Monólogos impactantes para treinar expressão e sentimento
Eu tenho medo da minha intuição,
É muito raro quando ela falha,
Eu lembro o tempo,
Daquele último momento,
Você deitada em meu peito,
Olhos fechados,
Sono pesado,
Era só o começo do fim,
De tudo que a gente poderia ter vivido,
Justo na segunda vez em que você pode se entregar,
Eu vi o seu coração além das suas máscaras,
Aliás, as suas várias máscaras,
Eu vi a dor de quem ás usa como escudo,
Quando você acordou me deu um beijo,
Aquilo não era natural de ti que quase não toca,
Que não demonstra sentimentos,
E aquilo significou muito para mim,
E eu chorei escondida,
Com tua cabeça no meu peito ainda adormecida,
Porque de alguma maneira eu sabia,
Que aquele seria nosso último dia.
A vontade é te vomitar,
Você ainda afeta meus órgãos mais profundos,
Como boa conhecedora da anatomia que és,
Coração e estômago,
Você levou pro saco,
Enquanto pra mim,
Nunca poderia consolidar,
Num aplicativo qualquer,
Nos braços de outro alguém quer ficar,
Hoje fecho a porta,
Da minha vida,
Do meu peito,
Da minha casa,
Você foi apenas uma mentira bem contada,
Mas, agora acabou,
O coração de Leão não existe,
Ele é só apenas um devorador dos alheios,
Desendeosou,
A máscara caiu,
E a pessoa aqui não gostou do que viu.
6:05
Tudo vem à tona,
Como uma maratona,
Que horas são essas?
Para que gosta de dormir à beça,
Penso nas mil e quatrocentas vidas,
Como seriam vividas?
Multiverso,
Eu no avesso,
Queria ter mais coragem,
Parece que comigo vivo de sacanagem,
Um saboto desse broto,
Kkk,
Vem pra cá,
Nesse bloco de notas,
Desabafar,
Conversando comigo até clarear...
Tem dias que os dias se arrastam em findar,
Tudo dói,
De dor de alma sabe?
Nada físico...
A vergonha me transpassa,
Me sinto a própria vergonha,
Falo demais,
Tropeço nas minhas próprias palavras,
Prolixa,
Na intensidade,
Me sinto em maldade,
Mesmo sabendo dentro do coração,
Que não sou assim não,
Sinto que firo,
Sem querer cometo Sincericídios,
Me acho dura com quem amo,
Me acho exagerada com pessoas que admiro que nem notam minha existência,
Tortuosa,
Cercada de más escolhas,
Escorada naquilo que me satisfaz e ao mesmo tempo me desfaz...
Desmerecida,
Desmedida,
Destempero,
Como se fosse o último dia,
E no final...
Tudo se transforma em nada,
E mais do mesmo,
Vazio,
Pó.
O facho do egocentrismo se acende,
Na era do egoísmo se prolifera,
Como cólera,
Pandemia que dizimou a tantos,
Incontáveis ignorâncias,
Na política,
No povo,
Na falta de amor ao próximo,
Relapsos,
Sem afeto,
Mesmo tendo as próprias famílias afetadas,
Num mundo comandado por dinheiro,
Falta Amor,
Falta flores no canteiro,
Falta cores,
Restam dores,
Daqueles que sofrem a ausência de quem nunca irá voltar,
Culpa,
Negligência,
O ego inflado se esparrama no mundo,
Incontido,
Como um eterno eclipse esconde a luz do sol do coração de montantes,
A guerra não está vencida,
Embora haja fadiga,
Despertar,
Amar,
Se doar,
E vamos essa guerra ganhar.
Sou tão pouco de mim o quanto poderia ser.Sou tão pouco em mim na falta do nós, eu e você. A solidão transborda mas fica na borda pois nunca conhecerá
o coração do grande oceano, o mar, parte do verbo amar.
É como a luz da penumbra que julga se erroneamente satisfeita
sem ao menos dar lhe a chance de conhecer o dia.
É o tênue olhar para os lugares distantes e não perceber que só caminha
se pelas águas ligeiro em pares,nem que seja por uma mão e um remo.
Enfim esparramar se aquoso e cultivar se sereno no mágico frescor
de ser, se perder e continuar ser.
Pois viver em pares é a justa posição e a transposição de fazer parte
que por demérito algum completa se e não mais se baste no equivoco
desgaste involuntário de se preservar e não mais sofrer.
Mas a solidão não fortalece em nada pelo contrário sensibiliza por muito
pouco. O ser solitário fica mais exposto aos fracos sentimentos, irreais e
não verdadeiros é uma falsa cura e o antigo e amargo remédio,
de só ser, nada cura, casta nos da gula e desapropria nos da
possibilidade de conhecermos ao menos uma vez a explosiva paixão
