Minha Amiga Brigou Comigo
Minha sina... meu destino
Sôfrega de esperança.
Impaciente, inquieta...
enfrento o mundo.
Anoitece. Enoita...
Ajoelho-me
Faço minha prece.
Às vezes tenho a impressão de que, de quando em quando, Deus de mim se esquece.
Olvida-se de que cá estou...
Sem chão... sem Norte... sem direção.
E que de se esquecer se acostumou.
O frio gela meus ossos.
O sangue flui vagarosamente... tentando romper barreiras...
Furando obstáculos... por entre minhas veias se esgueira.
O desespero e a desesperança parecem tomar conta de tudo em mim.
Sono picado...
Acordo tão cansada.
Desesperação: tenho de continuar.
Abro vagarosamente a cortina.
Vejo o sol pela janela sorrateiramente se esgueirar.
Ávida de esperança, me armo.
Sôfrega de expectativa
Continuar a continuar... eis minha sina.
Caminhar e caminhar... sei que a vida ensina.
Estou triste, minh’alma chora...
Hoje vou te dizer o que sinto
Coração magoado, abandonado
Pela mentira que me fez absinto
O dolo que se fez amargurado
Deixo as lágrimas correrem
Lembrando os beijos, a paixão
Que agora fazem-me abaterem
No gosto salgado da desilusão
Sinto no peito a dor a apertar
Na saudade o sonho a lamentar
Na melancolia o adeus desabafar
No desrespeito a traição falar
Doeu... Dói... Está a doer
É o amor que está a morrer
São os planos a ir embora.
Estou triste, min’alma chora.
(Nada é pior para uma alma que tornar triste a outra alma.)
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 de setembro de 2009, 05’08” – Rio de Janeiro
A MINHA SORTE
Quis Deus dar-me a sorte dum amor amado
Como o pôr do sol no cerrado, pura poesia
Dar-me uma cumplicidade, ser apaixonado
Um bailado de emoção em boa companhia
Quis Deus dar ao fado fortuna e empatia
Com sensação ardente e olhar enamorado
No prazer ter a sede com volúpia e ousadia
Incrível, como é bom ter o afeto povoado!
Quis Deus mimar-me com áurea dourada
Da satisfação, e então, a graça encantada
Dos carinhos e dos beijos que eu sonhei!
Anda! Depressa! Onde? Eu posso embalar?
Nada mais se esconde, no vão, quero amar
E suspirar o viril sentimento que encontrei!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
27/11/2020, 20’01” – Triângulo Mineiro
DE MINHA MANEIRA
De que maneira eu poeto? Singular eu dizer
Eu poeto em graus de emoção e de atitude
Onde a alma alcança o amor em plenitude
No limite da inspiração, que o ocaso prover
Eu poeto na tensa solidão, na nímia quietude
Desde a lágrima na dor ou na alegria do viver
Eu poeto livremente, sem leis e sem o poder
Eu poeto com sensação, e uma ímpar virtude
Eu poeto com o olhar dos vários encantos
Com o sonho pueril, que está na alma forte
Tingindo a palidez dos desmaiados recantos
Eu poeto com paixão, suspiros, aquele porte
E se “Brágui” o quiser, inspirando nos tantos
Poetar-me-ei, também, após minha morte!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 12, 2021, 14’36” – Araguari, MG
A MINHA MORTE
Eu quero, quando me for, ser enterrado
ao pé da saudade de tempos de outrora
que tinha poética de verso apaixonado
aí, então, possa ter uma festiva aurora
Há de cantar galardão a um cavalheiro
de quem o amor cantou no seu existir
valei um amador de um amor inteiro
imutável sensação, o coração a sentir
E a dor não há de lá ir, só sentimento
e que serena melodia venha me velar
sem aperto, choro, suspiro e lamento
E, assim, então, com a poesia minha
está, o adeus possa a casta encontrar
e lá a prosa não mais perecer sozinha....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/09/2021, 09’58” – Araguari, MG
A MINHA SAUDADE
A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes
Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão
A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade
Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG
MINHA POESIA
A minha poesia já não é mais triste
Que chorava as agruras de outrora
Pois no meu verso a ventura existe
E o agrado, mora na estrofe, agora
Cada versar de dor, outro arrojado
Apagando as sensações sangradas
Não mais quero verso abandonado
Que sejam as emoções iluminadas
Em muitas prosas sozinho versei
Numa cena em vão, triste cenário
Porém, outra poética ao verso dei
E deste modo rompe nova fantasia
E todo o amor de antes, necessário
