Mensagem para um Funcionario Destaque do ano
Uma vez eu te pedi
um par de sapatos marrons
que você não podia comprar
eram os sapatos dos meus sonhos
mas nem tudo estava acabado
voltando pra casa eu ainda tinha
você sempre aqui, ao meu lado
o chão da cozinha, de jornais forrado
pra meus pés descalços
não pisarem chão gelado
apesar dos percalços da vida
a vida, que hoje analisando
faz todo sentido
um dia os sapatos marrons
estavam nos jornais e nos meus pés
eu chutei todas as pedras que pude
mãe, me perdoe se falhei
na infância, hoje em dia
ou talvez na juventude
viveria tudo de novo com você
os tempos ruins
hoje lembrando, foram tempos
muito bons
enfrentaria o mundo de novo
com meus velhos sapatos marrons.
Talvez você leia meus pensamentos e me julgue um poeta medíocre, outros lêem e podem me achar profundo. Não escrevo nem para um e nem para outro. Escrevo pelo prazer que sinto em escrever e saber que amanhã poderei voltar aqui e sentir por um instante aquilo que sentia no momento em que escrevi: Tristeza, alegria, esperança, raiva...tudo é sentimento e é melhor sentí-los de que não sentir nada.
Se os traduzo em poemas bons ou ruins, não sei, o que me dá prazer são as imagens que vão surgindo em minha mente enquanto eu escrevo e que sei que também poderão surgir na sua. As palavras podem vir e ir ao vento, da mesma maneira que se vão, haverão de voltar daqui à 200 anos. Eu não estarei mais por aqui, mas as palavras, estas permanecem igual à árvores centenárias. Pode ser que uma criança do futuro sente-se em sua sombra e me dirija uma oração.
Tanto amor que existe
Não caberia em um poema
Talvez seja por isso
Que o poeta tema
Escrever aquilo que não diria
O que faria
E quantas vidas daria
Por aquela menina
Que o poeta trouxe ao Mundo
E amparou desde o primeiro dia
Não há poema que diga
Da saudade e da alegria
De brincar de formiguinha
na barriga
Fazer dormir
E olhar enquanto dormia
Sentindo desespero
Por não poder espantar
O pesadelo
Ensinar as primeiras letrinhas
E ver desabrochando
aquela flor
Aquela doce mulherzinha
Desespero e pesadelo
Em saber
Que um dia há de partir
Carregando a bagagem
Que eu próprio lhe dei
E levando
As lições que eu ensinei
Meu amor
Por que cresceste tão depressa?
E hoje já que quase
Nem mais precisa de mim
Mas vou te amar pra sempre
Mesmo assim
Pois aqui no coração
Ainda és todo dia
Aquela pequena menina
A minha doce Marina.
Teu coração não é só seu
um pedaço aí me pertence
muito mais que você pensa
no dia que nele eu adentrar
hei de reformar
tudo que já viveu
Um cantinho aí é meu
portanto trate de cuidar
dos teus batimentos cardíacos
mesmo que não saiba
pode haver por aí, um maníaco
esperando pra escrever
uma singela poesia
nas paredes do teu coração
te dar um dia de alegria
ou talvez o resto da vida
portanto, não seja atrevida
te confesso hoje, senhora
aqui já passou da hora
desde que você entrou
eu joguei as chaves fora.
Existe um Oceano de Estrelas ao redor de nós, para nomeá-lo os Homens encontraram uma maneira muito sutil de homenagear as mães de todo o Universo. As mães que existiram e que haverão de existir: A minha, a sua e também aquela filha que ainda não nasceu. As mães deste e de todos os outros mundos habitados, físicos ou espirituais.
Esta homenagem foi tão bonita quanto à vida, que apesar de não ser da maneira que imaginamos, a é da maneira que sentimos e se extende às fêmeas de todos os Reinos, filos, classes ordens, famílias, gêneros e espécies:
Via Lactea.
