Menina Elefante
"Diz a cantiga: 'Um elefante incomoda muita gente...' Uma crítica ácida incomoda muito mais." (Austri Junior)
Um grande elefante pode até não ver uma pequena formiga, mas uma pequena formiga vê um grande elefante. Procure ser um grande elefante, mas jamais deixe de ser uma pequena formiga.
Ah, que saudade!
Saudade da época de brincar na rua de pique-esconde, pega-pega, elefante colorido, vendedor de fita, pega bandeira, três marinheiros, golzinho, três-corte, pula-elástico, capitão mandou, etc. Aaaaah era tantas brincadeiras que causava tanta euforia! A gente era feliz e não sabia. Na cabeça de criança o que mais desejávamos era ser adultos. QUANTA INOCÊNCIA! As vezes a gente se machucava, mas não era nada se comparado ao que nos machuca hoje em dia... Ralar joelhos e cotovelos, arrancar o tampão do dedo do pé, topar de cara no chão e crescer um galo doía, mas no outro dia a gente tava lá correndo e brincando de novo. Hoje as pessoas nos machucam de tal forma que causa uma ferida que nos tortura fazendo a gente se privar da felicidade! Amor ao próximo é um ato praticamente extinto. Pessoas só querem status e dinheiro, esquecem que ser feliz e fazerem os outros felizes é o que vale a pena!
À mesa com feras
Almoço com e janto com feras;
ursos, tigres, leões, zebras,
girafas e elefantes.
Gorilas também e até rinocerontes.
Sento-me a olhar, olho tudo em volta e fico a pensar:
quando é que meus filhos vão crescer para seus brinquedos arrumar?
Mas na vida, tudo fossem essas feras.
Calam-se, não rugem e não atacam.
São feras domadas, feras manipuladas.
Pior são as feras da vida,
Pessoas desalmadas e sem amor.
Pessoas que precisam conhecer o Criador.
O elefante de circo, quando pequeno, é amarrado em uma árvore ele tenta fugir, fugir e não consegue, quando já adulto, é apenas colocar uma coleira nele e ele não tentará fugir. E isso é praticamente o que vivemos em nossa sociedade, somos moldados em paradigmas que nos prendem, e nos deixam coagidos a pensar não ter mais liberdade, não poder fazer nada além de aceitar, e viver em nosso (des)confortável, comodismo!
Ser como o elefante que, apesar de saber a força que tem, não luta com quem se diz o rei da selva por saber que, a paz é mais valiosa que o poder.
Somos insignificantes para a força de um elefante, e monstruosos para os olhos de uma formiga. Não são apenas pontos de vistas, mas sim uma disputa sem fim entre o mais forte e o mais fraco. Nós por outro lado, somos muitas vezes os mais racionais, e ao mesmo tempo o mais animais.
Sozinha a paz estava ali embriagada de sombras sem amor. Como um elefante eu ia passando a multidão, rasgando o entardecer...
“As vezes o elefante só tá com um espinho no pé e, você pode ajudá-lo retirando o espinho ou irritá-lo mais ainda para que sinta mais dores e se torne agressivo”
A força do elefante está na sabedoria e longevidade de que a prosperidade da paz é mais valiosa do que o poder.
