Meu Amor Viajou
Dois Completos
Ela era riso, era vento, era grito, ninguém via além do jeito esquisito.
Menina sonhadora, alma exagerada, feia diziam... só mais uma engraçada.
Vivendo entre tentativas e rejeição, adolescente em busca de aceitação.
Até que um dia, como quem não quer, ele apareceu... em frente à casa, de bicicleta.
Não disse nada, só um sorriso calado, os dias passaram, o silêncio, aliado.
Ela esperava, o coração em festa, mas ele, quieto, "tímido" e como quem ainda não correspondia nada.
Foi na sala, com Djavan no ar, que ela tentou o amor declarar; 1⁰ ela colocou "Oceano", mas ele não entendeu, coitado, ela pôs " Fato consumado", queria apenas ser beijada.
Ela o beijou, ele saiu, e em palavras desdenhou: "Era isso que você queria me falar ?" Ele se foi... ela sem ação, foi a procura dele no mesmo instante...
...Uma pedra jogada, num gesto sem nexo dela , e ele? Seguiu ainda mais perplexo, sem entender.
Mas o coração é bicho sem juízo, ele apaixonou-se assim, sem aviso.
Dois loucos, crescendo em confusão, mas firmes, de mãos dadas na contramão.
O tempo passou, fez deles maduros, superaram medos, encararam futuros.
Os filhos não vieram, mas o amor ficou, e como família, a vida os moldou.
São dois, mas vivem como um só ser, completos, imperfeitos, só pra se entender.
Entre lágrimas, risos, noites em claro, apoiam-se no tudo, até no raro.
Não são metades, são inteiros, sim, amam-se no caos, no começo, no meio e no fim.
Ela: " A boneca doida"
Ele: " O boboyo" Eternos apaixonados.
Porque o amor, quando é de verdade, não precisa de molde ou de metade.
Basta ser dois, com alma e defeitos, dois corações batendo do jeito perfeito de cada um , em prol de um amor que não idealiza, mas é realista.
Poesia de um beijo
Seus olhos fixos nos meus
Sua mão na minha , e derrepente
Seus lábios encostados no meus
O coração acelerado a mais de mil
O gosto da sua boca na minha
A lua e as estrelas como testemunha
E o vento ao redor dançando e celebrando
O nosso amor
A nossa história parece trágica.
Adoraria não ser atropelada por um caminhão quando você passa
"Estar embaixo é melhor", eu acho
Eu espero ele sair, o semáforo se abrir
O quê são minutos parecem horas,
a única coisa que resta é o meu batimento acelerado e meu rosto corado
Parece uma tortura estar aqui, mas quem está, sabe que não quer sair
Não posso rir, nem chorar
Muito menos gritar
A única coisa que resta é esperar
Fechar os olhos, enquanto imploro: "venha aqui embaixo me encontrar".
Namorados no mirante
Eles eram mais antigos que o silêncio
A perscrutar-se intimamente os sonhos
Tal como duas súbitas estátuas
Em que apenas o olhar restasse humano.
Qualquer toque, por certo, desfaria
Os seus corpos sem tempo em pura cinza.
Remontavam às origens – a realidade
Neles se fez, de substância, imagem.
Dela a face era fria, a que o desejo
Como um hictus, houvesse adormecido
Dele apenas restava o eterno grito
Da espécie – tudo mais tinha morrido.
Caíam lentamente na voragem
Como duas estrelas que gravitam
Juntas para, depois, num grande abraço
Rolarem pelo espaço e se perderem
Transformadas no magma incandescente
Que milênios mais tarde explode em amor
E da matéria reproduz o tempo
Nas galáxias da vida no infinito.
Eles eram mais antigos que o silêncio...
"É fácil confundir inveja com admiração, porém a inveja acompanha a antipatia e o desafeto, enquanto a admiração antecede o amor "
O Bolo de Coco e os Dias da Semana
Por Diane Leite
Ainda deitada, com o corpo entregue ao travesseiro e a mente girando devagar,
ouvi a cena como quem assiste a um filme sussurrado pela casa.
