhar Tanajura
Que é fim de outubro
E 'cê jura que eu aguento tanta saudade de casa?
Se num quer ficar só, vem comigo
A gente vai comer mingau de milho
Pescar dois lambari naquele riachinho.
Vem que lá cabe 'nois' dois
Ou então deixa estar
Que la deve ter chuva e ainda tá frio
Não é julho, mas sei onde tem fogueira pra me esquentar.
São João não me deixa na mão
Mas se não tiver tem cachaça,
Cana, uns trem assim amargo que esquenta o peito quinem quando a gente ama
E o que não falta lá é amor, sabor
Que o coração fica maior que manga
Espada ou rosa.
Em Minas quase ninguém chora
Se tem algo que o meu povo sabe,
faz direitin
'inda ensina é amar.
Lembra-se de quando você jogava videogame. Você vai melhorando, ficando muito bom por causa da repetição. Entre em algumas rotinas. Estabeleça hábitos evolutivos.
ESPERA!
A seca tudo devora
não deixa a gente plantar
a chuva passa e demora
só cai em outro lugar
quem deixa a terra que mora
é todo dia que chora
pedindo a Deus pra voltar.
A VOLTA!
Um dia eu fui pro sudeste
com força, fé e empenho
do pouco que ainda reste
eu disse vou, mas eu venho
e mesmo que alguém conteste
ser filho do meu nordeste
é um grande orgulho que tenho.
MAIS FORTE
é tanto tempo
e pouco espaço
e no entanto
é neste contratempo
que eu forjo o aço
e deste
me faço
mais forte, porém mais frio
mais duro, mas oxidável
e sigo assim
inexorável
rumo a um desconhecido norte
em busca da boa sorte
para que tudo
volte ao prumo
muito antes
contudo
do possível fim
ou ainda
da esperada morte
VERSOS SERENOS
portanto, pouco a ser dito
pois tanto o quero escrito
tanto que a fera se revolta
se, entretanto, nada volta
meu urso hiberna e sonha
nesta oca caverna tristonha
à espera de um clima ameno
quando sairão versos serenos
SEGUE!
Parece fogo pegando
suor pingando na testa
o sertanejo varando
a mata verde que resta
a seca mesmo matando
a gente segue levando
uma vida simples e honesta.
Conceitualmente falando, tudo o que aqui existe é criação humana. Cabe a cada um acreditar naquilo que desejar.
IRIDESCENTE
fechados
quando meus olhos pressiono
percebo, em tal ato
um mundo abstrato e manchado
pois neles impressiono
visões iridescentes
em indefinidas cores frias
e imprecisas cores quentes
muito atrás de minhas íris
que tons castanhos mostram
quando se mostram a esse mundo estranho
recebo tristes e definidas cores
tanto quanto amargos sabores
em igual horror de odores
deste mundo indecente
VERBO COMPLEXO
amar é verbo que nunca destoa
um lindo e complexo composto
enquanto você esteja disposto
a conjugá-lo em primeira pessoa
RM DE UM "SER VICAL"
em transição crânio-cervical normal
percebe a leve artrose atlânto-axial
pelos osteófitos marginais difusos
realiza como tudo isso é confuso
ainda que fisiológica a retificação da lordose
observa artrose interfacetária com esclerose
o disco C2/C3 encontra-se bem posicionado
mas percebe o abaulamento C3/C4 acentuado
o complexo disco-osteofitário C4/C5
comprime o saco dural com afinco
há redução da amplitude dos forames neurais
de fato, são detalhes tão pequenos, estruturais
o complexo disco-osteofitário C5/C6
comprime o saco dural dele, não de vocês
com redução da amplitude dos forames neurais
e novamente, mais problemas cervicais
o complexo disco-osteofitário C6/C7
também comprime o saco dural. Muito legal!
há redução da amplitude dos forames neurais
mas, neste caso, é moderada, e nada mais
a conclusão é espondiloartrose cervical
e discopatia multissegmentar... nada mal!
O ser humano é beligerante por natureza. Tudo é uma batalha constante, por alguma coisa, e tudo é incerteza. O que muda é o nível da luta, que aumenta, conforme o interesse incrementa. E, contra nós mesmos, vivemos em luta incessante, cujo fim será a morte determinante. Lutamos para nascer, para viver e, lá no fim, para simplesmente não morrer.
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