Minha Sede de Viver e uma Ameaca Atomica

O homem caminha constantemente de uma dor para outra.

É um argumento dos aristocratas, esse dos crimes que uma revolução implica. Eles esquecem-se sempre dos que se cometiam em silêncio antes da revolução.

A vida parece uma doença porque avança por crises e deterioração progressiva e tem melhoras e agravamentos quotidianos. Porém, ao contrário das outras doenças, a vida é sempre mortal. Não admite tratamento.

Quando uma obra parece avançada para a sua época, é simplesmente porque a sua época está atrasada em relação a ela.

Se não fosse a imaginação, o homem seria tão feliz nos braços de uma criada quanto nos de uma duquesa.

Uma coisa interessante na vida é que se nos recusarmos a aceitar algo que não seja o melhor, na maior parte dos casos conseguimos mesmo esse objetivo.

O aborrecimento é uma das faces da morte.

A vida não é comprida nem é curta: ela tem uma duração própria.

Para todos os ofícios, exceto o de censor, é indispensável uma aprendizagem: os críticos fazem-se antecipadamente.

Esta é a essência da ciência: faça uma pergunta impertinente e cairá no caminho da resposta pertinente.

Muitos pensam que ter talento é sorte; não vem à mente de ninguém que a sorte pode ser uma questão de talento.

A ação é uma loucura passageira.

O mundo muda constantemente, e, na Natureza, / ser constante seria uma inconstância.

O amor é a única paixão que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

Rosto no vidro
uma criança eterna
olha o vazio

Aprendendo com a experiência de uma derrota, na verdade, você não perde.

Não pode haver uma totalidade da comunicação. Com efeito, a comunicação seria a verdade se ela fosse total.

Todos os homens fecundos da natureza se desenvolvem de uma maneira egoísta; o altruísmo humano, que não é egoísta, é estéril.

Há no mundo uma conjura geral e permanente contra duas coisas, a poesia e a liberdade; as pessoas de gosto encarregam-se de exterminar uma, tal como os agentes da ordem de perseguir a outra.

Talvez ninguém possa ser poeta, ou mesmo apreciar a poesia, sem uma certa perversão da mente.