Monólogos impactantes para treinar expressão e sentimento
Dia 34
O romance da distância,
Sem a morte da esperança,
Vívido,
Como minha palavra empenhada,
Tu me visitas em sonho,
Todos os dias,
Ou meu inconsciente me leva,
Em troco de acalmar a tua ausência,
Resiliência é a palavra,
Conseguiremos,
Inteligentes e ferozes,
Acabar com tudo aquilo que antes nos afetava,
Viver em sobriedade,
Sem sair fora da realidade,
E ter um mundo de novas e belas possibilidades,
Então, fique à vontade,
Tome seu tempo,
Que seja nosso amigo,
Trazendo-nos de volta à dançar.
Dia 35
A saudade vem até de você me desenhando,
Ensinando à fazer contas complexas,
Bem distantes no meu planeta cérebro,
Em que eu aprendi à 1000 anos atrás,
Tenho a sorte de ter saudade de ti,
Porque se saudade não sentisse,
Significaria nunca ter te conhecido,
E disso não me arrependo,
Sinto sua falta,
Me arrependo de não ter feito mais,
Não ter sido mais,
Gostaria de poder ter resolvido tanta coisa,
Gostaria de ainda ter a oportunidade de ficar,
Ser sua e tu minha,
Continuar o que mal começamos,
Executar inúmeros planos,
Vamos...
Relógio parado,
Tempo, relativo,
Status: Te esperando voltar.
Máscaras e Verdades.
São poucos,
E morrem aos poucos os que são de verdade,
Mostram sua cara,
Não se travestem de máscaras,
Escancaradamente mórbidas,
No silencioso grito de suas palavras tortas,
Quase cantam,
Canto envolvente da sereia...
Pé na areia,
Mãos no chão,
Joga o cisco no vento que coça como um cão,
Ladra,
Não morde,
Morte,
Boa sorte para o karma em você,
Nesse mundo de máscaras,
Você mesma sabe,
Nada se faz sem querer.
Mileuma e Nenhuma.
Eu, já fui eu mesma,
Em centenas de pedaços de vezes,
Como porcelana quebrada,
Refeita em mosaicos,
Pronta a me reconstruir,
Mais de cem,
Menos de mil,
Mais de mim,
Talvez um pouco menos viril,
Mas, num tempo,
Nem um pouco vil.
Sigo calada em esperança,
Da boca cerrada,
Um concerto para a alma,
Um afago para a mente.
Mais um ciclo fechado.
18/06/2025.
Almas Gêmeas
A minha irmã querida,
Que amo além da vida,
Não de sangue,
Mas, se precisar te dou o meu,
Te amo mais que a vida,
Minha irmã querida,
Meus dias todos contigo,
São sempre mais floridos,
E até nos dias nublados ou frios,
Ou quando olhando para o lado,
Só o vento e calafrios,
Você sempre esteve lá,
Seja,
Para rir,
Seja,
Para me salvar..
Te amo amiga que hoje chamo de irmã,
Porque foi-se o tempo que esse tempo passou,
É eterno,
Tão eterno como sou, é e somos.
Palhaçada
É como o tempo passa,
Outrora,
Emo,
Que sou (confesso),
Usando MSN e Orkut,
Ouvindo Fresno (ainda escuto),
Sofrendo em lágrimas e dores,
De amores que nunca existiram,
Banal?
Não,
Mas, é incrível lembrar de como era a tal!
Não de "me achar",
Nunca fui isso,
Mas, de arcar com as responsabilidades da vida,
Até um pouco egoísta na época,
Achando que trabalho enriquece,
Mas, quem adoeceu com o tempo foi a alma,
Com calma,
A maturidade tomou conta,
E a conta?
Sim,
Chegou, veio com força,
Recuperando o que é bom,
Sanando o que não,
Firme com a firmeza de prego que se move na areia,
Num mundo líquido onde as certezas da vida se tornam incertezas,
Amores, desamores,
E rumores em verdade inconcreta.
Passa um pano para o tempo passar...
O passado é o que o nome diz,
Use-o como um livro,
Experiências são preciosas,
Nem sempre o livro é um romance,
Às vezes rola um drama,
Uma comédia,
E tem até aqueles de ficção científica ou terror barato de sangue que espirra em pó,
A decisão é sua de como usar em seu favor,
Conhecimento ou dor?
Guarde-os na prateleira da vida,
Releia os seus capítulos favoritos,
O que não te serve, deixa lá,
No canto empoeirado,
Onde nem espanador se arrisca chegar,
Deixe as traças da superação com ele acabar,
E siga alerta,
Vivo,
Nada contido,
De tanto ler,
Que agora escreve seus livros.
Fagulha.
Uma fagulha,
Cai do teto,
O fogo do silêncio que consome no ócio,
Não apagou,
Na força do pensamento que não compensa a lembrança,
E o sufoco?
É uma pedra na janela,
Quebrou, sem eu lançar,
Mas, quem foi?
Também não pude alcançar,
Logo agora que só sei voar,
Olhar,
Atento,
A dentro,
No lindo concerto intrínseco que ninguém ouviu.
