Mercado
Embora ainda falte muito para chegar ao ideal, a mulher já teve muitos dos seus direitos adquiridos nas últimas décadas, mas a sua beleza ou a suposta falta dela, continua abrindo ou fechando portas e servindo como parâmetro da sua capacidade no mercado de trabalho.
Criar supermercados, postos de gasolina, armazens e lojas que benefíciam os pobres, também é justiça.
Bolhas Sagradas
Eles dizem que seguem a luz, mas esquecem de olhar nos olhos de quem está na sombra.
Vivem debaixo de um teto que chamam de fé, mas que mais parece um muro alto, cheio de espinhos — onde só entra quem fala igual, se veste igual, acredita igual.
E eu? Eu fico do lado de fora. Porque não repito seus refrões, não me prostro diante de suas certezas engessadas, não aceito um céu vendido por parcelas de culpa.
Nas reuniões de família, os olhares não são apenas julgadores, são quase inquisidores.
Se eu falo de silêncio, de arte, de dúvida, de filosofia… vem o riso velado, o deboche disfarçado de piedade.
“É fase”, dizem uns.
“Falta Deus”, dizem outros.
Mas ninguém se pergunta onde estava o amor que tanto pregam quando me deixaram sozinha com minhas perguntas.
Eles escolheram os seus. Os que se encaixam, os que seguem a cartilha.
Um evangelho de fariseus, onde a salvação virou senha de grupo e o perdão é privilégio de quem pensa igual.
E se inflamam... oh, como se inflamam! Na bolha do sistema, alimentam-se uns dos outros, confirmando certezas enquanto se afastam da compaixão.
Chamam isso de fé, mas soa mais como exclusão sagrada.
Falam de Cristo, mas caminham como Caifás.
E eu, do lado de cá, não deixo de crer.
Mas minha fé é outra: é aquela que ouve o silêncio, que acolhe a dúvida, que abraça o diferente.
Minha fé não me manda apontar dedos, mas estender mãos.
E talvez, um dia, eles entendam: que ser verdadeiro dói mais do que ser aceito, mas liberta.
Porque não existe santidade alguma em isolar o outro.
E a verdade que liberta nunca viveu trancada em bolhas de arrogância.
Nenhuma moeda estrangeira é lastro por paridade em uma economia incerta e flutuante. O lastro natural são as obras de arte, os metais nobres e as gemas raras, que se originam do acaso e existem desde sempre em muito pouca quantidade no planeta.
Valorizar os conselhos de aplicação financeira de Deus é o mesmo que investir certo à curto prazo para o futuro promissor de bênçãos à longo prazo, pois Ele conhece todo o mercado de capital e o mercado do Capetão.
Contra falsas doutrinas a solução é usar um conta-gotas: se o reagente mudar de cor é melhor não acreditar em mais nenhuma, pois têm muitas no mercado paralelo.
Um lembrete para as organizações:
"Estejam sempre buscando conhecimentos, atualizando-se sobre as tendências e fatores externo que molda o comportamento de um grupo de indivíduos. Não se iluda com o sossego da estabilidade. O mercado é cruel, ele devora quem descansa sobre a relva".
No Xadrez, nos investimentos e na vida há muitas maneiras diferentes de se fazer as coisas "mais ou menos". Porém há poucas maneiras de se fazer as coisas bem feitas, e às vezes só há uma maneira de fazer as coisas certas. Por isso quanto mais a pessoa se permite fazer escolhas baseadas em seu estilo, mais ela tende a se distanciar da excelência. Para atingir os níveis mais altos de performance é imprescindível deixar de lado o estilo e fazer as escolhas que sejam objetivamente melhores. Além disso, é muito importante ter autocrítica e não tentar fazer cirurgias em si mesmo, depois de ler meia dúzia de páginas sobre como operar apendicite. O mais razoável é delegar essa tarefa a um médico capacitado. A maioria das pessoas compreende isso, no entanto não compreendem que operar com
sucesso no Mercado Financeiro é muitíssimo mais difícil, requer um nível muito mais elevado de especialização e de aptidões em nível top-mundial. Sem compreender isso, acabam elas próprias tentando operar. O resultado óbvio é o gosto amargo do prejuízo.
