Moça
Sou vítima do amor...
Desde que fiquei moça o danado nunca mais largou-me os passos.
Ele sempre está presente, sempre em versos diferentes.
"MOÇA-MACHÊ"
"A primariedade da sua cor a faz singular
Dela se faz tantas outras, que a levam no ar
Tão doce e tão meiga, envolve quem passa
Não há quem, um dia, a viu cabisbaixa
De traços tão leves, desenhos perfeitos
Um simples contexto de tantos efeitos
Carrega virtude tão rica e profunda
Sorriso sincero que a alma inunda
Expressa com os olhos que a vida é bela
Exala um perfume de rosa amarela
Se nas minhas mãos a pudesse fazer
Usaria os encantos do papel machê".
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Moça consegue ver, olhe minhas mãos, elas não transcrevem o sinto.
Elas emolduram minha dor com algum rosto desconhecido, mudam meu nome.
Colocam-me como poeta, e justificam a fraqueza por questões de amor.
Mas moça, eu admito a fraqueza, não me interprete mal.
Eu não quero me esconder, não quero criar eu-líricos absurdos para enfeitar minha dor.
Um certo dia eu vi uma moça linda em um jardim, que me fez brilhar os olhos... certo tempo depois me encontrei aos melhores beijos molhado, com gostinho de felicidade no ar... e acordei agora lembrando que tudo isso foi infelismente apenas um sonho que passou na minha realidade...
Não, moça, não me pergunte como, você sabe muito bem que não se deve, nem tentar, entender o que o coração faz.
Moça Linda
De péle clara e macia,
Pétala de rosas.
Onde minhas mãos tão ásperas e bruscas,
Procuram tocar.
Olhos azuis,
Brilhantes estrelas,
Noite de verão.
Cabelos Negros,
Jeito de menina,
Corpo de mulher.
Combinação perfeita
Quero te possuir
Envolvê-la nos meus braços
Sentir o perfume da tua pele
Tua respiração ofegante
Teu coração acelerado
Teus lábios macios a me tocar
Viver esse lindo sonho
Sem querer acordar.
Lembro-me do passado, menina séria, mas ainda menina...
Lembro-me do passado, menina moça, mas ainda menina...
Lembro-me de hj, mulher, mas ainda menina...
Tudo me lembro, não com tristeza, mas com a certeza de que em todas...
Sempre menina, mas nunca imatura...
Moça linda,
Uma vez, há muito tempo, eu li um verso de um poeta chileno que dizia assim: Irias a ser muda que Díos te dio esos ojos?. Pois o tempo passou e este verso ficou guardado no meu subconciente até ser resgatado hoje, quando o meu olhar cruzou com o seu pela primeira vez.
Moça linda e de olhar penetrante, será que você consegue enxergar a balbúrdia que estas suas expressivas pupilas instalaram no meu coração? Não sei quando eu te verei de novo, afinal não é sempre que surge uma festa em casa de amigos comuns ou mesmo eventos que coincidam com nossas agendas e nossos gostos pessoais.
De qualquer maneira, gostaria muito de encontrar com você outra vez e, de preferência, o mais breve possível. Quem sabe, então, eu lhe entregue pessoalmente um poema do Vinícius que tem um versinho assim: A minha namorada é tão bonita, tem olhos como besourinhos do céu. Sabe que teus olhos são bonitos como besourinhos do céu? Pois são!
Olhos de lince
Essa moça que vê pelos olhos de me sentir…
Essa moça que vê sente pelos olhos de me querer….
Essa moça que me vê de longe….
Mas, que me sente de perto…
Essa moça de olhos de lince…
Que olha através do tempo e do espaço…
Que vê além do meu olhar…
Que me encanta enquanto me desarma…
Com palavras de me amar..
De me ter e se dar para mim …
Ri menina e me caça felina..
Me enlaça nos teus braços …
Me prende com suas garras…
Essa moça dos olhos de lince…
A Moça e o Quarto.
-
A moça saberia a história de todos os livros na estante de cor de tantas as vezes que leu.
Saberia a grade da programação da TV e também a do cinema.
Vinte quatro horas para ela pareciam trezentos e sessenta e cinco dias em um só, sozinha inventava histórias narrando aos seus próprios ouvidos para distrair.
Só olhava para fora da janela quando ouvia a chuva, nesta hora lembrava-se de Rapunzel com suas tranças e sentia o estomago arder de tristeza, seu cabelo era curto demais pensava.
O final de semana parecia segundas-feiras e as segundas-feiras eram sempre piores, só não piores que o domingo.
