Menina dos Cabelos Escuros

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Menina inteligente é aquela que não usa o corpo, e sim a mente.

Ouviu, menina? Nessa vida você tem sorte, tem muito amor ao seu redor. Você não consegue ver? Cultiva, sua boba. Cultiva e colhe flores bonitas. Perfumadas… Cultiva!

— É uma boa menina. Fico com pena dela. Coitada, vir de tão longe e passar por tudo isso.

Ah. Menina, o que foi que foi que aconteceu com você? O que foi que fizeram com você? Eu não sei, eu não entendo. Roubaram a minha alegria.

Confissoes de uma menina louca.

Pele morena,cabelos cacheados,olhos escuros brilhantes..E tristes..Pensamentos longes,
Ela se pergunta como consegue flutuar em seu lago de pensamentos,aguas escuros e calmas,como podem ser calmas ?
Ela as toca,e consegue sentir todos os sentimentos do ser humano,medo,amor,carinho,frustração,ciúmes...
Ela estremeci só de tocar nos pensamentos,menina jovem,de lágrimas escuras,por causa da grande maguiagem preta que usa nos olhos..
Ela está confusa,confusa com oque sente,uma possivel sentimento diferente p garota,oque é errado,e ao mesmo tempo perigoso e surpreendente.O namoro dos seus melhores amigos.Uma possivel paixão pelo seu melhor amigo,oque é estremamente complicado,e doce...
Suas lágrimas negras deslizam pelo rosto,abrindo caminho para tantas outras que desceram..Para que as secar,se elas renascerão ?
Olhos fixos em fotos antigas,quando tudo era simples e ingenuo.
Quando ela era apenas aquela menininha doce,segurando a mão de sua mãe.Quando o mundo real era sonho,e Cinderela realidade.
E de repente,tudo se esvai,ela sente o chão,o seus pés tocando o chão,cheio de pedras,fazendo cortes,fazendo o sangue escorrer,deixando marcas pelo corredor.Porque doer,se o coração tem feridas mais fundas,e a mente um buraco ?
E agora,a aquela garota está ali,dançando sua música,fingindo estar tudo bem..
Mas aí ela percebe,que nunca estará bem,quando se depara com a primeira lágrima escura,a primeira de muitas...

A menina dos olhos castanhos; dos cabelos compridos; da voz irritante; do sorriso sincero; dos sonhos impossíveis; da esperança interminável; da insegurança constante; dos amigos perfeitos; do coração enorme; que se apaixona fácil; se esquece dos erros; se envergonha de tudo; se sente sozinha; e que nunca desiste. A menina que precisa ser protegida; que chora por tudo; que morre de medo; que ama a vida; que se arrepende das falhas; que aproveita cada segundo; que é romântica; que fica feliz com um abraço; que sonha demais; que pensa demais; que escolhe demais; que complica demais e que deseja apenas ser FELIZ...

Cabelos tão brancos:
ancinho que raspa a terra,
colheita de anos.

Ninguém doma um coração de poeta!

Augusto dos Anjos

Nota: Trecho de "Vencedor": Link

À mesa

Cedo à sofreguidão do estômago. É a hora
De comer. Coisa hedionda! Corro. E agora,
Antegozando a ensangüentada presa,
Rodeado pelas moscas repugnantes,
Para comer meus próprios semelhantes
Eis-me sentado à mesa!

Como porções de carne morta... Ai! Como
Os que, como eu, têm carne, com este assomo
Que a espécie humana em comer carne tem!...
Como! E pois que a Razão me não reprime,
Possa a terra vingar-se do meu crime
Comendo-me também.

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

A Fome e o Amor

A um monstro

Fome! E, na ânsia voraz que, ávida, aumenta,
Receando outras mandíbulas a esbangem,
Os dentes antropófagos que rangem,
Antes da refeição sanguinolenta!

Amor! E a satiríasis sedenta,
Rugindo, enquanto as almas se confrangem,
Todas as danações sexuais que abrangem
A apolínica besta famulenta!

Ambos assim, tragando a ambiência vasta,
No desembestamento que os arrasta,
Superexcitadíssimos, os dois

Representam, no ardor dos seus assomos
A alegoria do que outrora fomos
E a imagem bronca do que inda hoje sois!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

E eu quero que você venha cuidar de mim. Quero acordar e assim que abrir os olhos, ver você. Perceber o quanto sou feliz por ter você. Quero que me beije devagar, me segurando com força, e dizendo que ficaria assim até não poder mais. Quero uma vida leve e serena com você. Uma casa só nossa, um filme no frio, e até um cachorro. Quero que você me faça a pessoa mais feliz do mundo, pois eu também te farei se sentir do mesmo jeito. Quero bagunça na cozinha, a gente tentando preparar alguma coisa, e acabando no chão. Quero você, as coisas simples. Então fica. Quero viver esse amor, quero viver nessa vida.

Não sou capaz de amar mulher alguma, o amor da humanidade é uma mentira.