Tenho um dos pés na Terra
O outro pisa a Lua
A cabeça não pensa
O coração sempre erra
A vida tem sido assim
de tanto pensar em mim
não quero esquecer você
tenho a alma no presente
e os olhos no infinito
esculpo palavras de amor
num monolito escondido no peito
preservo meu amor assim
quase perfeito
e a saudade se acentua
Ás vezes ela continua
mesmo quando
o coração pára
Tento pensar em algo bonito
e imagino a sua cara
Brilhando mais
que o Sol da tarde
se me permitir pedir-te algo
peço que guarde
nas asas de um vaga-lume
em forma de perfume violeta
esta lembrança
que voa como nave
e chega como um beijo
levado
por suave borboleta.
Minh'alma anda pesada
de tristeza
dentro de um tempo
e de um lugar
aonde se encontra
temporária, porém
irremediavelmente
presa
condenada a viver
e conviver
e envelhecer
entre os Homens
Até que isto pode
parecer
Não ser assim;
tão mal
pois vou aqui vivendo
entre risos
e sorrisos
risos são estimulados
risos ocorrem
quando ocorre
Algo que seja bom
mas o sorriso
exprime felicidade
da alma feliz
feliz de verdade
os risos viriam
ao meu rosto
se eu pudesse te vir
Sorrir
Teu sorriso
indeciso e impreciso
me parece tão somente
um riso
mesmo assim,
preciso vê-lo
preciso às vezes
acariciar
os seus cabelos
pra continuar
vivendo neste Mundo
e suportar
de forma decidida
a missão de viver
e fazer valer
a minha vida.
Hoje eu acordei sem saber ao certo
Se eu pertenço mesmo a este mundo
Ou fazia parte de um sonho
do qual fugi, do qual eu desertei
Recordando a mim mesmo,
nos últimos anos
ficou ainda mais difícil saber
Se estava certo
se aquela sensação
era somente um triste engano
Abro a caixa do correio
Nenhuma mensagem
Saio à rua e me sinto
Como se eu fosse apenas
Um despercebido pedaço da paisagem
Em casa, há tempos sou um móvel
Um quadro na parede
Patética imagem imóvel
Minhas mensagens poéticas
Carecem de estética, de forma, justeza
Minha vida, há muito tempo
vou vivendo sem certeza
Mesmo os sonhos mais sem lógica
Como mágica me fazem sentir
Como se eu fizesse parte
daquele mundo distante aonde vou
sempre que a inconsciencia vem buscar
e parece me dizer
Não acorde, filho
fique aqui com a gente
pois aqui é teu lugar
Em frente à minha janela
Tem um gavião voando
Faz um voo tão morno
e voa muito mais bonito
que o avião mais moderno
Sei que é rapinagem pura
mas tudo que Deus Criou
Tem se portado muito bem
eu acho que o gavião tem
é todo direito de estar
voando e rapinar e planar
e voar de novo se quiser
mais bonito que seu jeito
Só existe no Mundo alguém
Que quero ver e não vejo
Eu Só alimento nesta vida
Um desejo
Voar como um Gavião
E voando a procurar
Te encontrar andando
no chão desprotegida
te carregar pro ninho
depois vou te mastigar
Com todo amor e carinho
Após um dia tão comprido
desperdiçando precioso tempo
que poderia ser melhor vivido
em tão curta vida
navegando sem certeza
se a faina diária
foi fielmente cumprida
apesar de ter mastigado
e engolido em seco
palavras invariavelmente
imperativas
proferidas por gente
normalmente desabrida
Eu queria só saber
quando haverá de chegar
a parte florida
desta vida escurecida
onde a gente vive
e sonha em caminhar
por uma estrada
que seja ao menos
levemente
colorida
Mas a cada vez
que olho o horizonte
parece mais próxima
a chegada
de uma estrada deserta
que me leva ao nada
e o final parece ser
o mesmo ponto de partida
aonde inicio-se
esta enlouquecida caminhada
talvez
as parcas flores
que eu não veja
sejam somente aquelas
que às vezes
as pessoas mandam
quando chega
o fim da vida
Espinhosa
Estrada florida
Façamos sempre um brinde
festejando a sua alegria
que se perdeu não sei aonde
além daquilo que a vida esconde
tem muita coisa que se perde
todo dia
Mas procurando as vitórias
que o vento carrega
você sempre há de encontrar
por sob as pedras
as marcas de caminhos esquecidos
que por algum motivo
deixaste de trilhar
talvez por ter visto
a porta fechada
e não ter tido coragem
de perguntar se havia alguém
Desavisado,
fizeste de tu mesmo
Um incauto arauto do asfalto
a quem ninguém ouvia
por mais que gritasse alto
façamos, então um brinde
aos tantos ouvidos moucos
que não podem acusar-te hoje
pelos loucos dias que correm
pelas flores que murcham sem abrir
e pelas lágrimas que fluem
devido aos falhos ouvidos
à falência multipla dos sentidos
pássaros que voam
sem haver à vista um galho
outrora, ases do Céu
Sempre Curingas do baralho
e hoje tem a vista
turva e embaralhada
e também mais nada sentem
contudo, ainda insistem
Porém, faltando-lhes base
haverão de quase
entender
nada.
