Memória

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Meu maior prazer é fazer com que as palavras se tornem sentimentos e se eternizem na memória daqueles que sabem interpretar com o coração.

Tua boca ainda sussurra encantos, em minha memória já tão ocupada por teus beijos.

E ainda bem que existe a memória, que nos traz de volta os dias bem vividos, os sonhos realizados, os velhos sorrisos dos bons amigos e as boas lembranças que não nos deixam mais.

Lembranças de um passado é oque resta na memoria.

Gratidão é uma virtude
de quem tem memória e coração.

É triste porque, em pequenos lapsos de memória, penso em te mandar uma mensagem. Na verdade, penso que a gente está bem, como éramos. Quero só fazer alguma piadinha sobre estar comendo na pizzaria que a gente via baratas. Calabresa com baratas é o meu sabor preferido, e o seu? Acho que acabei de ver um rato passar. Esse lugar nunca perde o luxo, heim? Ou somente avisar que o filme que você gosta está passando na TV. E se não colocar no canal agora você perde a Megan Fox naquela pose escrota em cima da moto. Escrevo alguma bobagem dessas e coloco seu número. Quase aperto em enviar, até perceber que estamos longe demais pra fazer isso. Mesmo que sua casa seja à vinte minutos de distância. Não é sobre essa distância. Até porque, você quase morou aqui nos fins de semana ou em dias que você não tinha nada pra fazer em casa. “Tô indo aí”, você mandava por mensagem, já salva nos rascunhos. Só apertava e enviava. E eu só te esperava, como sempre. E me sentia em casa com você. Mesmo estando perdida e desesperada, numa rua qualquer no outro lado da cidade. Era só olhar pro lado pra me sentir aliviada e segura. Em casa. Sentia que poderia tudo com você. Você era a minha pessoa no mundo. E hoje. O que é hoje? É a lembrança perdida. É o número que eu acidentalmente digito por rotina. É o que foi pra mim, e não o que é. É um silêncio. Um pequeno e desconfortável silêncio antes de eu me recompor e responder os que me perguntam onde você está. “Está bem, eu acho. Não nos falamos tanto…”. “Mas vocês eram tão…”. Sorrio timidamente. Éramos, éramos, éramos. Eu odeio essa conjugação. “É a vida, né?”. É a vida, mesmo? Não é a vida. É errado e estranho. Mas a gente consegue seguir em frente. Sempre envio a mensagem que queria te enviar pra outra pessoa. Ou dez. Não me faltam pessoas, eu penso. Só falta a pessoa que você queria mandar essa mensagem, meu subconsciente retruca. Mas os outros também vão achar engraçado e também gostam do filme, então tanto faz. Mas não vão dar a sua risada de urso lendo a mensagem. Nem fazer um comentário irônico e sexual na resposta. Mas tanto faz. Tanto faz. Foi só um lapso de memória. A saudade só me inunda nos meus pequenos lapsos de memória.

Se na juventude fiz loucuras,
E por alguma razão esqueci,
Vou na memória à procura,
Quero lembrar do que fiz,
Pois não lembro de nada,
Que não tenha me feito feliz.

Posso ser cúmplice, mas não assassino! As pessoas cometem suicídio em minha memória, eu apenas me livro dos corpos...

Talvez seja melhor guardar na memória o nosso breve momento de paixão. Talvez seja necessário simplesmente sair dessa situação o mais rápido possível. Talvez eu deva simplesmente aceitar que estamos a procura de experiências diferentes e seguir em frente, sem mágoas e sem questionamentos, portando, somente, a gratidão por esse renascimento que você me proporcionou. Tenho usado o "talvez" como um eufemismo, pois sei que o advérbio adequado seria "certamente", mas acontece que este segundo é indigesto, é cruel e real. Enfim, é um compilado de coisas que me assombram: o "certamente" é sobre como eu tentei fingir que tudo estava sob controle, é sobre as inúmeras vezes que eu tentei acreditar que não me apaixonaria, é sobre o fato de você ser diferente das demais. Ele é, portanto, a confirmação de tudo o que eu sempre neguei, acontece, porém que este momento fantasioso possui um caráter dicotômico: apesar de ser fruto da minha imaginação contrariando toda a sinceridade que você sempre teve comigo, ele é, paradoxalmente, positivo pois foi através dele em concomitância com a sua presença em minha vida que eu renasci. Quero, portanto, lhe agradecer por tal feito, quero lhe agradecer por lembrar-me, involuntariamente, que não tem como manter tudo sob controle, que não dá para prever o que vai acontecer e que, simplesmente há pessoas com as quais eu não conseguirei manter algo casual; despretensioso. Eu sei que essas conclusões podem parecer simples, mas acontece que eu precisei acreditar no contrário para viver bem às vezes dá certo em outras não,

Nenhuma memória se perde ou é apagada, e podemos acessar qualquer uma delas quando necessário.

Nada mais de mim
haverá memória
-sei-
só os poemas darão conta
da minha avidez
da minha passagem
Da minha limpidez
sem vassalagem

A memória tem uma função especial. Ela escolhe, elimina, altera, exagera, minimiza, glorifica e vilipendia também. Mas, no final, ela cria sua própria realidade, sua versão heterogênea, mas geralmente coerente, dos eventos. E não há pessoa sensata que confie em uma versão mais do que na sua própria.

Um momento bom passa em um instante, mas é eternizado na doce lembrança da memória, onde perenemente é vivificado na alma.

A memória é um espelho que mente de forma escandalosa.

A memória era uma coisa traiçoeira, mas a realidade era ainda mais. Depois que alguém chegava a uma conclusão era difícil compreender que a verdade era outra.

com cerejas enfeitava as orelhas
...sentia-me uma princesa
...tranco o portão da memória,
para não esquecer.

É necessário filtrar a memória e manter apenas o que nos serve de impulso vital.

no alpendre do meu sorriso, a saudade és tu...a memória corta o silêncio e os teus lábios colam-se aos meus...

Não sei sobre você, mas eu invento, me esforço, faço apelos e guardo tudo na memória, faço promessas para que nunca morra a pulsação no corpo que me leva a sonhar. Não sei você, mas eu encontro dentro de mim, um repertório novinho de coisas para viver.

Somos nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse montão de espelhos rompidos.