Aqui se encontra na minha poesia...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Setembro 30/2021, 13’50” – Araguari, MG
MINHA TERRA
Minha cidade, um cromo mineiro
Ruas largas, a Matriz, árido chão
Maritacas na praça, povo faceiro
Pasmaceira, tudo calmo, ramerrão
Curicacão em bando no ar, ligeiro
Os sonhos além duma porteira, vão
O tempo no seu tempo corriqueiro
E o passado descascado no casarão
No alto da planície, cerrado e serra
Araguari, das Gerais, a minha terra
Altaneira, hospitaleira, bela cidade
Cada canto um encanto de sensação
Do meu peito canta numa só emoção
Já ida a mocidade, aboio de saudade!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 dezembro, 2021 – Araguari, MG
Havia na minha poesia
Havia na minha poesia, um entrave
Aquela sensação velada de tristeza
Verso com aflição em um tom grave
Imergido duma perfídia e sua vileza
Havia na minha poesia, tal lealdade
A um sentimento cheio de aspereza
Um queimor, um ato de banalidade
Que fere a emoção, sem delicadeza
Havia! E não mais imerso nos versos
Um não sei quê de agrados diversos
Me fez poetar a leveza duma pureza:
De outro encanto, outro e outro tanto
Enamorado, só Deus sabe por quanto
Deixando o cântico com casta certeza.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/11/2023, 20"55" – Araguari, MG
“Pelas lembranças de minha mãe e pelas mães que não tiveram tempo de conviver com seus filhos “desaparecidos” nas sombras de um tempo de medo”...
( Glaucio Teixeira Brandão)
Outubro de 2018
Há muito tempo de pouco tempo sem assistir à tantos gritos de intolerância, ódio e indiferenças banhando o oceano de nossas existências ...
Com a alma assustada pelas lembranças congeladas trazidas pela maré que se abate sobre nós ...
Ressurgiu em mim seus doces temerosos olhos azuis marejados de lágrimas incontidas, ao descrever as cenas daquele 31 de março de 64, quando você professora primária viera de Ourânia para tomar posse no Caio Martins .
Hoje eu entendo sem compreender mãe! Não
Era uma lembrança colorida ..O filme passa em preto e branco na velocidade das teclas que insistem velozmente em noticiar o caos e a espalhar o vírus da diferença entre iguais.
Que frio de alma! Me dá sua mão...Que bom que o apagador que outrora usaste lhe poupa hoje de ter consciência dessa irracionalidade insana.
Agora estou eu aqui em tempos de tristezas e incertezas embebidas em décadas de lágrimas, sombras e resistência.
Sinto o seu medo agora!
Mas em pouco tempo de segundos recorro à arma mais importante que herdei de você e de meu pai ....
Uma educação libertadora que me faz ter uma coragem inabalável para lutar por um país livre.. E não nos deixar calar a voz!!
eu me sentava e escutava histórias de amor de todos, e eu ficava pensando comigo mesmo: “Onde está a minha?” é*
POEMA DA DECEPÇÃO
Quando não sente comigo
Surge uma fagulha
Que acende a chama
E que causa a dor.
Toda dor é a culpa,
Toda culpa é morte.
Minha morte é amor.
Quero alguém para que eu possa cuidar. E curtir comigo todos os dias que estivermos juntos. Deixar fluir, e o que tiver que ser, acontecerá.
adoro ficar só comigo mesmo, longe desse mundo covarde, cheio de pessoas falsas capazes de pisa em qualquer ser, pra se dá bem,sei que é quase impossível existir pessoas boas hoje em dia, ou melhor os ruins são maioria, o mundo é covarde. Melhore pessoas, coloquem amor no seus corações. Porque hoje só vejo ódio.
Odeio quando você é frio comigo. Odeio seu jeito convencido e exibido. Odeio quando fala de outras meninas para mim. Odeio quando você se acha melhor do os outros. Odeio quando está triste, odeio te ver triste. Odeio suas piadas irônicas. Odeio como fala comigo, e os apelidos ridículos que você coloca em mim. Odeio o fato de não perceber que o que faz às vezes é ridículo. Odeio quando não está por perto, e o fato de não falar comigo. Odeio como quase sempre está certo. Odeio como você me canta. Odeio como você me faz sentir apaixonada por você. Odeio o fato de todos meus amigos te adoram. Odeio quando me sinto tentada a dizer o que sinto por você. Odeio quando você diz que me ama, pois sei que não é verdade. Odeio saber milhões de garotas o amam. Odeio saber que também te amo, da forma mais louca, normal, tranqüila e desesperada.
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