Mensagens Noturnas
Outono - Noite fria - Madrugada sombria
Brilha a Lua de Outono, noite quase fria, madrugada sombria, assombros da planetária pandemia, que nos atingiu ao romper do dia, quando o povo ainda amanhecia. Implacável, cruel, tornou-se fiel companhia àqueles que com alguma doença incurável convivia, ao infortunado que com baixa imunidade sobrevivia, na esperança que de alguma forma a cura viria. Insone, eu prometia que resistiria, que escreveria e aos quatro ventos postaria, que amplamente compartilharia meus temores, presa fácil da sutil armadilha, da oceânica quinquilharia, da orbital pancadaria. Uma morte inglória assim, é tudo o que eu não pretenderia... Jamais sonhei que assim quedaria, inerte, sem a esperança de um novo e abençoado dia.
(Juares Sasso Jardim / Sacy Pererê do Grande ABC - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Vento forte
Bate na janela
Barulho estranho
Vem lá de fora
Desperta o sono
De madrugada
De olhos abertos
Pensando em nada
Um vazio
Se instaurou
Dentro de mim
Não tenho medo
Nem desilusão
Meu coração
Tem proteção
Meu amor
Está em mim
@zeni.poeta
Direitos autorais reservados
Lei 9610/98
Na vitalidade noturna, uma Bela flor, a elegância de pétalas vermelhas, beldade vestida de amor, revelando a cor da sua alma intensa, fervor apaixonante, bênção radiante do Senhor, grandeza de arte rara, um rico esplendor que é semelhante a uma noite enluarada, a simplicidade em um tom sedutor, riqueza demasiada, detalhes exultantes, primor inegável, onde o romantismo se propaga de um jeito fervoroso entre várias camadas, íntimo profusamente amoroso, vigor de uma essência veemente por uma cor representada.
#Pedaços #do #céu #que #a #vida #me #deu...
De noite, durante a madrugada...
A senhora da noite, prateada...
Me convida a passear...
Carrego em meu bojo...
Lembranças muitas...
Fazendo-me sonhar...
No trampolim do sem-fim das estrelas...
Confundem-se minhas lágrimas...
Saudades de outrora...
De quem foi e não voltará...
Garganta apertada ...
Um eco mudo...
Em pedras azuis...
Meu mundo...
Deixo meu rastro...
Em esmero passo a passo...
Não há céu sem tempestades...
Caminhos sem acidentes...
Rios sem correntes...
Ouço ao longe a coruja piar...
Mais um pouco...
Um galo a cantar...
A lua adormece por fim...
E um sol dormindo...
Lentamente vem surgindo...
Guardando o infinito...
Em meu coração...
Sigo meu destino...
De volta ao meu jardim...
E na eternidade das horas...
Vislumbrando, ao longe...
#Conservatória acorda...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória Pousada Chic Chic Casa do Sandrinho.
madrugada
a noite afora
a insônia escancarada
o urro do silêncio chora
a alma despedaçada
as teclas mudas, e vai-se a hora...
o sino da igreja calado
os amantes não sussurram
o relógio amofinado
pro peito os anseios empurram
e a secura do cerrado
e o tempo não passa. Murmuram!
exausta a cama
e o vazio de sua ausência
acordado. Olhar na lama
e me engole, sem paciência
está noite um drama!
amanhã reticência...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
19/09/2019, 03’05”
Araguari, Triângulo Mineiro
JANELINHAS
Na madrugada
Quando vejo janelinhas acesas
Acho que ali moram corações partidos
Insones
Penso nas histórias de amor que poderiam virar poesia.
Na madrugada
Na madrugada as horas correm
Ao inverso, e de mansinho.
Imerso em pensamentos que me acolhem
Na madrugada me sufoco
Das lembranças de seus beijos descendo pelo meu corpo bem devagarinho
Que sobem a mente sem foco
Pois a madrugada lembra-me de seu jeito
Perfeito, pois foi na madrugada que me entreguei em seu colo.
Na madrugada eu me perco
O relógio me engana
E mesmo na cama me falta sono
Na madrugada eu revejo
Cenas, que como cigana eu apenas prevejo
Na madrugada eu desejo seu cheiro
Seus braços e seu peito
A madrugada acendeu em mim em desperto
A muito tempo adormecida
Foi em seu leito que me derramei
Na madrugada minha mente voa
meus pensamentos correm sem ver
E na madrugada só o que preciso
É me derramar, me derramar mil vezes
Em você.
