Mensagem dos mais Sabios do Mundo

Aprendi a conhecer-me a mim próprio, e certamente desde então nunca mais ri ou escarneci de ninguém que não fosse eu próprio.

Toda a mulher tem mais fineza do que cabe à sua posição; ela tira proveito da cultura, mais do que o homem.

Os homens enganam-se miseravelmente quando esperam encontrar a sua felicidade, mais na forma dos seus governos que na reforma dos seus costumes.

Se considero quanto me custa a ideia de deixar a vida, devo ter sido mais feliz do que pensava.

É mais fácil perdoar os danos do nosso interesse que os agravos do nosso amor-próprio.

A mais útil e honrosa ciência e ocupação da mulher é a ciência dos cuidados domésticos.

Sem dúvida, o período mais feliz do casamento é a lua de mel; o problema é que, para poder repeti-la, devem acontecer coisas muito desagradáveis.

Pois, a emoção é decerto uma forma de se subir mais alto. E quando cai, de se cair de mais alto. Aprende a serenidade. Porque mesmo que caias, não te magoas tanto.

O amor é muito mais exigente do que ele próprio supõe: nove décimos do amor estão no enamoramento, um décimo na substância amor.

A constância no amor é uma bigorna que, quanto mais é batida, mais dura se torna.

É muito mais contrário ao pudor ir para a cama com um homem que se viu apenas duas vezes, depois de três palavras em latim na igreja, do que ceder, mesmo contra a própria vontade, a um homem que se adora há dois anos.

A riqueza endurece mais rápidamente um coração do que a água a ferver endurece um ovo.

Todos nós somos levados ao mesmo lugar; / na urna agita-se a sorte de cada um: / mais cedo ou mais tarde, a sorte terá de ser lançada, / e nos fará entrar no barquinho em direcção ao exílio eterno.

Um amoroso é um homem que se empenha em ter mais amor do que lhe é possível ter, e essa é a razão por que todos os homens amorosos parecem ridículos.

O mistério em que envolvemos os nossos desígnios revela muitas vezes mais fraqueza do que discrição, e com frequência prejudica-nos mais.

Afinal de contas, o prazer é um critério mais seguro do que o dever e do que o direito.

A avareza é um nó corredio que aperta cada dia mais o coração e acaba por sufocar a razão.

A gula é um vício que nunca acaba, e é aquele vício que cresce sempre, quanto mais o homem envelhece.

A obra que trazemos em nós parece-nos sempre mais bela do que aquela que fizemos.

Nenhum lugar proporciona uma prova mais evidente da vaidade das esperanças humanas do que uma biblioteca pública.