Medos
MINTO
A noite chega trazendo os meus medos
Confusos, diluídos pela idade de profusos segredos,
um galopar voraz a consumir-me olhares,
paisagens tenho, olhares sutis e rápidos nas tardes mornas,
tenho mentiras cambiantes coordenando palavras,
dizem que sei sonhar em forma de sonetos,
sei que minto há muito morreu o deus do olimpo...
esse pégaso pisoteia as pétalas perfumadas
, o passado surge desfolhado e desflorido,
outono das paixões onde passeiam
visagens enrugadas, embrutecidas...
minto é o que me resta
é a minha meta
a vida é linda e infinda
minto porque sou poeta
Às vezes é bom dar stop, parar de pensar...
Quando temos problemas
Quando temos medos
Quando estamos ansiosos
Quando estamos aflitos.
LADO BOM
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sob todas as nuvens eivadas de medos,
vou além do que julgo ter forças pra ir;
levo muitos segredos que a vida não abre
nem o vento me deixa intuir ou prever...
Apesar deste peso que às vezes me curva,
tenho sempre desculpas pra querer chegar
ao que nada permite saber o que é,
mas invisto no sonho com fé no depois...
Na manhã que vislumbro a cada dia findo,
ganho novo sentido para mais um dia
que se abre sorrindo e faz valer a pena...
Foi-me dado viver, faço disto meu dom;
lado bom de morrer quando a hora vier,
pois terei uma história pra deixar no tempo.
CONFIANÇA EQUIVOCADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Marisa, pessoa muito sem medos deixou Márcia, sua filha menor, aos cuidados de Amanda, em quem confia plenamente. Amanda precisou sair, mas deixou Márcia com Clarice, também de sua inteira confiança. Clarice, que da mesma forma tinha compromisso e confia muito em Fernanda, não pensou duas vezes: deixou Márcia com ela, que por sua vez a deixou com Carla, conhecida recente.
Acontece que Carla, que conhece Fernanda mas não conhece Clarice, que conhece Amanda mas não conhece Marisa, igualmente precisou sair e não teve opção: precisou confiar na própria Márcia, que só conhece Clarice, que não está em casa, e não faz ideia de aonde a mãe anda. Sequer sabe chegar em casa, pois nessa corrente de confianças, foi parar bem longe de sua rua.
Agora Marisa, que deixou Márcia com Amanda que deixou com Clarisse que deixou com Fernanda que deixou com Carla que deixou com ninguém, procura desesperadamente a filha, pelas ruas desconhecidas do bairro em que mora faz pouco tempo. Marisa sem medos está com medo e grita por Márcia, ouvindo estranhos dizerem a todo instante para confiar em Deus que confia no ser humano em que não se pode confiar.
MEUS MEDOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Sempre tive um medo imenso de ficar grande sem crescer. De amadurecer sem ficar maduro. Curtir a vida, os lances, oportunidades, e não curtir minha essência.
Desde cedo não sabia como era isso, mas o meu coração girava em torno dos medos. Queria o corpo em sintonia plena com o espírito, para que o rótulo correspondesse ao conteúdo. Meu rosto, meu resto e minhas palavras não fossem a propaganda enganosa de quem não sou.
Tinha pavor de brilhar e mesmo assim permanecer no escuro de uma ignorância equivocada, com ares inúteis de sabedoria. Temia puxar um saco de filosofias hipócritas, bondades plásticas e religiosidades vãs, de conveniências e chaves que abririam as portas da sociedade. Da popularidade familiar. Do prestígio ao meu redor e os apupos externos de quem olha e pronto. Não importa ver, porque isso dá prejuízo; afasta os favores e subtrai prestígios com vistas a vantagens futuras.
Tenho muitos; muitos vícios, defeitos e desmandos. Bem maiores do que os que julgo, até condeno em terceiros, mas temia os vícios, defeitos e desmandos menores. De quem vai mas não vai. Finge que não, no entanto é. Finge que sim, porém não. Tudo sempre a depender das perdas e os danos; dos lucros e as cotas... ou até das sobras e as sombras que lhes restem ou não.
Tive medo imenso de aprender a fingir. A simular. Ganhar na estampa e levar a melhor na lábia. Ser quem não sou. Talvez até jamais ser; só estar. Fazer acordo com as rotações do mundo, as demandas da vida e as músicas conforme as quais devo dançar nas horas desconsertantes. Nos momentos em que não vejo saída, se não for pelas concessões.
Jamais deixei os meus medos. Eles me ajudam a ser menos pior do que sou. Não os troco pela coragem sonsa de abrir mão das minhas verdades para supostamente me dar bem.
MINHA FUGA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Trago medos na mala e desejo trocá-los
por motivos reais de não sentir mais medo,
tenho calos no espírito e muitas lembranças
que preciso vencer pra me tornar seguro...
Guardo sonhos antigos, acumulo novos
lá no fundo insondável de minhas verdades,
massageio saudades que me causam dores
e às vezes nem sei em que momento estou...
Quero apenas fluir e vencer tanto nada
sobre tudo que a vida pode ser pra mim,
mas no fim do meu ser se desintegra e some...
Só preciso encontrar a coragem profunda
que se tranca e me pune por todo silêncio
com que fujo do mundo e não vejo ao redor...
A FORÇA DO NADA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Tenho medos que o mundo jamais intuiu,
porque minhas coragens me pedem fachada,
minha estrada requer esse misto insondável
de verdades que servem pra se desmentir...
