Meninos de Rua
" O luar cada dia mais presente
pinta na rua um pratear diferente
indicando que é hora de partir
ah!! os sonhos
eles querem existir...
“” Pra que remendar a relação
Amar sozinho, melhor a lua
Buscar a rua
Amor que não se completa,
Vida que se afeta
Almas que não se aceitam
Corpos que já não luzem
Vozes que se acostumem
A viverem só
Por hoje deu dó
Tudo virou pó
E é só....””
“” Por seu amor quero ser louco que grita na rua
Sonhar com seus beijos à luz da lua
E te encontrar na musica que faz cantar
Por seu amor meus pecados serão perdoados
E sua voz perpetuada
Como tatuagem em meu coração
Por você e somente por você
Minha alma suporta
A dor de não te ver
Entrar por nossa porta
Por você seguirei
Sendo somente lembranças
Até o dia da ausência, da ida
Partida, que me fará tudo esquecer...””
“” Vá para a rua
Cantarolar
Vai lá brincar e dançar
Há poder sobre seus pés
Na avenida
Você encanta
Desfila e planta
O sonho em alguém...””
VIDAS E ENCONTROS
Na rua dos sem esperança,
Entre cartões, lixo e encolhos,
Viram estes meus tristes olhos
Um ser sem futuro ou herança.
Nem sequer um ar de bonança
Da sorte que já lhe foi aos molhos,
Eu vi entre os seus escolhos
Nos olhos da sua lembrança.
Sentei-me então mano a mano
Ao pé dele, rosto de criança,
Mas eis que num gesto insano
Demonstrando inconfiança,
O pobre quase me rejeitou.
Deu um grito que me arrepiou
E da sua garganta avança:
Nunca a tempestade amainou
Nem me trará a bonança!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-11-2023)
Estação solidão
O sol decidiu mudar
Encontrei-o em minha rua
No meu momento de sestear
Não era encontro com a lua.
Nas esquinas de asfalto quente
Os apressados vão e vêm
Emitem gestos inconscientes
Não têm tempo para ninguém.
A grande vontade de falar
Sei que quero, mas não devo
Ele insiste em ficar
Nesse clima que é longevo.
Esperava-se pela chuva
Esperava-se pelo frio
Pretendia usar as luvas
Sonhava com o sombrio.
Bom são as cortinas abertas
Sempre se busca o claro
O sol entrou pelas frestas
O sombrio tornou-se raro.
O que se espera é o fim
A mudança da estação
O que é que será de mim?
Se vêm o frio e a solidão.
Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.
E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.
Bisbilhoto um desconhecido que
acaricia minha gata na rua.
Ele vai.
Eu chego.
Ela foge.
Essa tem meu dote,
tá sempre na saideira.
Sarnento conhecido que sou
só peço carícia na coceira
Na rua,
um barbudo me deu ódio
Ele nem
me via.
- Qualé a sua?
Dei-lhe um tapa no bigode.
Pogonofobia
O som parece um banda tocando em rua estreita, exageradamente, é como meu amor que sobejo por ti, amor jogado e só sobras, há uma estruição de meu amor e você ainda rir...
O sabor da solidão é como de uma criança sem vizinhos para brincar e depois de uma chuva saí na rua e no horizonte ver um arco-íris que aos poucos vai sumindo de sua visão mas as cores cintilantes permanecem em seu coração.
"Estranhos se cruzam na rua da Vida. Na Avenida Gentileza, entram no barzinho da Afinidade, tomam um café de perguntas, adoçam com simpatia, alguns biscoitinhos de carinho caem bem. Saem calmamente e sentam na praça da Amizade, abrem saquinhos de memórias e distribuem aos pássaros da ternura, que rondam por ali. E o Deus, sentadinho, no banco ao lado, contempla tudo, brindando com um coquetel de amor."
A melhor psicologia é de alcova, a melhor filosofia é a de rua. Se pode aprender muito nos bares e bordéis, com mendigos e ex-presidiários, lições que nenhum doutor poderia ensinar.
Amamos os cães e gatos, mas não nos interessa os de rua abandonados e famintos ,preferimos os criados de acordo com nosso gosto ,matamos e comemos os porcos, vacas, galinhas etc ...assim somos, humanos, sempre agindo pela conveniência. Escravizamos os cavalos nas carroças ,nas longas e penosas e estupidas cavalgadas religiosas ,onde quem paga promessa são os infelizes cavalos , nos divertimos matando touros nas touradas ou linchando animais em publico nas vaquejadas ,nos divertindo atirando em javalis ou furando sordidamente por diversão a boca de peixes nos pesqueiros ,depois nos questionamos o porque a fúria da natureza contra nossas espécie :
O QUE SERÁ QUE FIZEMOS CONTRA ELA PARA MERECER A PUNIÇÃO?
Madrugada quente, cidade parada, rua sem gente, saudade danada, que não quer me deixar, procurei a lua para conversar.
