Mensagem para um Funcionario Destaque do ano
REI TORTO:
Enclausura-se
Meu ancho coração libertário
Aos tiranos ditames
De um rei secundário
Sobre a égide
Dessa plebe ordenada
Refletida sobre a média
Ordinária...
Oh! Minha doce Pátria
Não gentil...
Não, não indultes
Teu passado tão sombrio
Sobre as margens
Flácidas
De um Ipiranga
Vil.
Nicola Vital 13Fev2017.
NOSSAS VERDADES:
É assim, sempre assim
Seja carnaval ou natal
Nossa vida um imutável
Baile de fantasias em que
Fantasiamos nossos fantasmas
Nossas paixões sem primazia
Sempre assim...
Seja carnaval seja à homilia!
Os sonhos que penso tenho
Perdem-se em fantasias
E enquanto vestimos-as ...
Calçamos meias alegrias.
E o rosto que veste a máscara
É o fosso que verte a massa
Numa odisseia de hipocrisia.
"CADA VEZ QUE O TEU RELÓGIO MARCA MAIS UM, MAIS UM, MAIS UM... ELE ESTÁ TE DIZENDO MENOS UM, MENOS UM"...
SELF:
O nosso self é construído conforme o nível de congruência de cada “indivíduo”.
Fruto de um estado de coisas...
Integro. Pela congruência.
Patológico quando visto à luz ideal do narcisismo.
ÁRVORE DE AZEITE:
Naquele benefício...
um quintal com árvores de azeite
Que nasciam todos os dias
Àquela hora ao nascer o sol
E morriam como tal ao ocaso.
Sobre as rochas em greta
Eu colhia os frutos que comia.
E sobre seu cume que nutria o pinhal
Eu mirava o cordeiro
Que reluzia à boca da noite
Com o olho central que cuspia fogo
Iluminando o benefício.
As árvores morriam
E as aves em bulício calavam ao canto
Sob o cântico de ventura
Da matriarca
Que mistificava o brilhante
Reluzente de da luz.
O QUE É O AMOR?
O amor é um estado de coisas
Espirito ou espectro!
Argumento mensurável...
Subjetivamente coerente ou não
Um Mix de ventos volúveis
Que mexe com nossos parcos sentimentos.
Que vem e passa como passa
O tempo, o pensamento!
É uma nau à deriva numa ilha
À milhas e milhas daqui.
E sob este emaranhado
De coisas e cordas
Meu coração faz trilha
À milhas e milhas daqui
Ora (direi), amigo meu
Que o amor
É uma coisa mais ingênua
Que as virtudes cardeais
SONHO FUGAZ:
Um varal de farpas finas
De toalhas incolor
Um negro e a dama filha
Um cão que nunca ladrou.
Um terno de goma fina
Na lapela seu amor
Vestiu-se de sonho a sina
E nunca aqui voltou
PELO AVESSO:
O mundo gira sobre um eixo sem sorte!
Em um labirinto sem norte
Para um governo sem posse
Que sem brio segue à morte...
Na cadência do trote
Sobre um ar de deboche
Contra um povo tão forte
Que caminha para o corte...
Pra buscar sua sorte
Sem ter medo da morte
Ou cuidar sem deboche
Viaja no trote a buscar suas posses
ANUNCIAÇÃO:Neste poema existe um sonho livre que você pautou para não sonhar Um rio tisgo, um corpo morto a céu abeto Um cântico surdo, reprimido, que não quer calarExiste um verso aberto, calado ao fundo A cor da dor em cama escura E, aberta, uma veia ao novo mundoNeste poema existe a noite, o silêncio, a voz do sonho reflete o dia. Faz lembrar-te, destarte, agonia e cansaço Do teu corpo a dormir em pedra fria.Existe o grito De teus pares que ecoa atrás dos muros Existe a cólera, o riso dos que resiste Nesses versos nobres a espera por futuro.