Você já se olhou?
Já se viu?
Não no espelho.
Não em fotos.
Não nas selfies.
Não com esse tanto de máscaras.
Você já olhou pra dentro de si e encarou suas entranhas?
Olhou?
Lá dentro não é tão minimalista
Quanto esses banheiros da moda.
Nem se preocupa com a luz amarela
Responsável por trazer conforto.
Lá dentro funciona 'à toque de caixa'
Tem que lidar com o que te aparece.
Uma meditação ou uma viagem
Ajudam a colocar cada coisa no seu lugar.
Mas basta três mensagens no grupo da família
Que lá dentro passa a funcionar
Como uma bolsa de valores.
Metade grita de alegria porque ganhou,
Outra metade grita de dor porque perdeu.
E com medo de perder mais do que ganha,
Você começa a se basear nas especulações do mercado.
E acaba deixando o mercado precificar seus valores.
Você não é dólar,
Mas é responsável por negociar o seu valor com o mundo.
Você sabe o quanto vale?
Qual seu real valor?
Qual a percepção que o mercado tem
Do seu valor versus sua entrega?
'Tá valendo a pena te comprar ou te vender?
Não recomendo que se exponha ao mercado
Sem ter essas informações
Como que tatuadas na sua alma,
De forma que, independente da alta
Ou da queda de alguém,
Você tenha sua referência de valor.
Você anda se negociando valendo mais ou valendo menos?
Porque quem se vende mais caro do que vale,
Gera frustração como retorno.
E quem se vende muito barato,
Depreda seu próprio patrimônio.
Aí talvez seja hora de fechar seu capital,
Reassumir o controle,
Analisar as fusões feitas
(Tem quem nos afunde, tem quem nos faz brilhar),
Rever seus balanços
(Ah, e como a gente se balança por coisa que não devia).
Nem sempre sair do mercado é prova de fracasso.
Pode ser apenas o passo necessário
Para se projetar melhor.
(E você só se projeta corretamente quando se vê corretamente)
Aliás, como estão te vendo?
Você é um produto ou uma experiência?
Você tem sido solução para quem te compra
Ou só um cacareco de enfeite?
Ou pior ainda, uma bugiganga barata mas inútil
Que devia cortar, mas é cega,
Devia encaixar, mas é frouxa,
Devia ajudar de alguma forma,
Mas sempre tem uma desculpa para não funcionar.
Você tem conseguido cumprir o que promete?
Ou pra se vender precisa criar falsas expectativas?
(Afinal, só consegue cumprir suas promessas quem sabe o que pode prometer. E só consegue se vender com uma promessa real, quem realmente tem valor).
Um erro comum é se valorizar a partir da demanda.
Não é a demanda que dita seu valor,
É o seu valor que dita a demanda.
As vezes, todo mundo só te compra
Porque você é barato.
As vezes, cobrar o valor correto te dá a liberdade
De se vender para poucos,
Tendo o mesmo lucro mas sem se desvalorizar.
Sem tentar conquistar um mercado que não é seu,
Extrapolando seu limite de produção,
Perdendo suas qualidades,
Abrindo mão dos seus acabamentos,
Entregando sem amor só para entregar mais quantidade.
Se tornando inútil para agradar um público
Que não vê nenhum valor em você.
(Até porque, neste ponto, você realmente não o tem mais).
A sua (des)valorização começa por você.
Alguém que não vale nada
Pode ser barato para quem compra.
Mas custa caro para a sociedade.
É um desperdício de matéria.
De esforço.
De logística.
É um ser feito com o mesmo material
Dos heróis da Bíblia,
Dos vencedores do Prêmio Nobel,
Dos grandes filósofos da humanidade,
E dos milhares de desconhecidos
Que acharam em si algo de muito valor.
(Mas é preciso parar de perder tempo se distribuindo gratuitamente e passar a investir tempo em buscar seu verdadeiro valor).
Talvez agora você esteja pensando em expandir.
Mas para isso, é preciso saber seu tamanho.
Você sabe seu tamanho?
Não o que você finge que tem.
Estou perguntando do seu tamanho real.
Calculado a partir de suas fronteiras,
De seus limites.