Augusto dos Anjos

Nota: Adaptação de trecho de "Queixas Noturnas" com trecho de "Idealismo"

Por que uso óculos escuros? É porque não gosto de ter alguém dentro dos meus olhos. É uma maneira de guardar um pouquinho de mim.

"Que haja uma luz nos lugares mais escuros, quando todas as outras luzes se apagarem."

Por que tens, por que tens olhos escuros
E mãos lânguidas, loucas e sem fim
Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim
Impuro, como o bem que está nos puros?

Que paixão fez-te os lábios tão maduros
Num rosto como o teu criança assim
Quem te criou tão boa para o ruim
E tão fatal para os meus versos duros?

Fugaz, com que direito tens-me presa
A alma que por ti soluça nua
E não és Tatiana e nem Teresa:

E és tão pouco a mulher que anda na rua
Vagabunda, patética, indefesa
Ó minha branca e pequenina Lua!

A luz pode ser encontrada até nos lugares mais escuros.

O amor é vermelho. O ciúme é verde. Meus olhos são verdes. Mas são verdes tão escuros que na fotografia saem negros. Meu segredo é ter os olhos verdes e ninguém saber.

Clarice Lispector
Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Nota: Trecho do conto É para lá que eu vou.

...Mais

Os bosques são adoráveis, escuros e profundos; mas eu tenho promessas a cumprir, e milhas a percorrer antes de dormir.

Dias escuros sem sorrisos, sem risadas de verdade. Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir.

PÍLULAS DO GRANDE SERTÃO

Coração da gente – o escuro, escuros.

Quem ama é sempre muito escravo, mas não obedece nunca de verdade.

Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar.

No sistema de jagunços, amigo era o braço, e o aço!

Amigo, para mim, é só isto: é a pessoa com quem a gente gosta de conversar, do igual o igual, desarmado. O de que um tira prazer de estar próximo. Só isto, quase; e os todos sacrifícios. Ou – amigo – é que a gente seja, mas sem precisar de saber o por quê é que é.

O amor? Pássaro que põe ovos de ferro.

Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas.

A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.

O diabo, é às brutas; mas Deus é traiçoeiro!

O diabo, na rua, no meio do redemunho.

O Arrenegado, o Cão, o Cramulhão, o Indivíduo, o Galhardo, o Pé-de-Pato, o Sujo, o Homem, o Tisnado, o Coxo, o Temba, o Azarape, o Coisa-Ruim, o Mafarro, o Pé-Preto, o Canho, o Duba-Dubá, o Rapaz, o Tristonho, o Não-sei-que-diga, O-que-nunca-se-ri, o Sem-Gracejos... Pois, não existe! E, se não existe, como é que se pode se contratar pacto com ele?

Quem muito se evita, se convive.

Julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado.

O que lembro, tenho.

Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.

Quem mói no asp'ro, não fantaseia.

Quando se curte raiva de alguém, é a mesma coisa que se autorizar que essa própria pessoa passe durante o tempo governando a ideia e o sentir da gente.

Vingar... é lamber, frio, o que outro cozinhou quente demais.

Quem sabe do orgulho, quem sabe da loucura alheia?

Ser chefe – por fora um pouquinho amarga; mas, por dentro, é rosinhas flores.

Um chefe carece de saber é aquilo que ele não pergunta.

Comandar é só assim: ficar quieto e ter mais coragem.

Toda saudade é uma espécie de velhice.

Riu, de me dar nojo. Mas nojo medo é, é não?

Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor.

Tudo é e não é.

Mocidade é tarefa para mais tarde se desmentir.

Sertão é onde manda quem é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!

O sertão é do tamanho do mundo.

Sertão: é dentro da gente.

O sertão é sem lugar.

O sertão não tem janelas nem portas. E a regra é assim: ou o senhor bendito governa o sertão, ou o sertão maldito vos governa.

O sertão não chama ninguém às claras; mais, porém, se esconde e acena.

O sertão é uma espera enorme.

Sertão: quem sabe dele é urubu, gavião, gaivota, esses pássaros: eles estão sempre no alto, apalpando ares com pendurado pé, com o olhar remedindo a alegria e as misérias todas.

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero.

A vida é muito discordada. Tem partes. Tem artes. Tem as neblinas de Siruiz. Tem as caras todas do Cão, e as vertentes do viver.

Manter firme uma opinião, na vontade do homem, em mundo transviável tão grande, é dificultoso.

Viver – não é? – é muito perigoso. Porque ainda não se sabe. Porque aprender-a-viver é que é o viver, mesmo.

Enfim, cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães...

Feito flecha, feito faca, feito fogo.

Vi: o que guerreia é o bicho, não é o homem.

Até que, um dia, eu estava repousando, no claro estar, em rede de algodão rendada. Alegria me espertou, um pressentimento. Quando eu olhei, vinha vindo uma moça. Otacília.
Meu coração rebateu, estava dizendo que o velho era sempre novo. Afirmo ao senhor, minha Otacília ainda se orçava mais linda, me saudou com o salvável carinho, adianto de amor.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

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