É que a vida não sabe o que fazer de mim,
por não ser o destino, este sim, é que faz,
tem a voz de comando e de assalto constantes
onde jaz a certeza que ostento e não trago...
Vim ao mundo pra ir, apesar dos entraves,
tomo naves de sonhos, o tempo as combate,
mas também auxilia com sua passagem...
Tudo quanto não tenho me chama pra lá,
pois o nada me ataca, me rapta e lança
em alguma esperança que ainda respira...
SAUDADES DE MEDOS
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Hoje tenho saudades do velho do saco;
da mulher do banheiro, asfalto, cemitério;
dos terrores, mistérios, sustos infantis,
o retrato do morto que piscava os olhos...
Sinto falta da Cuca e dos meus pesadelos,
das caveiras com capa sob a luz da vela,
a cabana do ogro no meio do mato
e aquela ruína das almas irmãs...
Eu queria ter medos que nunca mais tive,
mas não ter estes medos de monstros reais
ou dos mais execráveis moleques dos tronos...
Ficaria feliz entre as almas penadas,
porque temo viver entre gente sem alma;
tenho trauma da perda do melhor de mim...
FÉ SEM FÉ
Demétrio Sena - Magé
Há um cerco de medos e superstições
na leitura que faço dos olhos em volta;
uma escolta perene dessa fé sem fé,
corações mais armados do que fortalezas...
Vejo tantas tocaias em silêncio fundo;
convivências marcadas pelas mãos nos coldres;
tem um mundo abstrato e sombrio nas vozes,
quando soam por ócios da formalidade...
Retrocessos do tempo chegaram aos postos;
os atrasos humanos de séculos idos
foram todos repostos nas massas dormentes...
Feiticeiro queimado nas fogueiras frias
dessas crenças vazias descrentes do amor,
estou fraco pra força dos fracos de alma...
...
Respeite autorias. É lei
Os governos governam mais ou menos com base nos medos que desenvolvemos em nosso próprio círculo social. Os governos para permanecer jogam com a coragem e o medo do povo, por isso a boa convivência entre nós deve ser maior que qualquer Governo.
Do envelhecimento só tenho dois medos: medo de perder a vontade de aprender e medo de deixar de ser interessante para mim mesma.
No mais, cada segundo de vida conquistado pede gratidão e celebração mesmo de forma silenciosa.
Sutilmente convido você
a dançar com os nossos espelhos
para romper com os seus medos,
e fazer você se reencontrar.
Nenhuma religião verdadeira
foi criada para você se desumanizar,
e os teus afetos e o apreço
pela alegria e beleza abandonar.
Se por acaso você cair na armadilha
e se flagrar fazendo o contrário,
recomendo você respirar e repensar.
Tudo aquilo que vier te desligar
da vida, do amor e da bondade,
não vale a pena continuar.
Evoluindo, escolhendo quem me escolhe,em busca do abraço da pessoa certa,para todos os medos de ambos desaparecer
Não existe, na sociedade em que vivemos, quem marche sem equívocos, sem medos, sem tormentos, gerando aflições, quando pretendia acertar, e produzindo dor, quando muitas vezes, apenas intentava promover a paz.
Uma dor inexplicável ,um sentimento latente , uma montanha de medos , um lago de tristezas e meu silencio…
Há uma ponte que me separa do gosto de sentir, gostaria de atravessá-la mas não consigo ,embora você a veja ,eu não consigo enxergá-la .Perdi minha visão quando cai ,eu só não sei em qual das minhas quedas parei de ver-vi. Seria como tentar andar na agua , nada consegue me segurar , sempre estou me afundando.
Ainda lembro de como nadar ,só que minhas forças se estão esgotando.
Socorro ! Tem alguém aí ? Grito dentro de mim. Mas ninguém vai me ouvir Por mais que eu queira. O ultimo barco que passou pelas minhas aguas não ouviu minha voz.
Eu me pergunto. Vou sobreviver... viva ?
"A sombra dos nossos medos estacionados na mente, tornam-se a assombração na alma". #CJR (Claudio J. Ribeiro)
Ei, td bem com vc? Vamos conversar?
Que bom te encontrar de novo. Conte-me mais sobre seus medos, desejos e conquistas. Fale-me mais sobre os desafios, tropeços e acertos vividos, me exponha os seus sentimentos e experiências que te trouxeram até aqui. Reconecte-se comigo, anda!
Eu preciso te ouvir e te sentir antes que tu se perca por aí.
Vem aqui, me dê a sua mão, ouça o que eu tenho a te dizer. Sou eu falando com você, isso, eu mesmo!
Sou você que tantas e tantas vezes não se olha, não se ouve, não se toca, não se curte e não se ama como deve se amar, como deve se olhar, se tocar e se curtir, todos os dias.
Perceba-se na imensidão, retorne a essência que te fez o que és e não se prive de amar-se e ter o seu próprio tempo para todas as coisas, de dedicar-se a si mesmo, de explorar a si mesmo, de viver por ti mesmo também.
Agora o seu canal está conectado a sua essência novamente, aquela que te faz ser exatamente assim, como tu és.
Siga percorrendo os caminhos com a certeza e confiança que tens, sorrindo e brindando a cada conquista, e quando porventura sentir-se fraco, olhe pra dentro, venha a mim, eu saberei dar o impulso que precisa para prosseguir.
Seja feliz e abrace a vida como quem abraça o grande amor. Abrace-se!
Foi muito bom te reencontrar.
Ass. Seu Eu.
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