Meio
Embora o conhecimento científico seja o principal meio de ascensão de classe social em nosso sistema (capitalista), nós também precisamos de bases e princípios que não são adquiridos em escolas ou faculdades.
Clichê: o velho "meninão", sempre no meio dos meninões, de verdade, lutando para não ser chamado de... tio!
No meio da noite coberto pela escuridão, lembra-te de todos os erros e magoas, mais lembra mais constantemente daquilo que é tão confuso, daquele que ama mesmo sentindo ódio, então acende a chama dentro e ti fazendo da noite estrelada, dos desiludidos sonhos esperança, da lua, luz encantadora pelo belo tempo, e sem perceber um sorriso se abre no canto de sua boca dizendo pra você mesmo tudo vai ficar bem …
Heróis são meus amigos, que mesmo tendo mil motivos para chorar, eles sempre acham um no meio dos males, pela qual me faz sorrir.
Olha só a vida... Em meio a tantas possibilidades do que poderiamos ser, embarcamos logo nessa. Na boca com boca, corpo com corpo, coração com coração. Podíamos ser os melhores amigos do mundo, iriamos brigar e discordar bastante, mas haveria proteção e carinho pra dar e vender. Podíamos ser apenas colegas... Dividir poucos segredos, sorrir e acenar, sem nenhuma importancia grandiosa. Podíamos ser desconhecidos... Eu com uma namorada rabujenta e fofoqueira, que iria estar cuidando da vida dos outros mais do que a dela, e você com um bom partido, um rapaz que cursará engenharia ou medicina, que falará mais de um idioma e que tirará fotos com você que farão suas amigas suspirarem de inveja. Mas em nenhuma dessas tantas possibilidades nós nos encaixamos. Porque não seria eu, e não seria você. Você poderia rir com seu namorado - feito sob medida, mas não seria o mesmo riso que abre quando está comigo... Ele poderia ser tudo que você sempre sonhou, mas iria passar o resto da sua vida se perguntando porque é que teve que realizar tão cedo... e verá que não é "tudo isso". Ele poderia abrir a porta do carro novo que ele comprou, falar de negócios com seu pai, elogiar e mandar flores pra sua mãe, mas no meio de um jantar em família, ele iria soltar uma frase que você se perguntaria: "Por que estou com esse idiota?" (...) O amor não escolhe corpo, rosto, toque... Ele apenas acontece do jeito mais inusitado que jamais imaginariamos. Eu sou o cara mais errado, só que certo pra você. Você é a menina mais errada, mas definitivamente certa pra mim. Porque sou eu quem te faz se morder de raiva e de ciúme e te faço descobrir os seus desejos mais ocultos. É você quem me faz enlouquecer e voltar a sanidade tão rápido, só pra que não fique com raiva por eu sumir por tanto tempo. Se o destino não tem nada a ver com isso, como poderiamos explicar algo tão certo, como saber diferenciar as cores, olhar e falar com toda a certeza que poderia caber dentro de uma frase: Meu amor por você é eterno!
Autos Juninos, o meio.
Como cruzar Palavras dos meus caminhos com textos e explicações, sentimentos, percepções.
Sigo montando quebra-cabeças com honra e determinação.
Abraçar pela manhã minhas tentativas de enterrar com palavras o meu passado.
Noite passada eu tive um sonho: Vi o meu presente.
Estava deitada em minha cama a observar meu corpo.
Cada detalhe, cada movimento. Que cena torpe.
Meu sopro quase morto de mim. Um semblante adormecido, contrito.
Um corpo cansado, diferente, sem vida, asfixiado pelo tempo.
Acordei de sobre salto afogada em lembranças.
Sinto nesta manhã que poderei ser eu sem futuro. Poderei ter um dia de cada vez, sem reprises, somente com uma atriz e vários atores.
Ontem eu tive um sonho.
Sonhei comigo deitada ao meu lado, abracei o meu passado e aprecie o meu presente.
Ví:
A Autoajuda de necessária tornar-se moda no modo de ganhar dinheiro dos desesperados por si.
O Autodidata que aprendeu sozinho transformar-se num artigo de prateleira. Mera auto-classe sem vapor.
As Autobiografias de histórias de alguém mudar-se para status de celebridades vis, não mais escritas por uma, mas duas ou três mãos com bolsos furados de tantos vinténs.
A Autodeterminação que até bem pouco tempo era um direito de um país decidir o próprio destino político, vender por barganhas de poder suas nações, como bônus, como prêmio, os seus cidadãos perdidos e sem direção e escravizados.
A interferência externa é uma constante, silenciosa, por vezes desavergonhadamente gritante, belicosa e travestida de ilusão.
Os países revelarem-se o desenho da Autolotação compromissados com um propósito, uma direção: o de encurtar distâncias usando levianamente o nome globalização.
Resultados mórbidos danificam equações, alucinam sonhos que desconstroem com acordos bilaterais de meia dúzia de famintos por posições, projeções entre bajulações, contas em paraísos fiscais em um automatismo desnecessário. Retrato fiel da automatização.
Definitivamente substituíram as formigas humanas, operários dos sonhos, por máquinas que lhes imitem os movimentos seculares.