Um dia o menino acorda
e descobre não estar de acordo
com as cores que utilizaram
pra pintar o dia
Só usaram tintas tristes
economizaram na alegria
Quem foi que escolheu
a cor do dia
Quem será que escondeu
a alegria
Que a gente pretendia
viver hoje?
Pode ser num dia de chuva
tanto faz
Há dias cinzentos
Em que a gente encontra paz
E dias ensolarados
Em que paz não se enxerga não
As minhas vistas vêem
Mas são cegas
As cores que trazem harmonia
Não são aquelas que o Sol irradia
Mas as que apagam
As tristezas de ontem
Nas paredes do meu coração.
Primeiro o tijolo
tijolo por tijolo
E eu faço a parede
depois ponho um gancho
no gancho eu ponho a rede
depois vem o cansaço
e ali me desmancho
e faço meu ninho
o sono vem devagarinho
no sono tem sonho
viagem sem tamanho
e eu posso sentir a alegria
de me ver
vivendo um lindo dia
Um dia de Sol
Brilhando no Céu
No Céu tudo se move
As nuvens de algodão
então precipitam
E gotas prateadas
na terra tilintam
escorrem na terra
terra e água formam barro
alguns fazem jarro
e outros tijolo
eu olho o tijolo
e questiono
Será que sonhamos a vida
que vem antes do sono
ou será que a vida
é um sonho?
Se Deus me permitisse
e prometesse ser atendido
eu lhE dirigiria hoje
um único pedido:
Pediria somente que somasse
os dias que ainda me restam
E dividisse ou doasse
Entre as pessoas que ainda precisam
ver prolongados seus dias
Neste mundo
E que depois me recolhesse
Agora, neste segundo
A outro lugar, aonde eu sentisse
Necessária a minha presença
Pois eu ando
tão cansado desta vida
Cansei-me
e meu cansaço ultrapassa
as ilusões desmedidas.
escondidas sob imensas
cortinas de fumaça
Te peço hoje, Meu Pai
Escute teu filho
e se eu merecer
Por favor
Faça.
"Quanto mais um povo reelege um mesmo grupo, quanto mais um povo reelege um mesmo governante, mais poderoso e mais perigoso ele se torna"
Nesta vida aonde entrei
e haverei de sair um dia
Cheio de dúvidas
Pergunto, retoricamente
O quê será que haverá
de haver
Depois da próxima curva
Além de mais uma
Triste e fingida gravura
A enfeitar de alegre
A triste vida
Com a qual deparamos
Dia a dia com quadros falsos
De imagens claras
Pintadas com cores escuras
Árvores mortas, carregadas
com podres frutas maduras
e dores a arremedarem
Inexistentes coragens
Voamos e navegamos
Fingimos sentir emoção
Nesta viagem
Tão sem graça
Que ao final
Mentimos bela
Mesmo sentindo a variação
da procela à calmaria
No período de menos de um dia
Não há quem faça
Eu achar graça
Nesta aventura
Sem alegria
Em que vejo brilharem no Céu
Estrelas que há muito
se apagaram.