[tela]
agora é tarde
já chega madrugada
a tela de tv já não diz nada
nunca disse
Chatice que enche a sala
não enche o peito
esvazia a mente
Sabe quando uma noite é esperada
e você reclina a cabeça sobre a madrugada?
Ao ouvir um coração que bate em um ritmo certo, as batidas fortes tiram em evidência a voz que falava e derrepente só o barulho do coração é ouvido e mas nada.
Coração, ainda bem que tu falas em barulho, pulsa e pulsa dando sinais que à vida é preciosa e bonita.
Sobrevivemos ao caos do dia a dia para nos exilarmos na madrugada escura, perdidos entre canções que nos transportam, nos transcendem. Fugimos da calamidade do dia pelo silêncio da noite. É ela que nos carrega nos braços e nos liberta do óbvio.
POEMA DE MANHÃ (BARTOLOMEU ASSIS SOUZA)
A frágil madrugada de luz da manhã
Vacilante... Trêmula... Contraditória...
Tudo re-nasce...
Tudo nasce...
Traz consigo o destino da semente
Vencendo o medo e a morte
O que nos coube viver
Vamos viver o dia-a-dia
Sem a noção do tempo
Dia e noite...
Vida e morte...
Luta e esperança...
Na noite passada,lá pelas tantas da madrugada,você apareceu.
Nossa que surpresa,um encontro sem reação,
Você toda de branco,com aquele sorriso na boca,
Seu jeito de mulher,num coração de criança.
Uma verdadeira princesa fora do castelo.
Sentou do meu lado,lembrou do passado,
Viveu o presente,
Fez planos pra um futuro eterno,
Logo pela manha,o vazio retorna ao coração,
De repente vem na cabeça,uma única certeza!!!
Éh,eu sonhei com Você.
Fria Madrugada.
Lá estava ela na fria madrugada
Fria como a madrugada
Querendo ser poetisa
Quem diria! Mal ela sabia
Ela pra mim é que era a mais bela poesia.
Ela sempre quis ser feliz e aproveitar
Queria ver o mundo e também dançar
Eu só queria ser a música pra acompanhar a linda dança
Me sentir emocionado e voltar a ser criança.
Adoraria ser uma canção no ouvido dela um dia
Imagine ser ouvido por essa princesa
De coração nobre e alma serena
Tão pequena, quase um metro e cinquenta...bem
Mas ela é consciente e sabe o tamanho que tem.
Amo as noites que vivi acalentado
Pela graça indizível de estar ao seu lado
Mas dos meus passos ela fugiu, foi ponte que partiu
Eu trago a doçura, mas quem sou eu?
Se ela quer provar a amargura.
Madrugada Calada.
É na madrugada gelada
Que a alma toda enciumada
Disputa espaço com o vento.
É em plena madrugada
Quando a cidade descansa
Que a alma se sente livre
Em versos fala e canta
Em passos anda e dança.
É em plena madrugada
Que caça como um tigre
É no começo da jornada
Que ela brilha feito um Alpivre.
Finda a noite,
Já ouço os primeiros rugidos da madrugada,
Coração acelerado,
Pensamentos sufocam,
Perversos, gritantes.
Ela preferi a noite,
a madrugada reflete seu silencio,
escuridão sua solitude,
as estrelas....ahh...são desejos ocultos
Um quase lamento de domingo
Naquela madrugada, juntei todos os meus cacos
com os restos da imensa tristeza que me consumia
e tranquei tudo junto com os meus sonhos
em um envelope branco sem selo.
Junto com as cinzas do meu corpo cansado
e com o pranto que inundava meus olhos de lágrimas na ocasião.
Por todos os lados que eu olhasse
só via os insetos (todos) caminhando sem rumo,
perdidos pelo chão da cozinha.
Na pia, os pratos sujos, com os restos da janta de ontem.
Despedaçado por dentro,
vesti a dor que o caminho pintava d’ouro.
Caminho amargo e duro que se precipitava.
E bem em meio a este meu lamento,
vi refletido no espelho do móvel de subir ratos lá de casa,
dois ou três segundos do mais puro desespero
e da mais singular desilusão.
Então, me diz alguma coisa
Bate aqui de madrugada
Pra lembrar daquele tempo
Pra sempre ou só por um momento
Me dá um beijo na boca
E depois me leva pra tua casa.