Autoestima? Conta bancária!
Na esquina? Nada!
Em casa? Adentra pela TV, a “Autoescola da corrupção”.
O sonhador Autônomo que antes era governado por leis próprias, livre, trabalhador sagas, hoje é o empreendedor continuamente assaltado pela Pátria vendida e despatriada.
Quero pedir uma Autopsia.
Vamos examinar esse cadáver.
O “cadáver” o inventor, do causador, o Autor.
Quero autuar também, os Legisladores infratores, sonegadores, opositores do meu progresso.
Quero me autuar por cegueira.
Estou cansada desse Autorama.
Dessa infame pista automobilística em miniatura.
Não quero mais ser carrinho de brinquedo que disputa corridas em espaços limitados.
Dê-me de volta a minha Autoria, quero de volta a minha qualidade ou condição de autora.
Eu sim sou Autoridade, eu tenho o poder, domínio, prestígio, sobre o sonho que sonhei na noite passada.
Posso me abraçar de novo.
Autoritários de plantão, sem escrúpulos, déspotas, inúteis. Eu sou uma sonhadora que decidiu acordar para a minha nação.
Estão nos autos.
Seja o da compadecida ou não paixão pela vida.
Serei eu, mais uma escolhida e acolhida por mim.
Ontem à noite tive um sonho.
Sonhei que retornei à Terra.
Minha herança de mim.
No meio do dia corrido
casa, trabalho, estresse
amigo arranja um tempinho
e te abraça por SMS
São muitos os recursos
e algum ele usa, certamente
Whatsapp, Facebook, E-mail
se é amigo se faz presente
Cinco minutos por dia
pra acarinhar quem te quer bem
sempre há um tempinho
no intervalo, no carro ou no trem
Se nos lembramos de três amigos
em cada novo dia
serão noventa em um mês
para isso há tecnologia!
Sentimento não tem tempo
de hoje, de sempre ou antigo
valorize quem te gosta
cuida do seu amigo!
"Que as experiências sejam a porta para todos os conhecimentos, pois valorizar o meio em que vivemos com as pessoas pode ser o início em construir um futuro mais concreto."
Corpos nús dançam em meio a foresta de cobalto
procurando sua sede saciar,
ela veio me levar.
Não há como escapar.
O sol da meia noite surge por entre as árvores,
sua voz me leva aquele lugar,
então eu me tórno mais uma vítima.
O perfume das ninfos me enbriaga.
Mãos gélidas, corpos trêmulos,
meu corpo encontra abrigo dentro do seu.
Nenhuma poesia poderia explicar.
Sua lingua em meu ouvido,
susurrando sáliva reescreve meu destino.
Minhas mãos, suas curvas
por onde eu quero viajar.
Seu sorriso me devora,
qual o segredo do seu olhar?
Saiba ouvir o silêncio,
saiba enxergar em meio a escuridão.
Saiba apreciar a beleza
de um quadro em branco,
saiba ouvir seu coração.
Tente ver com outros olhos,
tente ouvir com outros ouvidos,
tente saborear com novas linguás, tente!
O Mendigo
Todos os dias eu o vejo ali tremulo,
Meio que sem enxergar as pessoas,
Pedindo por um pouco de solução,
Para os problemas que não pediu...
As vezes quando chove, ele se molha,
E as pessoas ainda dizem:
“Quem ta na chuva é pra se molhar!”
E ele não tem onde se abrigar.
As vezes pede um pão
E lhe dão um não...
Ele tem mal cheiro,
Anda mijado a um tempão.
Qual Charles Chaplin ele anda
Todo maltrapilho, Carlitos...
Roupas rasgadas, fala inglês,
Parece ser muito inteligente.
Lhe acompanha um cão,
Companheiro de tradição...
Ele olha para as pessoas
Mas não as vê...
Ele vê a fome que lhe assola,
Ele vê as águas das chuvas
Que molham o seu colchão...
E não vê nada, o resmungão.
Não vê que o seu céu já esta no limite;
Não vê que ninguém o ajudará...
Ele vê e ouve tudo mas, infelizmente,
Não enxerga os carros passando.
Se alimenta de restos bolorentos,
Que invade em uma lixeira,
Para se safar da fome, ele come...
Lixo e desprezo social...
Algumas vezes ele desaparece
Depois aparece e, some novamente.
Imundo, fede feito um porco,
Mas não liga nem um pouco.
Este mendigo tateia as paredes
Tentando fugir do trânsito
E dos transeuntes dispersos,
Mais cegos que ele, talvez.
Se espera alguma coisa,
Já deve ter passado sem que visse.
Se espera por alguma ajuda,
Ainda não veio...
E pelo jeito, nunca virá...
As pessoas não dão a mínima
Para o mendigo que, letárgico,
Anseia, como eles, por melhores dias.
É como se eu procurasse um meio de ver uma solução, mas o problema está dentro de mim e é tão visível que me cegar parece o único remédio. Mas, minha sorte muda, quando eu mudo e me valorizo. Eu não preciso correr atrás de ninguém, até porque se eu preciso encontrar alguém, esse alguém sou eu!