Entre espirais e vinhos antigos
No traço do tempo que escorre na pele,
Uma mulher de tempestade nos olhos,
Cabelo colorido,
Tanto quanto a alma,
Dança com as nuvens,
como quem carrega o caos,
E o colo do universo ao mesmo tempo,
Na lente dos óculos,
Galáxias se refletem no espelho de mim,
Onde só almas velhas conseguem se encontrar,
A boca se fecha, mas grita,
Num silêncio de quem já viveu mil recomeços,
Vinho aguado estraga,
Mas, minhas veias tânicas,
Não oxidam de qualquer ar,
Uma taça sagrada repousa,
No centro peito,
Do universo que escorrem relógios,
O tempo que não prende,
Agora, antes, sempre,
Criada tua própria mitologia,
Tatuaste com deusas,
Numa fé que só os que ardem entendem,
Espero, mas vôo,
Fico, mas, transcendo,
Viver é arte.,
A arte é rito,
E nesse quadro pintado com óleo,
Horas em sorrisos, horas em dor,
Bebe-se o mundo em goles de luz,
A viajante entre dois mundos ou mais,
Que aprendeu a ser casa para si mesma.
Borderline
Eu achava que sentia demais,
Abruptamente tudo era o máximo e na sequência tudo era o mínimo,
Sobrevivência?
Sumia no tempo do meu espaço que era escasso,
Em mim,
O que para os outros era sobra,
Era minha própria falta,
Me enfrentei, muitas vezes e já sem paciência,
Tentando me encaixar num mundo de caixa,
Que o jeito era de agradar a outrem,
Onde o pensamento do outro me chegava com força tamanha,
A ponto de mexer as entranhas,
Hoje respiro,
Não lido mais com isso,
Sou abrigo ainda frio,
Recuperado e restaurado em mim mesma,
Em meio a tanto clamor de rancor e ódio,
Sou inteira e o Universo se encarrega,
Nunca fiz parte do vago,
Estrago?
Nunca fiz mal de caso pensado,
E tudo isso se torna justificado,
Em contrapartida,
Pessoas levando o nome de "psico" envolvidas,
Bloqueando as saídas,
Ainda falando mal de mim no labirinto da vida,
Ainda assim, aguentei muito tempo,
Gritando no meio do silêncio,
Cercada de pessoas como se eu fosse uma ilha,
E elas, o mar que afoga,
Apitando,
Feito chaleira?
Não feito panela de pressão pronta a explodir,
E explodiu,
Foi assim que a ciência veio como redenção.
Veio com nome e com cura.
Não era carência,
Era dor não nomeada,
E agora, com nome, eu vejo.
Mas, eu é que não quero mais quem não sabe estar,
Não me demoro no vago,
Quem não sabe acolher a dor do outro sem julgamento só lamento,
Sei que ninguém é perfeito,
Mas, agora me contento em ser meu alento.
Letícia Del Rio.
*Todos os direitos reservados*
Sou tão pouco de mim o quanto poderia ser.Sou tão pouco em mim na falta do nós, eu e você. A solidão transborda mas fica na borda pois nunca conhecerá
o coração do grande oceano, o mar, parte do verbo amar.
É como a luz da penumbra que julga se erroneamente satisfeita
sem ao menos dar lhe a chance de conhecer o dia.
É o tênue olhar para os lugares distantes e não perceber que só caminha
se pelas águas ligeiro em pares,nem que seja por uma mão e um remo.
Enfim esparramar se aquoso e cultivar se sereno no mágico frescor
de ser, se perder e continuar ser.
Pois viver em pares é a justa posição e a transposição de fazer parte
que por demérito algum completa se e não mais se baste no equivoco
desgaste involuntário de se preservar e não mais sofrer.
Mas a solidão não fortalece em nada pelo contrário sensibiliza por muito
pouco. O ser solitário fica mais exposto aos fracos sentimentos, irreais e
não verdadeiros é uma falsa cura e o antigo e amargo remédio,
de só ser, nada cura, casta nos da gula e desapropria nos da
possibilidade de conhecermos ao menos uma vez a explosiva paixão
Na garupa do acaso
Subi na garupa do riso,
Com o vento no rosto e a sorte no abraço,
Pequeninas nós duas,
Mas cabemos no mundo inteiro,
Fomos de stand-up ao improviso,
Um brinde entre goles,
E planos disfarçados de acaso,
Quase um sussurro na direção do destino,
Me levou pra casa,
Como quem abre delicadamente a porta do peito,
Entre vinhos e pinhões,
Eu vi a paz no calor dos olhos dela,
A noite era feita de toques leves e peles coladas,
Dos suspiros que se entendem no escuro,
Do amanhecer com seu gato abrindo a janela,
Teve café com mãos de barista e alma de abrigo,
Teve pãozinho gostoso com tofu cremoso,
Teve tempero,
Nós aromas que não só os alimentos exalam,
Cheiro de início no pescoço,
Gosto de quero mais no céu da boca,
Com uma vontade louca,
De compartilhar de ter esse encanto a encantar.
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