Era manhã de domingo.
E por coincidência — ou delicadeza do destino —,
também era dia primeiro.
O bolo era meu.
Mas deixei meu filho de sete anos pegar.
Ele queria dividir com o irmão de vinte e um.
Só que o mais velho já tinha comido outro doce,
e eu disse:
“Come sozinho, meu amor. Esse é todo seu.”
E foi aí que a vida virou roteiro.
“Eu acho que eu não gosto tanto assim de bolo de coco…”
disse ele, pensativo, como quem descobre que cresceu um centímetro por dentro.
O irmão, curioso, perguntou:
“Mas que nota você deu?”
“Sete.”
“Por quê?”
“Porque hoje eu não tô gostando muito de coco.”
E o mais velho, com aquela sabedoria prática que só os irmãos mais velhos têm:
“Ah… é que você gosta de bolo de coco de segunda a quarta.
De quinta a domingo, você já não gosta tanto.”
Era domingo.
E eu sorri.
Porque entre uma mordida e uma conversa,
eles me deram a melhor metáfora para começar o mês:
— Tudo que é nosso pode ser ofertado.
— Tudo que sentimos pode mudar.
— E tudo que muda pode ser recomeço.
Na simplicidade de um bolo dividido,
aprendi de novo que o amor mora nos detalhes.
Que a escuta silenciosa é presença.
E que ser mãe é isso:
testemunhar o mundo sendo redesenhado todos os dias pelas palavras dos nossos filhos.
Às vezes, o bolo de coco é só bolo.
Mas às vezes,
ele é tudo que precisamos para lembrar
que até o amor tem gosto diferente dependendo do dia —
e tá tudo bem.
Porque amar também é isso:
respeitar o paladar emocional do outro,
e ainda assim, continuar oferecendo o melhor pedaço.
Há em mim uma luz guia no mistério que pulsa entre mundos. Minha alma — silenciosa — me conduz entre os véus do sentir e do saber. Como chama sutil, etérea, eterna. Que ascende no silêncio e aquece tudo o que sou. É dela que brotam os sentimentos que me elevam, os pensamentos que me enlaçam em reflexões profundas, nutridas da dança entre o amor e a compaixão.
Nas dualidades que me habitam, há força e doçura, sombra e luz, e mesmo quando o mundo silencia, ela me fala — sem palavras. Ouço sem que se diga, vejo o invisível que mora nas entrelinhas do real. Porque a alma não precisa de olhos para enxergar nem de voz para dizer. É o sentido através do sentir que move, transforma, transcende.
Ela me leva para dentro — onde os mistérios do mundo se desvelam, não fora, mas no centro do meu ser. E quanto mais mergulho, mais me reconheço. Sou feita dessa chama que a razão procura, mas que só a alma alcança. Sou estrada e viajante, sou silêncio que fala, sou mente que se lembra e relembra do caminho interno.
E neste lembrar-me de mim, descubro que o universo é menos fora, mais dentro. E que, em mim, tudo já é.
Eu SOUL ♥︎
O mundo não precisa de mais celebridades milionárias; precisa de corações bilionários em empatia e compaixão.
Dois corpos que carregam histórias, cicatrizes, vitórias. Dois sorrisos que não estão ali por acaso, mas porque já entenderam que a vida é feita de presença, de troca real, de construir junto, mesmo quando o mundo exige silêncio.
A luz que os envolve não é efeito: é o reflexo de quem se permite sentir, confiar e permanecer.
É sobre encontrar paz num olhar e força num toque.
É sobre estar onde faz sentido — com quem faz sentido.
Porque quando há conexão de verdade… o resto desaparece.
Norma é o norte que aponta o começo,
É base firme, é chão que sustenta o acesso.
Sem ela, o passo se perde no espaço,
Com ela, o gesto se alinha com o traço.
É a regra interna, o código da alma,
Que traduz o propósito e acalma.
