Meio Termo Morno
Chega de normalizar o morno. Amar com medo não é amor, é sobrevivência emocional. A intensidade que tanto assusta é justamente o que falta no mundo: presença de verdade, sentimento bruto, entrega sem ensaio. Se você é daqueles que sentem demais, que vivem no limite entre o amor e o caos então fique. Porque só quem tem alma entende a beleza de ser inteiro. O resto… Que fique com seus joguinhos de desapego.
MORNO
Depois que o carvão esfria
Não vira cristal o morno
Pois lhe faltou energia
E já não há mais socorro.
Eu posso ter tido muitos defeitos na vida
e ainda tenho muitos
Mas eu nunca amei
mais ou menos
Nunca uni amor e cobardia
Amor de forma fácil não existe. Sendo assim não se engane. Pois o que vive por facilidade não é amor e sim uma oportuna transitória convivência por conveniência.
Entre o grande amor. Felizes são aqueles que por medo e sanidade conseguem administrar o gostar entre os seguros limites.
Nada!
Horas e horas neste ponto morto
Onde caiu agora a minha vida...
Nem um desejo, ao menos!
Só instintos pequenos:
Apetite de cama e de comida!
Nem sequer ler um livro
Ou conversar comigo, discutir...
Nada!
Neutro, morno, a dormir
Com a carne acordada.
Recomece, recomece todos os dias, recomece quantas vezes forem necessário, só não se contente com o pouco, com o morno, com o medíocre. Não aceite café ruim, amizades falsas, abraços frouxos, beijos frios e amores mornos.