Ele vinha andando pelo meio-fio. De cabecinha baixa, camisa degolada e os chinelos presos nas mãos, sem algum motivo aparente. O tempo era nublado e garoava. Nuvens cinzas, ventos cinzas e chuva cinza. Ele sequer demonstrava frio, mas deveria. O seu olhar perdido no vazio, os braços abertos buscando equilíbrio e o rostinho magro com olhos fundos e piscantes. Só uma criança, aparentemente. Uma criança que mora com a mãe. E mais sete irmãos. Mas isso não o incomoda. Dividir o mingau de fubá nunca foi problema pra ele. Muito menos o revezamento de quem calçaria o sapato. O problema está justamente no outro morador da casa. Seu padastro. Não, não é uma criança, é um gigante. Um herói. É muito fácil encarar o mundo quando já se tem uma noção desse cenário de dementes em que fomos enviados sem nosso consentimento. Quando já lhe foi ensinado que tudo vai passar, que há luz no fundo túnel. Mas e quando a luz do fim do túnel é a de um trem? E quando quem devia te proteger te abusa? Te confunde, te desmorona. Uma pequena montanha, mas uma grande queda. Só uma criança. Mas ele continua ali, firme. Andando no meio-fio, sem se desiquilibrar. Nem pra um lado nem pro outro. É o orgulho da mãe. As vezes condizente com o que não devia, mas será que ela pode ser culpada? Será que ela pode ser errada? Mas ele, ele É só uma criança. Não um morador de rua, não um animal, não um rato. Uma criança frágil e indefesa. Em algum lugar dentro de si com certeza ela ainda é. O farol ainda está fechado, meu carro ainda está parado e ela se aproxima com alguns papéis na mão. Eu já podia prever o texto. Mas jamais acertaria. Sua mãozinha pequena me entregou o papel com uma timidez quase que forçada. Quando li o papel entendi o motivo : "Vende-se sorriso. O meu está na promoção 50 centavos". ... Entendi não só o motivo da timidez forçada como o porque da promoção. Fazia parte do plano, da estratégia, me surpreender com sua mais poderosa arma. O sorriso. Era o mais banguela, brilhante e estridente sorriso que já havia visto. E me contaminou. sorri sem perceber. Que criatividade. Passei a mão próximo do câmbio pra buscar umas moedas, e então eu tive um estalo, e então me perguntei, o que estou fazendo? É o que eu tenho a oferecer? Umas merdas de moedas? Não. Com certeza não são dessas porcarias que ela precisa. Talvez eu devesse descer comprar algum brinquedo e brincar com ele o resto do dia. Talvez ensiná-lo a soltar pipa. A ler , escrever. Eu poderia o levar na sorveteria. Que criança não adora tomar sorvete no frio? Quem sabe o ensinar a jogar bola. Lhe dar o mínimo de atenção, faze-lo sentir-se uma pessoa, não um bicho, uma atração circense. Talvez ele só precise de um cafuné, um abraço, se sentir amado. Confiante. Mas invés disso eu lhe dei as minhas moedas nojentas. Todas elas. Fechei o vidro e saí. Como quem nada fez e ainda se sentiu útil por isso. Ele me olhou indo embora, guardou os papéis em um bolso. As moedas no outro. E continuou seu caminho. Ele, só uma criança, andando no meio-fio...
AMOR DE BORBOLETA
Como bailam borboletas, em meio às flores nos jardins
Meu coração se aquece quando percebo
Que só assim te tenho pra mim
Deixando-te livre para ir e vir, sem rédeas ou redes
Sem nada que te prenda, que te segure enfim
Esse é o amor que permanece, o da liberdade
E em meio à lágrimas de alívio, quedo quieta a pensar
Que não existe em mim outra escolha, a não ser te amar
Domigo. Meio dia. Como todos os outro domingos esse não seria diferente. Tediante. Ele diz estar cansado, me chama para deitar junto a ele na cama. Fecha as janelas do quarto, impossibilitando o sol de entrar. Deito-me junto a ele e me encolho embaixo das cobertas. Nossos corpos se colam fazendo um tipo de conxinha. Seus lábios roçam os meus. Estão quentes, assim como seu corpo. Seus lábios escorrem sobre minha pele, senti calafrios em lugares que julgava não existir. Seus olhos em chamas, esmoleiro de mim. Suas mãos firmes apertando minhas coxas. Gemidos. Gritos. O coração palpitando tão forte que capaz de sair pela boca. Arranho suas costas implorando para que ele não pare. Nossos olhares se cruzam, e a boca é puxada uma para dentro da outra. Quente. Um raio de sol entra por uma brecha na janela. Nossas roupas estão jogadas no chão. Nada sei. Mas o amo, de todo coração. A cada segundo amo mais. Sei disso porque me perco na imensidão dos teus olhos. A noite cai e nem sei mais que horas são. Duas crianças e um amor. Sua voz é um doce. Quem importa se nós fazemos isso?
Realmente viajar pelas rodovias brasileiras é um perigo constante.
Quando não há animais no meio da pista, têm alguns ao volante.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp