Melodia
O jardim estava seco e quase sem flores
Encontrei uma pequena simples e singela
E presenteei a moça mais linda e bela
Flores são como poesia
E você uma linda melodia
Rocha
Rocha d’onde desabrocha
Água límpida e cristalina
Que produz sons que encantam
Ensinam e educam.
Som que ecoa pelo universo
Como uma doce e suave melodia
Que desperta a sede e a sacia
Alimenta e revigora.
Hora rocha, outra encanto
Hora Som, hora acalanto
Hora uma cousa, hora outra
Tudo em ti é essencial.
Há sim para sempre...
Vivemos uma era onde tudo se faz rápido, consumimos com todos os sentidos e fazemos várias ações em paralelo nessa existência frenética.
Com tanta pressa deixamos muito passar sem bem dimensionar e pouco ou nada saborear no complexo milagre da vida.
Vamos repensar um pouco, olhar no retrovisor do tempo e constatar, do primeiro segundo de vida até aqui, quanto já foi sem que nos déssemos conta?
Horas há em que é preciso correr, mas não podemos desprezar sorrisos, afagos e colos sinceros, esses momentos, cada vez mais raros, compõe nossa trajetória individual que, mesmo se juntando ao coletivo, é a história de cada um.
Olhando para os ontens, recupero sensações de mãos e dedos delicados abrindo caminhos em meus cabelos, sussurrando entre beijos mágica melodia, sem pensar no amanhã, mesmo após adormecer sei que ela, minha mãe querida, minutos mais ali permanecia.
Dividimos apenas 37 anos, nada ela deixou de fazer, seu amor, que continua, faz parte do que é para sempre.
Ouça as melodias...
Desde pequeno brincava com seus amiguinhos invisíveis e com eles dividia os poucos brinquedos que possuía, eram de madeira, já os pintara várias vezes, ria alto e como se divertia.
Os pais acabaram se acostumando com essas companhias e achavam que com a idade isso passaria, e, com o correr dos anos os brinquedos foram ficaram de lado, já não recebiam muita atenção.
As conversas com seus amigos imaginários não eram mais tão frequentes, vez ou outra parecia que ele só ouvia e acenava com a cabeça, ora sim ora não.
Já adolescente ficava horas em silencio debaixo da velha goiabeira no meio do quintal.
Lá se achegava, deitava no chão e ficava em silêncio, dava para sentir que ele estava longe dali, bastava atentar para o seu olhar, distante e sereno, todos os dias passava um tempo por lá.
Filho único ajudava a mãe nos afazeres da casa e sempre que ela pedia corria até a mercearia para buscar um pouco de tudo, arroz, feijão, café, açúcar, farinha, naquele tempo quase tudo era vendido a granel, até o óleo era tirado na hora de um latão, o dono, um senhor já com certa idade, girava uma manivela e num instantinho o litro de óleo se enchia, não pagava a conta na hora, tudo era anotado numa caderneta e antes de ir embora, ouvia mais uma vez:
- ô piá, continuas a falar sozinho? E dava risada, não fazia por mal e ele não ligava, nunca se incomodara com as brincadeiras dos poucos amigos da vila.
Ao completar dezoito anos ia para a cidade grande, moraria com tios e precisava arranjar trabalho e, se possível, continuar os estudos.
Chegado o dia, os pais repetiram algumas vezes mais todas as recomendações e quando a mãe com ele estava sozinho, perguntou-lhe – meu filho, nunca falei nada nestes anos todos, com quem você brincava e conversava tanto e depois isso parou e você ficava quieto debaixo da goiabeira?
Segurando entre as mãos o rosto de sua mãe, ambos com olhos marejados, disse:
Minha mãe querida, obrigado por todo amparo e ajuda, aprendi muitas lições, visitei lugares distantes, uns diferentes dos outros, conheci muitos amigos mais, agora, para onde estou indo, por lá já estive, fique tranquila, nunca estarei sozinho, sei que tenho algo a fazer, não sei muito bem o que é, mas estou certo, chegará a hora.
Lembra quando a senhora ficou muito doente e o pai não sabia o que fazer? Meus amigos me tranquilizaram, a senhora ficaria boa e não mais sofreria.
Sei que enfrentarei dificuldades e que a vida não será tão tranquila como a que tive aqui, meus amigos estão me dizendo:
- tenha calma, as viagens cessarão por um tempo, mas continue a ouvir as melodias...
Nossas notas
Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si
Você é a mulher Fá,
Eu sou o homem Sol.
Por vezes estou Lá,
Por vezes vem você de Ré.
E juntos estamos
Na dor, no amor e na fé,
Sem "si", sem dó,
Sem mi mi mi,
Com lá lá lá,
Mudamos de lugar.
Você é clave de Fá,
Eu sou clave de Sol.(Maykira/16)
Encontrei nos teus olhos o brilho que faltava no meu coração
No teu sorriso o calor que minha alma precisava
No teu corpo o meu encaixe perfeito
Na minha poesia, você, o meu verso final
E no teu silêncio, a minha mais bela melodia
Nossa existência é análoga à música.
Há momentos de repousar sobre as notas e momentos de alternar em movimentos rítmicos, saltando entre seus intervalos, produzindo uma linda e fascinante melodia para a vida.
A composição da vida só pode ser harmonizada se as vibrações que a sintoniza forem positivamente sincronizadas. Os desafinos negativos da vida são como melodias mal tocadas, desarranjam o seu ritmo.
Tudo está calmo
De repente uma brisa
Chega de mansinho
Mas ela não está sozinha
Seu companheiro
Um vento forte
Cantando uma bela melodia
Convidando a brincar
Em um canto qualquer
Começa com uma folha de papel
Fazendo uma dança com uma rotação incrível
Mostrando o quanto é simples e sublime viver.
A musica é o sangue da eternidade humana, e o corpo da vida com alma...
Escutar os sons é uma memoria do corpo, quando se transformam na melodia da luz.
Nas Cordas Do Meu Violão!
Na mão...
Um violão.
Sonhos.
Desejos e canção!
Um caminhar.
Buscas.
Paradas
para descansar.
E melodia,
para não desanimar.
Estrada comprida.
Obstáculos.
Chão.
Desisto não!
Vou te encontrar...
Nas cordas do meu violão!
Não sei responder com palavras o que pessoas como Tom Jobim, João Gilberto e Elis Regina provocam em mim, talvez meu coração saiba expressar melhor através de seus batimentos...
E como hábil pianista
Tocar tecla por tecla do seu corpo
Deixando Fluir livremente
O som de uma antiga melodia
Que só nós dois conhecemos…
Voando sobre as asas do tempo
respirando toda positividade que o céu me trás
O vento sopra a melodia da criação
O universo em total sincronia e minha mente em harmonia!!
Busquei uma música que fizesse sentido, que externasse o que tenho aqui dentro
Sem encontrar tentei compor, usando versos e melodias a contento
As melodias saíram vazias, os versos e frases sem vida, frias
Espelho da alma, exposição do sentimento, tristeza aparente, implosão ocorrendo
Cai cai nos meus braços
Desliza por entre meus dedos
Vamos navegar nessa praia
De mãos dadas arrepiar a pele
Senti o sol, o mar...
Vamos brincar de pega
Vamos colar num abraço !
Carnaval é todo dia
São corpos que sabam
No mesmo passo
Ritmo
Alegria
Me segura
Me leva...
Carnaval é uma tarde
Eu e tu
A sós
Chega de repente
Me joga risos
Acelera alma
E se vai !
Deixando sonhos
Esperança
Cai cai
Pra nós ainda é folia
Gingado
Olho no olho
festa, melodia !
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