Amores de pessoas
Cuja unica verdade
É que nunca gostaram da gente
Paixões que foram iguais
à frutas sem semente
Palavras para as quais
gesticularam, porém
Ninguém entendeu
Poemas que ninguém leu
Infindável estrada
de amáveis caras fingidas
aonde vivi
Cada dia desta vida.
Se você foi feliz ou não foi
Dormiu bem à noite ou não
Se teve um emprego ou dois
talvez não tenha tido nenhum
Trabalhou como um cão
ou caminhou na macia
areia branquinha
de uma linda praia
A vida continua sempre
Mesmo que um dia
Ela acabe pra você
Se você soube vencer
Se você não sabe perder
Se soube ou não viver
Mesmo que um dia
a vida acabe pra você
a vida sempre continua
um dia a gente
atravessa a vida
Como quem
atravessa uma rua
mesmo que você pense
que do lado de lá
não tem nada
Existe sempre
outra calçada
do outro lado da rua
mesmo que a vida acabe
é lá
que a vida continua.
Nem todo dia é triste
Nem todo dia é feliz
Nem todo dia
Tudo dá errado
A vida é um rio
Que não pode ser detido
Não consegui
Tudo que eu quis
E nem me agradeceram
Pelo trabalho que eu tive
Mas eu fiz
Nem todo dia se vive
Nem todo dia cinzento
É triste
Não há vida
Em que tudo se conquiste
Nem todo dia é poesia
Poema, Luz e Canção
Nem todo dia é Sim
Em minha vida
A Maioria dos dias
Foram feitos de Não
Nem todo dia Alma
Muito menos Coração
Nem todo dia há Guerra
Nem todo dia é dia
Nem todo dia há paz
Muito Menos trabalho
Nem todo dia se pode fazer
Aquilo
Que normalmente a gente faz
Não há Dia
Sem Noite
Nem todo Rio
Que não pode ser detido
Corre livremente
Eternamente
Um dia finalmente
Ele há de desaguar
No Mar
Aonde desaparecem
Todas as tristezas causadas
Pela indiferença daqueles
Que diariamente
Nos Esquecem
Um dia
As águas haverão de misturar-se
E não haverá mais nada
Tuas mágoas
Serão somente lembrança
E não poderão
Ser encontradas
Hoje
Com a força do pensamento
Te mando Flores
Te mando um beijo
Te envio finalmente
Meus sentimentos de saudade
Saudade da boa
Dor da melhor qualidade
Vontade de Poeta
Emoção de Sertanejo
Tristeza de Verdade
Daquelas da qual
Não se fala à toa
E nem se sabe
Simplesmente
Se Sente
E quando a gente sente
Dá Vontade de Ver
Urgentemente
Hoje
Eu queria te dizer
Mais uma vez
A vida passou
E você
Perdeu a Oportunidade.
Ontem eu comecei
a cultivar um jardim
Um roçado
Ou algo assim
Plantei verdades
das mais diversas
variedades
Nasceu discórdia
em formato de pimenta
A terra onde plantei
Não era boa
As pessoas se alimentam
de ilusão
Verdade dá indigestão
E hoje de manhã
Plantei meias-verdades
Qual não foi minha surpresa
Ao ver que ao final da tarde
Havia brotado tristeza
Com cheiro de hortelã
Mas o formato
daquilo que nasceu
Tinha assim,
Uma certa beleza
Que nem sempre
A gente enxerga na franqueza
As pessoas não gostam muito
do sabor da sinceridade
Preferem viver à toa
Uma vida vã
Pra amanhã
Já deixei aqui separado
Vou plantar
Um monte de mentiras
Com sementes
da pior qualidade
que encontrei
Vai nascer felicidade
Com aroma de canela
e sabor acentuado
de Glória vermelha
As abelhas virão ajudar
E então vai dar
Favos
Com gostinho de ilusão
Daqueles que a gente
tanto quer
e sonha
Um dia mastigar no pão
O triste pão da vergonha.
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