Você conhece seus limites?
Ou, mais importante,
Os outros conhecem seus limites?
Você provavelmente sabe
Ou quando está invadindo o limite de alguém,
Ou quando está sendo invadido.
Mas a força não está em invadir ou se defender,
A força está em se delimitar com clareza.
A função do limite não é criar guerras.
É criar paz.
(E a grande maioria das pessoas confunde isso.)
Se eu sei onde estão os seus limites,
Sei que este lugar pertence a você,
E eu só entro com sua permissão,
E com seu convite.
Porque não há nada que eu verdadeiramente precise
Que está além das minhas próprias fronteiras.
Então, eu não preciso te invadir
Porque tenho tudo que preciso em mim,
Mas eu posso aceitar o seu convite e te visitar
Porque gosto de estar perto.
O que me interessa no seu terreno, é você.
E invadir seus limites é uma ilusão estúpida
De que você, ou pelo menos um pedaço seu,
Podem me pertencer.
Você merece conhecer seus limites,
Porque só assim você pode vencê-los e expandir.
Ou outros também merecem conhecer os seus limites,
Só assim eles podem respeitá-los.
É normal termos dificuldades em mostrar nossos limites
Por medo de desagradar ou de afastar os outros,
Mas terrenos sem demarcação,
São terrenos abandonados.
Nem seu,
Nem dos outros.
Se você cuidar bem dele, alguém se apossa.
Se você não cuidar,
Acaba tendo que levar consigo
Dentro da fronteira onde mora,
Um pedaço estranho e sombrio
Que nem você sabe a quem pertence.
Somente quando você conseguir
Desenhar seu tamanho no mundo,
É que vai saber onde é seu terreno
Para cultivá-lo,
E onde é o terreno do outro
Para respeitá-lo.
Vai poder cuidar das suas fronteiras,
Ora progredindo, ora regredindo.
O importante mesmo é achar o tamanho certo,
Nem menor,
Nem maior.
Porque a vida é sobre saber o valor que se vale.
E o tamanho que se cabe.
O resto se reorganiza ao seu redor.
Você para de se perder (em especulações)
E passa a se achar.
Acha quem pague o valor que você cobra.
Acha quem sabe o quão raro é o que você entrega.
Acha o público certo que se fideliza.
Que sempre volta mesmo sem você fazer liquidação de si mesmo.
Acha quem respeite seus limites
Independente do tamanho do seu desenho de si.
Quem fica ansioso para te visitar,
Para saber notícias suas,
Mas espera seu convite.
Acha quem ama tanto poder entrar
Tão profundamente no seu espaço
Que, além de dar as chaves dos seus portões,
Você a convida para morar.
Mas antes disso,
A primeira pessoa que você precisa achar,
É você.
Eu não investiria naquela religião para os próximos mil anos. Aparentemente, no gráfico relativo a essa religião forma-se um topo duplo e acredito em uma queda forte nos próximos séculos. Talvez eu esteja errado.
O descaso com o lixo compromete significativamente a qualidade de vida e a estética da propriedade.
Quando se educa comprometido com a demanda de um sistema que produz a desigualdade, desfaçada em necessidade, não há construção de conhecimento, mas produção de ensino, pois educar se traduz em algo a mais do habilitar para as nescessidades de um mmercado.
Com a quebra dos valores, a perda das referências e a vida baseada no "aqui e agora".
O sentimento de incompletude característico do ser humano foi potencializado e aproveitado pelo mercado consumista.
Dividir os escravos para dominá-los é uma prática antiga dos "donos do mundo".
O sistema neoliberal aperfeiçoou essa estratégia, separando os trabalhadores em guetos, criando assim, cada vez mais, novos nichos no mercado consumista.
Para capitalistas e publicitários quanto mais dividido, segmentado, emancipado... for o povo, melhor será.
Inclusive, para formação de novos nichos de mercado.
Prevalência de sentimentos como apatia, agonia, covardia, angústia e ausência de autonomia impulsionou o mercado de ajuda na sociedade pós-moderna.
Os parâmetros de saúde e as fronteiras das fases da vida parecem oscilar de acordo com a necessidade de expandir as prateleiras de consumo, criando assim novos nichos de mercado.