Não é prisão, é trilho de escolha,
É guia do sábio, é voz que acolha.
Norma é clareza no meio do ruído,
É direção sem que haja alarido.
Quem casa com ela, planta estrutura,
Colhe excelência com alma e ternura.
Constância é o compasso da alma que insiste,
É força serena que nunca desiste.
Ela levanta quando tudo fraqueja,
É chama acesa que o tempo não apaga ou despreza.
É ritmo firme, sem pressa ou demora,
É presença diária que nunca vai embora.
Constância é o elo entre o sonho e a ação,
É quem constrói castelos com o tijolo da repetição.
Não grita, não salta, apenas permanece,
E no silêncio, tudo ela tece.
É no gesto que se repete com fé e razão,
Que se ergue a ponte para a superação.
COMO É DIFÍCIL...
Como é difícil me afastar,
quando tudo em mim, ainda quer ficar.
Como é difícil desistir,
quando meu coração ainda sussurra: insiste!
Como é difícil soltar a última esperança,
aquela que a gente guarda bem escondida, sabe?
Como se fosse possível salvar um futuro
que você nunca, nem quis.
Como é difícil fazer o que precisa,
quando o que eu gostaria era simplesmente, viver.
Estar contigo. Amar você.
Mesmo que só eu estivesse inteira nisso.
Como é difícil aceitar que,
a presença sem entrega, é ausência disfarçada.
E que acolhimento sem intenção de ficar,
é só mais um jeito bonito de me abandonar devagar.
Eu não queria partir,
mas precisei.
Porque antes de te amar, eu precisei me amar o suficiente pra entender que,
eu não caibo nos teus limites.
O meu caminho eu sigo,
e a ti desejo, amor.
Porque apesar do silêncio que carrega no peito,
há em você uma alma sedenta por amar sem medo.
Há lugares lindos
a tua espera,
Mas só chegará lá quando não temeres,
a tua própria intensidade.
E quando esse dia chegar,
que saiba reconhecer o milagre de sentir,
sem precisar se esconder.
Ah, como é difícil...
Eu particularmente não busco a devolução dobrada da vida, de todo bem que pratico... não acredito em contabilidade divina, Faço o bem a qualquer ser vivente que contemporaneamente vive comigo ou a minha volta neste momento e dimensão. Meu espirito imperfeito por estas ínfimas ações beneficentes se rejubila e com sorte se transforma em direção da luz, do justo e perfeito.
Paciência é o tempo vestido de esperança,
É flor que desabrocha na calma da confiança.
É saber que o fruto não nasce ao gritar,
Mas no silêncio de quem escolhe esperar.
É arte de ouvir o relógio do universo,
Mesmo quando o coração grita em verso.
Paciência é ponte entre o querer e o chegar,
É saber que o caminho também faz o caminhar.
Ela não para, apenas desacelera,
Dá espaço para a vida, sem pressa ou espera.
É atitude nobre de alma madura,
Que entende: o processo também é a cura.
Amar de verdade, às vezes, é saber deixar ir, com a dignidade de quem sentiu tudo, mas não precisa mais provar nada pra ninguém.
Abraçar a sua sombra é parar de fugir do espelho. É olhar pra dentro e dizer “eu sei o que você fez" “e mesmo assim, ainda te amo” “porque você é tudo o que me sobrou e tudo o que me trouxe até aqui.”
Ninguém é inteiro sem seus pedaços escuros.
Ninguém é forte sem suas quedas.
Ninguém é livre sem primeiro encarar o cárcere da própria mente.
A ausência deixa espaço. E é nesse espaço que mora a dor. A memória do que já foi e talvez nunca tenha sido do jeito que a gente lembra.
Aqui a tempestade ficou engarrafada e o sentimento não resolvido é transformado em memórias que a gente não queima porque o cheiro da fumaça lembra casa.
Cada um escolhe onde deposita sua fé… uns se agarram à ilusão, outros se perdem na confusão… eu me agarro em Deus, onde o acesso é direto e o amor é garantido.
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