Viajava pelo mundo pela tela do computador e adora visitar aquele café em Londres na Rua Westminster sem sair do quarto, podia até sentir o cheiro de café fresco.
E assim passavam os dias sem passar, um dia após o outro sem mesmo saber em qual deles estaria.
Farta de tudo isso a moça resolver fazer algo de diferente, apimentar um pouco seus dias, mudar a rota do relógio que só girava, girava e não levava a lugar algum.
Escreveu uma carta, praticou uma caligrafia diferente para que não soubessem que somente ela estivera ali, na carta havia ameaças e um pedido de resgate, era um auto-sequestro. Colocou algumas roupas na mochila apressada e forçou o batente da porta para que parecesse uma invasão, deixou a carta na mesa da cozinha e se foi em sentido ao centro da cidade. Lá procurou um hotel barato para ficar e instalou-se.
Alguns dias se passaram e a moça não recebeu sequer um telefonema no número de telefone que havia deixado na carta, nenhuma noticia na TV, nem nas rádios e nem na internet. Passaram-se mais alguns dias e já faziam quase um mês do seu desaparecimento e nada, apenas uma mensagem da operadora do celular novo dando as boas vindas.
Muito mais triste do que antes a moça resolveu ligar para a policia e denunciar seu auto-sequestro se passando por outra pessoa, uma que estivesse preocupada com sua situação, discou os números e no primeiro toque desligou o telefone.
De que iria adiantar? Mesmo que a achassem não teria ninguém esperando do lado de fora do hotel barato, nem ao menos um colo para chorar e contar sua história.
Voltou para sua casa.
Bento.
As coisas do mundo
Cantar...
A musica,
Ao amor,
A moça,
A melodia.
Cantar na manhã de todo dia.
Dançar...
Comigo,
Com ele,
Sozinha...
Para eu,
Pra você,
Pra lua...
Chorar...
A tristeza,
Agonia,
A alegria,
Dor, ódio,
Pra vida,
A perda,
A despedia.
Viajar...
Por ai,
Pra lá.
Pra outro mundo,
Pro lado de casa,
Pelos sonhos...
Viajar pelos meus obscuros
Amar...
As coisas do mundo,
O tempo,
A mim,
A você,
Ele.
O distante,
O amigo,
O próximo
O infinito.
Aquilo que desconheço,
E aquilo que mereço.
Amar a todos,
Amar a vida...
E a deus agradeço
Menina cresceu
Sentimento de dor, aperto na alma, menina que sofre porque já virou moça, e não é mais criança. Bonecas no lixo, livros na cama, inocência de criança a deixou foi embora. Sapatinhos de bonequinha agora são plataforma; unhas pequenas que viviam borradas, agora são unhas vermelhas, que arranham na cama. Aqueles olhos pequenos, que não enxergavam tudo, deram passagem aos que só olham pró-futuro.
Responsabilidade a perturba, de tal forma que ela senta na calçada e chora, chora.
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem ao certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
A moça
A vida está nas mãos
Te quem sabe dar valor
O coração com a emoção
Amar e sofrer
Pra moça me querer
Água que desce montanhas
Em perfeita harmonia
Ficando linda e bela
ROSAS DO CAMINHO
Eeu dei para a moça que trabalha no banco
Uma rosa de oito pontas.
Era uma rosa singela, tirada de um jardim
No caminho da agência bancária
Ela que andava esquecida de mim,
Com os olhos mais displicentes,
Que tivera antes sobre mim, mais atentos,
Um abrigo, para os meus olhos tão buliçosos.
E por este gesto senti que ela ficou
De vez por outra me notado.
Olhando a mim e a rosa.
Ela não tinha lugar para colocar a rosa,
E eu sugeri seu cabelo
Ela disse que não, que estava em serviço.
Ai meu coração falou: é isso, é isso,
Sugeri que ela a pusesse no decote.
Pior ainda.
Ela sorriu a fechou na mão e disse
Vou mergulhá-lo na água enquanto espera
Eu chegar em casa.
Tenho um vaso esperando por ela,
No criado mudo ao lado de minha cama,
É um vasinho, onde antes de dormir
Faço dormir o meu coração.
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naeno*comreservas
Em seu coração, um buraco, linda moça; olhos castanhos.
Vive no escuro, um túnel sem fim; mas uma luz está por vir, e se vir.
E sempre vem, mas se apaga no primeiro ou segundo tropeço; maldita hipocrisia e ilusão, imensa devastação.
Tristeza, a parasita da alma; mas há um remédio permanente, o amor verdadeiro, maior obreiro, que edifica e dá força à um barco sem remo.
