Melancolia
Sou prosa... sou poesia
No silêncio da madrugada sou o caos e a bonança.
Sufocada por nova crise.
Dormindo feito criança.
Ora tempestade… ora calmaria.
Às vezes sou chuva tensa… chuva densa.
Às vezes sou sereno o mais sereno.
Sou alegria.
Sou melancolia,
Ora sou paz total.
Ora, guerra mortal.
Sou prosa… sou poesia.
Nesse mar de variação… vivo inteira o meu dia a dia…
FRIO (cerrado)
Quem o contentar dirá destas noites de frio?
Corre no cerrado de galho a galho, arrepio
Dum vento seco e bravio. E eu, aqui tão só
Em queixas caladas, calafrios, é de dar dó
Recolhido na tristeza do invernado cerrado
Cheio de solidão, de silêncio e de pecado...
Que corrosiva saudade! Esquisita e estranha
Uma está lembrança forjada na entranha
Do inverno, caída de outrem, fluindo amargor
Onde, em sombrio sonho, eu vivendo a dor
Sem querer, na ingratidão, com indiferença
No vazio da retidão, da ilusão e da crença
Que acirrado frio, sem piedade, ofensivo
Que me faz reclusivo, neste cárcere cativo
Insano, em vão, duma melancolia lodaçal
Que braveja, me abraça e me faz tão mal...
Por que, pra um devaneador esta paragem
Que ouriça, e é tão deslocada de coragem?
Ah! quem pode me dizer pra que assim veio?
Se está tortura é passageira, assim, eu creio.
E a minha miséria aberta, escorre pelo olhar
Receio... e mais gelado fica em mim o pesar.
Uma prosa alheia, uma penitencia escondida
Se é só o frio, por que esta insânia homicida?...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de julho de 2019
00’17”, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Foi então que ali, no silêncio pesaroso da noite, que finalmente compreendi. Eu estava doente. Eu havia nascido doente. E essa doença se chamava 'melancolia'.
Depressão não é tristeza contínua, é simplesmente não sentir nada, e esse é o problema.
O vazio me consome.
Foi você
Quem me deu inspiração
Para montar
Palavras em versos
Era você
Em todos
Os pontos de vistas
E vai continuar sendo
O motivo
Da minha melancolia.
mãos que trago ainda atadas pela vida, que importa isso agora, vêm de longes ignorados, só as palavras vivem o prazer de conhecer seus desejos incontidos, às vezes vazias, adormecidas no regaço alheadas de tudo...quando deste pelas minhas mãos?- sôfregas, desenhando carícias em teu corpo, na melancolia duma qualquer tarde doce...como o tempo voa, são agora mãos cheias de nada...
" Nesses dias melancólicos o que se ouve é um vasto silêncio.
Parece que estão dormindo.
Mas não, é apenas orgulho de falar o que sentem."
Dizem que um mar calmo nunca fez um bom marinheiro, porém, muitas das vezes, a tempestade é forte demais para ser suportada.
Como explicar o que está a acontecer? Tudo está tão confuso...
Não sei o que posso fazer
Estou cansada de fingir
É tão... Chato
Mas... por mais que eu não goste
Por mais que eu não queira
Por mais que isso me mate
Se é necessário...
Droga...
Odeio as pessoas.
Não importa
Não ligo
Que se dane tudo
É o que você diz, é o que você diz que pensa
Diz que não tem nada haver
Que está bem
Mas o que você mais sente
É tristeza e raiva
Você sorri pras pessoas
Mas chora por dentro
Você parece calmo
Mas por dentro você grita
Alguns veem falar com você
E você diz que está apenas incomodado.
O mundo está necessitado de ajuda
Cada vez mais vejo pessoas perdidas
Tristes
Angustiadas
Pois o mundo as julgam
Não as aceitam
As abandonam
E isso está nos matando aos poucos
Onde está aquele tão famoso amor?
As pessoas tanto falam
Mas nunca vemos
Ele é a cura para as pessoas
Mas pelo visto, é raro
Então eu pergunto
Onde está o amor?
Você o tem?
Você é amado?
Você ama?
Você o aceita?
O amor é uma Droga, a Droga mais viciante que se tem
Ela pode fazer mal, mas também te faz bem
Te faz feliz
Te deixa uma pessoa melhor
Onde está você ó amor?
Apareça para nós salvar
Nós necessitamos...
Vocês me veem
Mas não me enxergam
Vocês me ouvem
Mas não me escutam
Vocês falam comigo
Mas não conversam
Me veem presente
Mas não me sentem
Vocês se aproximam
Mas não me abraçam
Vocês dizem "te amo"
Mas não "eu te amo"
Não sei se sou uma mentira
Ou vocês que não são uma verdade
Você passou de uma pessoa estranha a uma companhia, de uma companhia a uma amizade, e de uma amizade a meu antidepressivo.
Passou de minha motivação a viver a pensamentos, e de pensamentos a versos;
Saudades de alguém que me fez bem.
24 de Fevereiro
A vida cinza
Conduzida
Lágrimas, choros
Sonhos,
idas e vindas
Cinzas
Sem cor,
Sem sabor,
Sem infinita alegria
O que é amor numa vida cinza?
É bater
Sentir, doer,
Voltar, morrer,
Reviver, sentir,
E... de novo
Doer
Como segundas cinzas
Às cinco da matina
Cinza
Sem cor, sem vida
Não colorida
Desmotiva
Desanima
A vida.
Eu pego e tento segurar
Mas ela sempre corre
Essa brincadeira a lidar
Esse sentimento escorre
O ato de pensar de sentir
Que tudo vai bem é real ?
Essa coisa não saber ir
Esse querer não é leal
E correndo levamos denovo
No ato de pegar e abraçar
E não querer nunca o estorvo
De ver esvair e ter que sonhar
Pensar no que não está aki
E adiar tudo que está por vir
No momento do agora fora
E a insatisfação me revigora
Esse enigma que esfola
O coração do que chora
Que me enche e atola
É entrar do lado de fora.
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