O VENTO DO TEMPO:
Havia ao fundo do meu quintal
Um lago de águas brandas e cintilantes
Aonde nos meus sonhos de infante
Sob as plumas das aves de cristal
Erguiam-se meus castelos de ilusões
Que hoje são choupanas sem alento
Fazendo-me viajar de volta ao tempo
E ninar com mamãe suas canções.
Hoje, o palor de suas águas me ofusca
Tuas plumas ao infinito se perfaz
Seu cristal a beleza lhe refuta
Contudo, meu coração ao seu ausculta
E o meu sonho de rever-lhe se refaz
Ao lembrar-te em meus primeiros madrigais.
SONHO ÉPICO:
Antes de crescer...
Eu queria ganhar
Um milhão de dólares
Beijar a mais linda modelo
Calçar o mais caro reebok
Tomar a mais forte tequila
Saltar o mais alto dos Alpes
Vingar o meu bullying escolar
Conhecer os quadrantes do orbe
Vestir a mais fina seda
Pensar que seria imortal
Gozar a perpetua puberdade.
Depois que “cresci”
Só queria entender
Porque não cresci
Mas também percebi
Que meus sonhos pretéritos
Deixavam-me entender
Porque não pude crescer...
MUTAÇÃO:
Todo vão metafísico
Tudo o que penso sou.
Toda doutrina do livro
Todo lugar onde vou.
É um deserto infinito
Onde nem mesmo estou.
Todo o amor das Helenas
Todo o dogma do pastor
Todo o mutar das falenas
Toda letra que se consome
Toda dimensão das melenas
Toda sorte que me some
Toda essa metafísica
Se transmuta noutra cena!
AMOR MATERNAL:
O amor que assoberbaste
Sei, não era o que querias.
Nem de longe encontraste
Um amor em sintonia
Amar como anseias
É feérico e bem sutil
Só o êxtase delineia
Um amor tão juvenil
O amor com sutileza
Diz o coração febril
É de tamanha grandeza
Que torna o universo vil
O amor a quem almejas
É amor de mãe pra filho
Não possui outro perfil.
Série: Minicontos
MINIMIZOU
Um dia minha mãe furiosa perguntou: Quem comeu o pudim de jiló na geladeira?
- Resmunguei! - E ela logo relutou: Não faça rodeios, seja breve e conte tudo...
Série: Minicontos
PLEBE
Todos os dias àquela hora, as portas se trancam para um universo alheio. Onde aqueles que me rodeiam não são meus, e os meus não me dizem seus..
NINGUÉM DE MIM SABERÁ
Ninguém me ver...
Ninguém me sabe!
Meu coração um perfeito
- Pretérito...
Nada do que fui tornará
Nada do que sou sobreviverá!
E minha alma em algures
- Preterida está.
Só a morte me resta como única
Essa pantera, conclusão me fará.
Ninguém me ver
Ninguém de mim saberá.
Série: Minicontos
EU e EU
Ontem, proseava com um amigo fumante com o maço de cigarros ao lado. Olhou e perguntou: Ainda tem?
Apenas um!
Disse-me. Manda, o infeliz vai morrer!
Qual dos dois?
FELICIDADE:
Apenas um cercadinho triangular. sabiás branquinhos e retilíneos.
De longe se avista dois altos coqueiros, três frondosos cajueiros e algumas poucas mangueiras bem carregadinhas.
Seus pés de jerimum descem ladeira abaixo como se o riacho perene e seus barquinhos de gazeta a bailar...
Ao centro, bem no centrinho, entre a roseira e o mussambê, uma singela casinha de sapê azul celestial.
Tão azulzinha que chega a doer os olhos ao mirar-te.
Os campos esverdeados que circundam pelas montanhas servem de adorno à vida campesina em dias de chuva e trovoada, em que o cãozinho rouxinol sob a figueira acuado, encolhe-se ao som dos trovões.
Os sonhos franzinos, campesinos, escorre com as fendas do corisco para os céus anunciar...
Na madeira talhada veem-se os sonhos do lugar.
Na beleza sútil da negra menina, o sonho de tear.
Que se finda-se nas sovinas madonas do Rodat.
A felicidade não tem, não convém! Existe para além.
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