Mensagem de Marta Medeiros sobre Familia
A tarde se vai,
e que não tarde !
mas enquanto ela cai
a nostalgia nos invade,
vem a noite sussurrando
nos ermos de sua escuridão,
todo tipo de saudade,
que sabe, temos no coração
Nós temos uma visão para este lugar. Só precisa de sangue jovem, gente como nós, cansada da cidade grande, procurando um recomeço.
Crítica
Existem muitos poemas
Tecidos sob as nuvens
Cujos repetidos temas
Nada mais intuem
São reles afirmações
Sequências de quase nada
Daqueles que sem inspirações
Querem dos outros a estrada
Poemeto
Ondas cantam no mar
em acordes de sal e sol
para a todos encantar
Acordes de sal e sol - metáfora criada pela autora
É como um útero cinza que habito:
ar, água, vias de sangue
circulam entre mim e sonhos.
Ruas se entrecruzam
com alguma surpresa:
trompas.
Na esquina, pode estar
qualquer forma de claustro, desespero,
antes mesmo do fim:
ovário.
A indiferença se disfarça de beleza, proximidade:
religiões, bares, barracas
de comida urbana disputam convivas.
O tempo não nos absolve
dessa correria encardida.
Dias nos fazem deixar um pouco do que somos
para trás:
placenta em lixo hospitalar.
Relicário
Animado com a nova compra,
abre a caixa branca,
geométrica,
como relicário:
retira plástico, papel, película
que recobre o produto, manual,
tomada, fone e tela de vidro.
Ligado em 127 volts, é o primeiro
olá que recebe hoje.
ÁLGEBRA
A vida se mede com alguns cálculos:
anos em dezenas;
propriedades em metros;
dinheiro em milhares;
amores em bodas,
mas a medida vaga do sorriso
se perde entre alaridos.
Desde tempos distantes
gostamos de juntar comida,
pilhas, roupas, vinho;
nosso cérebro vestiu essa fantasia.
Acreditamos que ao juntar,
medir, sistematizar;
marcaremos um tempo
para além do que nos foi entregue
em frágil vidro.
Esquecemos, entretanto, que ele
já veio trincado..
Sós
Olhar perdido
dizendo:
a vida é assim mesmo.
Entre vazamento de tubulação na via,
lixo incendiado na calçada,
calor, som de carro
no lava a jato,
me explica o menino,
de talvez
dez anos.
Rosto
De espelho em mãos,
observa cada detalhe.
Traços esquecidos e ainda vindouros
carregam igual geometria:
bolsa sob os olhos,
pêlos ressaltados,
boca diminuta.
Segmentos de aurora e ébano
se igualam:
tantas faces habitam um rosto.
Bom dia!
Em águas límpidas canta o mar
entre acordes de sal e sol
em sua imensurável força
que o tempo não poderá levar
Não modifique os textos de nenhum autor e nem tire a sua Autoria.
Dê- lhe sempre os créditos, pois tudo é registrado.
Entre perdas e danos,
escrevia poemas a rodo
no livro de sua vida,
um desengano
Enganou-se sozinho,
pleno de ilusão,
nunca teve, nunca foi seu
aquele coração
Não soube distinguir
qual era a verdade,
nem perceber que ela
tinha-lhe apenas amizade
Sorria se seu trabalho for questionado... Pois se foi é porque valeu a pena ser escrito. Questionar não significa desvalorizar, significa que seu trabalho foi digno de reflexão! E a reflexão é a ação transformadora do intelecto!
"No abissal silêncio do teu olhar, um oceano de promessas..."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Que sonho estar ao seu lado...
Sinto saudades
Beijos que não beijamos
Abraços que não abraçamos
Carícias que não trocamos
Mas anseio tanto...
Sonho acordado com a doçura
do teu olhar
Com o calor do teu corpo
Com a melodia da tua voz.
Eu sei que você sabe
Mas não pode me responder
Nem eu te telefonar e dizer
Aqui não posso escrever
Não posso te expor.
Por respeito, por amor.
Mas você sabe
e encontrá como me responder...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Se é verdade que "...a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos (Elbert Hubbard), por que a maioria se abstem de se atirar nas mais mirabolantes e arriscadas aventuras?
(D. Juan De Marco - filósofo espanhol Séc. XVIII)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
ELA
Orquidou-se na primavera,
deixando-se admirar, sem receios,
antegozando os aplausos da brisa,
o deslumbre dos passantes,
os afagos das borboletas.
Altiva, majestosa,
apenas imperou.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A princesa perguntou: "Mas... Quem é você, afinal?" O cavaleiro apeou, estendeu os braços e ela docemente se aninhou. Após alguns momentos, um sentindo o bater acelerado do coração do outro, o desconhecido falou: " Sei lá quem sou... Vejamos: Piso estrelas, cavalgo asteroides, pego rabos de foguetes, sonho no mundo da lua, na floresta sou Lobo Mau, no embalo levo Red Hat Girl pra comer em casa, sou meio doido sim, meio melancia com abacate e leite condensado, mas perverso não sei que não sou." Ela o olhou, entreabriu os lábios carnudos. Beijos. Afagos. Carícias...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A beleza está em toda parte. Não a perca de vista. Nunca se sabe quando poderá voltar a enxergar outra vez.
ETÉREA BORBOLETA
Eu exalava poesias
Ela nem aprendera a ler
Fui insistindo em prosas
Floreava poemas,
Declamava flores e mares.
E ela, nada.
Naveguei pensamentos e frases
Mergulhei romances e sobrevoei contos.
Ela disse não gostar de histórias e partiu,
Batendo suas lindas asas.
Foi a mais bela e colorida
Borboleta que eu jamais vira.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
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